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Mãe pede ajuda financeira para tratamento de tipo raro de câncer em bebê

Athur já passou pelo primeiro ciclo de quimioterapia

VALQUIRIA ORIQUI

10/01/2017 - 17h51
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Há pouco mais de um mês, Lione Balta Cardozo, de 27 anos, recebeu diagnóstico do filho Athur Balta Martins Cardozo, de 6 meses, e fez com que a vida dela virasse de cabeça para baixo. Com tipo raro de câncer, o neuroblastoma, a doença foi descoberta no estágio 4S, ou seja, o mais avançado.

Para dar continuidade ao tratamento do filho mais novo, Lione, que é mãe ainda de Julia Balta Martins Cardozo, de 4 anos, está recorrendo aos amigos e até desconhecidos para angariar fundos e lutar contra o tempo a fim de salvar a vida do pequeno Arthur.

A desconfiança de que algo não estava bem com o caçula começou no dia 6 de dezembro, mesma data em que a família passou percorrendo hospital e clínicas de Campo Grande atrás de exames específicos.

“Quando ele acordou no dia 6, percebi que a fralda estava seca. Eu ia levá-lo para a casa da minha sogra, mas ele estava muito irritado e chorando demais, então resolvi levá-lo ao Hospital da Criança”, contou a mãe.

Na unidade hospitalar, o médico mandou que o bebê fizesse ultrassom de emergência. “Corri atrás desse exame e fui conseguir na Diimagem, pois passaram ele na frente, já que exames assim são todos agendados com antecedência”, explicou Lione.

Com o ultrassom em mãos, a mãe escutou no local que havia uma massa na barriga do bebê. “E então me pediram para retornar com emergência ao Hospital da Criança para que o médico avaliasse melhor o resultado”, frisou.

Já no Hospital da Criança, a mãe de Arthur foi surpreendida com o encaminhamento do filho às pressas para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) da Santa Casa de Campo Grande. “Ele chorava muito de dor. Fez o toque e outros exames que confirmaram um tumor de 7,5 centímetros na barriguinha dele”, explicou.

DIAGNÓSTICO

“Então os médicos me falaram que Arthur tinha uma espécie de tumor chamado rabdo mio sarcoma”, relatou. O rabdo mio sarcoma é considerado agressivo e de rápido desenvolvimento. Nos EUA, 8.300 casos novos de sarcomas são diagnosticados anualmente e 3.900 morrem em decorrência da doença, sendo a incidência de dois casos por 100 mil habitantes.

Diante da situação, ainda no dia 6 de dezembro, o bebê teve que retirar 400 ml de urina da bexiga. “O tumor cresceu demais, pressionou e tampou a bexiga dele. Depois de dois dias, no dia 8, Arthur foi submetido à biópsia e na tarde do dia 9 o resultado ficou pronto”, detalhou.

Após o procedimento, médicos informaram que o tumor da criança era outro. “Então eles tiveram a certeza de que se tratava do neuroblastoma, câncer maligno que não é tão raro quanto o anterior, mas que já estava no último estágio de crescimento, o 4S”, relatou Lione.

Na cirurgia de retirada do tumor ocorreu tudo bem, porém, os médicos informaram que não puderam retirar tudo, já que parte estava colado na última vértebra da criança. Ainda durante o procedimento foram realizados exames de medula, que constataram a presença de células cancerígenas.

Internado, no dia 12 de dezembro Athur completou seis meses. Após 19 dias no hospital ele recebeu alta e hoje realiza processo quimioterápico a cada 21 dias. Ainda na Santa Casa ele pegou infecção na urina devido a baixa imunidade. Já realizou seis sessões de quimioterapia, ou seja, concluiu o primeiro ciclo.

O procedimento médico deve ser feito durante pelo menos o ano todo de 2017, onde serão feitos exames para o acompanhamento da evolução do tratamento. Ao final da quimioterapia ele deve passar por transplante de medula. “O transplante será feito da medula dele mesmo. Pegam células boas e colocam nele”.

Para cuidar exclusivamente do filho, Lione largou a faculdade de Direito e pediu demissão da loja de embalagem onde trabalhava como vendedora. Já o marido, Marcos Juliano de Freitas Cardoso, de 27 anos, está desempregado e faz bicos na empresa do pai. “Ele só quer ficar comigo, sofreu demais esses dias”, alega a mãe.

FINANCEIRO

Durante os dias em que o bebê esteve internado, a família gastou todas as economias. “Gastamos tudo o que a gente tinha, não temos nada nem para vender, pois tudo que temos está financiado”, pondera a mãe.

