Nove meses depois de ter assumido a Secretaria de Obras, o secretário Rudi Fiorese não parece ter ido além de promover operações tapa-buracos e de aproveitar licitação suspeita, da desadministração de Alcides Bernal e Gilmar Olarte, para a contratação de máquinas e caminhões, ao custo aproximado de 50 milhões de reais.
Obras muito importantes, que já deveriam ter sido feitas no período de estiagem, este ano excepcionalmente longos, não receberam atenção nem do secretário de Obras, muito menos do prefeito Marcos Trad, que deveria ter dado mostras de maior cuidado com Campo Grande. A preferência do alcaide resumiu-se a ações meramente eleitoreiras, que custarão muito caro para Campo Grande e campo-grandenses.
No período chuvoso do ano passado, as margens dos córregos Prosa e Segredo foram castigadas em função de obras paliativas ou claramente mal feitas iniciadas na gestão do então prefeito Ludio Coelho. Nem as administrações de André Puccinelli, muito menos Nelson Trad Filho demonstraram interesse em solucionar definitivamente os graves problemas. Obras maiores só foram feitas em função de inundações catastróficas. Assim mesmo, com recursos federais. Se eles forem concedidos.
De acordo com o serviço de meteorologia, o período chuvoso começa ainda nesta semana. Esperam-se chuvas fracas (há possibilidades de precipitações fortes), mas com o passar das semanas, serão muito maiores. E as inundações, certamente, danosas. Basta passar pelas ruas que margeiam os córregos Prosa, Segredo e Anhanduizinho, para imaginar-se o tamanho dos problemas que deverão vir como consequência das chuvas e temporais mais fortes.
Aos gestores municipais, como sempre ocorre, não restará outra alternativa senão correr para Brasília e chorar em busca de socorro. Uma tristeza!