Parado há três anos, o Aquário do Pantanal, localizado nos altos da Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, foi alvo de pichações, assim como diversos canteiros públicos e privados que estão abandonados na cidade. Sem informações de quem fez a pichação no alto da obra, a Polícia Civil investiga o caso.
De acordo com delegado da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Atendimento ao Turista (Decat), Marco Antonio Balsanini, o que chama atenção na pichação feita na obra é o risco que a pessoa correu para conseguir cometer o crime e o fato de que a obra é totalmente cercada por tapumes e ainda conta com vigilância 24h por dia.
Balsanini afirma que crimes como este diminuíram nos anos de 2017 e 2018 em Campo Grande, sendo 33 contra 13, respectivamente. “Nós fizemos um comparativo do desenho com banco de dados, mas não foi possível achar semelhança com o que a gente tem aqui. Tem diminuído muito essa prática. Em 2016, era uma febre, nosso banco de imagens é quase todo desse ano”.
De acordo com o governo do Estado, a segurança do Aquário do Pantanal é de responsabilidade da empresa SJT, que atua 24h e é contratada pela Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul). “É apenas um profissional. No momento, o governo prepara uma notificação para a empresa e também terá que realizar um boletim de ocorrência”, informou a administração de Mato Grosso do Sul.
De acordo com a polícia, o vigilante que estava de plantão no dia que aconteceu o vandalismo já foi identificado e deve prestar depoimento até o fim desta semana. A pena para este tipo de crime varia de 1 a 3 anos e multa que pode chegar R$ 1.796.400,00.
“Estamos tentando levantar, mesmo que de alguns prédios, as imagens de câmeras de segurança que estão posicionadas para a área contrária da Afonso Pena, e aí conseguiremos identificar o suspeito de ter pichado”, informou.
Pichações em obras paradas são comuns no cenário urbano de Campo Grande. O Centro Belas Artes, obra que está há mais de 20 anos parada, é um exemplo. No local, além das pichações, também é possível encontrar desenhos de grafite – arte reconhecida, mas que necessita de autorização do dono do imóvel para ser feita.
Prédios particulares que estão abandonados, tapumes, portas de lojas fechadas e também a unidade do Hospital de Câncer Alfredo Abrão são locais no centro de Campo Grande que serviram de cenário para ação de vândalos.