Em busca de oferecer melhores condições para o tratamento do filho, a família almeja uma vaga no Hospital de Barretos, referência em tratamento de câncer. “Queremos ir, mas não temos dinheiro nem para hospedagem, alimentação ou deslocamento. Um amigo do meu marido está nos auxiliando para conseguir uma vaga. Assim que surgir, entramos no carro e vamos”.

Apesar de ter convênio médico da Unimed, exames e consultas cobram uma taxa de co-participação. “Pagamos uma porcentagem de tudo que usamos. Ele fez todos os tipos de exame, alguns custam de R$ 4 mil a R$ 5 mil”. 

CONTRIBUIÇÃO

Por conta disso a família está rifando um novilho que ganhou em doação e também abriu uma conta para depósito no site da 'Vakinha Solidária'. A rifa custa R$ 30 e pode ser comprada pelo telefone número 9.9148-0515. O sorteio será feito ao vivo por link do Facebook e o vencedor poderá optar pelo prêmio ou receber o valor equivalente em dinheiro.

Outra forma de contribuir com qualquer quantia financeira é por meio do link https://www.vakinha.com.br/vaquinha/juntos-por-arthur-5b4d4d07-ff53-47a9-ac04-6a96154f2d88, ou depósito em conta bancária:

Banco do Brasil

Lione Balta Martins

Agência: 4447-4

Conta Corrente: 19078-0   

VACINA DA DENGUE

Com doses prestes a vencer, vacinação contra a dengue é ampliada na Capital

Ministério da Saúde recomendou que público seja ampliado para crianças e adolescentes de 6 a 16 anos em cidades que têm vacinas prestes a vences, para evitar desperdício do imunizante

18/04/2024 12h30

Ampliação do público-alvo começa hoje em Campo Grande, às 13h Foto: Rogério Vidmantas/ Prefeitura de Dourados

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A partir desta quinta-feira (18), as vacinas contra a dengue próximas do vencimento serão aplicadas em crianças e adolescentes de 6 a 16 anos, em Campo Grande. A ampliação do público começa às 13h.

Segundo consta em nota técnica do Ministério da Saúde, crianças e adolescentes de 6 a 16 anos terão a oportunidade de tomar a vacina. A recomendação anterior, do qual definiu a faixa etária de 10 a 14 anos como a ideal, segue mantida para municípios que não tenham lotes vencendo.

Ainda na nota, o Ministério afirma que a ampliação pode continuar ocorrendo em caso de sobras.

"Em caso de necessidade, esta estratégia poderá ser ampliada até o limite etário especificado na bula da vacina dengue (atenuada), que compreende dos 4 aos 59 anos 11 meses e 29 dias de idade, conforme a disponibilidade de doses no município com vencimento em 30 de abril de 2024.", segundo trecho presente na nota.

Além disso, reforça que esta ação é uma estratégia temporária visando não perder doses de vacina. Também garante que a segunda dose para pessoas que seguirem a nova recomendação.

De acordo com levantamento da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau), a cidade possui hoje 1,3 mil doses disponíveis e, como há um estoque reduzido na quantidade do imunizante, talvez falte em alguns dos 74 postos de saúde.

Ademais, reforçam que como as primeiras doses foram recebidas no dia 11 de fevereiro, o esquema vacinal ainda não foi concluído, pois há um intervalo de três meses entre a primeira e a segunda dose. Por isso, um novo lote de vacinas deve chegar na capital em maio.

Os locais de vacinação são: 

  • UBS 26 de Agosto
  • USF Tarumã
  • USF Noroeste
  • USF Cidade Morena
  • USF Parque do Sol
  • USF Cel. Antonino
  • USF Moreninha
  • USF Lar do Trabalhador
  • USF Albino Coimbra
  • UBS Silvia Regina
  • UBS Dona Neta
  • USF Botafogo
  • USF São Francisco
  • USF Caiçara

SITUAÇÃO NO ESTADO

Em Mato Grosso do Sul, a baixa procura pelas doses preocupam e está longe da recomendação de abranger os 90% do público-alvo.

No início de março, apenas 13% da população estavam à procura do imunizante. Na época, apenas a faixa etária de 10 e 11 anos estavam recebendo as doses e, logo depois, esse público foi ampliado para 10 a 14 anos, conforme a recomendação atual.

Há um mês, 40 dias depois do começo da vacinação no dia 11 de fevereiro, apenas 8,3 mil imunizantes haviam sido aplicados na capital, um terço do total recebido, cerca de 24,6 mil doses. 

