Cidades

BIOMETRIA

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No penúltimo dia de cadastramento,
fila de eleitores dá volta no quarteirão

Algumas pessoas chegaram às 4 horas para garantir atendimento no sábado

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A fila de eleitores que compareceram neste sábado (17) no Memorial da Cultura, localizado na Avenida Fernando Corrêa da Costa, percorreu todo o quarteirão. Em uma hora de atendimento, das 7h30 às 8h30, a equipe do Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE-MS) registrou 418 pessoas atendidas. 

Os cidadãos que deixaram para realizar a atualização do documento no penúltimo dia, visto que neste domingo (18) também será feito atendimento até às 17 horas, foram unânimes em afirmar que a maior preocupação de regularizar o documento é para não ter pendências com a Justiça Eleitoral.

Um desses casos é do Pedro Moura, 52 anos, assessor parlamentar da Assembleia Legislativa. Ele chegou às 4h30 da manhã e por volta das 8h30 estava para ser atendido. "Acabei enfrentando fila em razão do excesso de trabalho e por descuido também", argumentou.

A empregada doméstica Maria Dirce Dias Martins, 63 anos, ficou viúva há alguns meses e relata que não veio fazer o cadastro biométrico porque estava viajando. "Meu marido morreu e não tive cabeça para ficar em Campo Grande. Acabei viajando para casa de familiares e só voltei ontem", relatou a eleitora, que chegou às 6h no local e disse que faz questão de participar das eleições 2018.

Opinião diferente tem o ajudante de serviços gerais Flannarion Rocha, 49 anos. Ele chegou às 5h40 e nesse horário a fila já saia do prédio. "Olha, como a maioria dos brasileiros deixei para atualizar na última hora. Mas, confesso que estou desgostoso com a situação política e só vim para não ter problemas com documentação", observa.

O mestre de obras Sandro Godoy, 43 anos, chegou às 7h e espera ser atendido pelo menos até às 13h. "A vida da gente é muito corrida e sempre surgia um imprevisto me que impedia de vir. Hoje espero sair daqui com tudo concluído, pois, não tenho nenhuma vontade de participar das eleições deste ano", desabafa. 

DADOS OFICIAIS

Conforme informações da assessoria de imprensa do TRE-MS, em Campo Grande existem 63 mil eleitores e a média de atendimento diária dos três pontos de cadastramento é de seis mil pessoas cada um. 

Os postos funcionam no Memorial da Cultura, na avenida Fernando Corrêa da Costa, na sede do TRE-MS, no Parque dos Poderes e no Centro Integrado de Justiça (Cijus), na rua 26 de agosto. O horário de funcionamento é das 8h às 17h. 

BIOMETRIA

Para o cadastramento, o eleitor deve levar a via original de um documento oficial de identificação com foto e comprovante de residência atualizado. Homens maiores de 18 anos, que irão tirar o título pela primeira vez, devem também apresentar o comprovante de quitação do serviço militar, com cópia.

Quem perder o prazo de 18 de março e não realizar o cadastramento biométrico da Justiça Eleitoral terá o título de eleitor cancelado, o que acarreta em diversas questões como não assumir concurso público ou não emitir passaporte, entre outras penalidades.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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