ASSINE O CORREIO DO ESTADO

TJMS

Waldir Marques toma posse como desembargador no lugar de Divoncir

Investigado por soltar traficante, Divoncir deixou o cargo após completar 75 anos, no dia 6 de abril

18/04/2024 11h44

Desembargador Waldir Marques [a esquerda], ao lado do presidente do TJMS, des. Sérgio Fernandes Martins Divulgação

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O juiz substituto em 2º grau Waldir Marques tomou posse no cargo de desembargador, nessa quarta-feira (17), em solenidade no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Ele assume a vaga deixada por Divoncir Schreiner Maran, que completou 75 anos no dia 6 de abril, idade limite para exercer a magistratura.

Waldir Marques foi promovido, por unanimidade em sessão do Tribunal Pleno, para o cargo de desembargador, pelo critério de antiguidade. 

A posse administrativa ocorreu no gabinete da Presidência do Tribunal. O presidente do TJMS, desembargador Sérgio Fernandes Martins ressaltou as qualidades de Marques.

“O que a magistratura precisa é disso, de magistrados que tem essa facilidade de convivência, de trabalhar com outros setores que são importantes para a estrutura do Judiciário, de receber as partes, que, enfim, tenha bom senso e saiba utilizar sua vivência e experiência adquirida ao longo da vida profissional para poder distribuir a justiça no segundo grau com muita sabedoria”, disse.

O recém-empossado desembargador Waldir Marques, em seu discurso, disse que já atua há seis anos no Tribunal de Justiça e há 35 na magistratura, mas que assumir o novo cargo é um marco histórico.

"Sempre trabalhei com afinco e honrei a toga. É uma alegria muito grande e um dia de agradecimento à família, amigos e todos aqueles que contribuíram de alguma forma para eu ter chegado à magistratura e permanecido até assumir o mais alto degrau da carreira, o cargo de desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul”, afirmou.

Currículo

Waldir Marques é natural de Guararapes (SP) e ingressou na magistratura estadual em 1989, na 4ª circunscrição.

Em agosto do ano seguinte, foi promovido para a Comarca de Inocência. Em outubro de 1993, foi removido para a Comarca de Glória de Dourados e, em março de 1995, foi promovido para Costa Rica, onde atuou como Diretor do Foro da Comarca.

Em novembro de 1998 foi novamente removido para Fátima do Sul, atuando na Turma Recursal de Dourados. Após nova remoção, em novembro de 2001, passou a judicar em Aparecida do Taboado e, na semana seguinte foi promovido para Dourados.

Em dezembro de 2017 foi removido para Campo Grande e assumiu a 3ª Vara dos Juizados Especiais. Em janeiro de 2018 foi designado para atuar no Tribunal de Justiça e substituiu o Des. Francisco Gerardo de Sousa até sua aposentadoria.

Nova designação o manteve no Tribunal de Justiça até janeiro de 2019, quando assumiu o cargo de juiz de direito substituto em 2º grau. É membro efetivo do Tribunal Regional Eleitoral desde dezembro de 2023.]

Aposentadoria de Divoncir e polêmica

Divoncir completou 75 anos no dia 6 de abril e a aposentadoria foi publicada no Diário da Justiça do dia 8 de abril.

O desembargador chegou a ser afastado das suas funções em fevereiro deste ano, por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele e familiares foram alvos de mandados de busca e apreensão por suspeita de corrupção na soltura do traficante Gerson Palermo, condenado a 126 anos de prisão.

No feriado de 21 de abril de 2020, o desembargador Divoncir Maran concedeu prisão domiciliar a Gerson Palermo, sob alegação de que ele podia contrair Covid-19, quando a pandemia em questão mal havia começado. 

No dia seguinte, a soltura revogada por por outro desembargador, Jonas Hass Silva Júnior, mas Palermo já havia rompido a tornozeleira eletrônica e fugido. As investigações criminais seguem em segredo de justiça no âmbito do STJ.

No dia 3 de abril deste ano, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, concedeu habeas corpus revogando as medidas cautelares impostas a Divoncir, entre elas a proibição de acesso ao Tribunal de Justiça e ao próprio cargo.

Nos dias  3 e 4 de abril, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ouviu depoimentos das testemunhas de acusação e de defesa do Processo Administrativo Disciplicar (PAD) que investiga a conduta do desembargador por ter posto em prisão domiciliar com uso de tornozeleira, em 2020, o megatraficante Gerson Palermo.

 

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