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Mãe de musicista assassinada a
marteladas acredita em emboscada

Suspeitos roubaram dinheiro para 'comprar um carro zero'

NATALIA YAHN

04/08/2017 - 20h45
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Ilda Cardoso, 50 anos, acredita que a filha, musicista Mayara Amaral, 27 anos, morta por Luis Alberto Bastos Barbosa, 29 anos, e Ronaldo da Silva Olmedo, 30 anos, tenha sido vítima de uma emboscada, já que os dois também roubaram dinheiro que estava em uma poupança.

Na sexta-feira, durante protesto contra o crime, na Praça Ary Coelho, em Campo Grande, Ilda confirmou que os criminosos estavam com cartões bancários da jovem que foi brutalmente assassinada no dia 24 de julho e teve os pertences roubados.

“Tinha a quantia suficiente para ela comprar um carro zero. E tinha dinheiro meu nesta poupança também. Mas só soubemos disso agora. Eu tenho certeza de que eles armaram uma emboscada para ela, para pagarem dívida de droga”, afirmou.

Além dos dois, também foi preso Anderson Sanches Pereira, 31 anos, que ajudou a ocultar o corpo de Mayara.

“Eles podiam ter feito qualquer coisa com a minha filha. Amarrado ela, levado tudo que ela tinha, até drogado ela se eles quisessem, eu só queria a minha filha viva. Quero ela de volta. Eu tenho dinheiro para comprar um carro, existe loja de carro. Mas eu não tenho mais para quem dar o carro”, disse Ilda. 

O cineasta Filipi Silveira, 33 anos, filho de Cristóvão e Fátima Silveira – assassinados pelo caseiro Rivelino Mangelo, 45 anos, e os filhos dele, Alberto Nunes Mangelo, 20 anos, e Rogério Nunes Mangelo, 19 anos, no dia 18 de julho –, também esteve no protesto promovido por grupos feministas da Capital.

O encontro dele com a mãe de Mayara foi emocionado. “Eu vim participar e demonstrar minha solidariedade. Nós somos os familiares dessas pessoas guerreiras que foram mortas de maneira cruel”, disse, ao abraçar Ilda. 

O protesto também aconteceu simultaneamente em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Goiânia (GO), Curitiba (PR) e Natal (RN).

Na segunda-feira (7), a delegada Gabriela Stainle, da Delegacia Especializada em Furto e Roubo de Veículos (Defurv), deve apresentar o inquérito sobre o caso, que então segue para parecer do Ministério Público do Estado.

OPERAÇÃO DA PF

Fraude em ponto eletrônico da saúde na Prefeitura de Corumbá gera prejuízo de R$ 6 milhões

Polícia Federal deflagrou operação para combater crime e identificou servidor que ficava 5 minutos no expediente

19/04/2024 12h30

Polícia Federal deflagrou operação contra fraude do ponto em Corumbá Foto: Divulgação

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A Polícia Federal deflagrou a Operação Esculápio nesta sexta-feira (19) para combater prejuízo milionário que servidores da saúde em corumbá estavam causando no serviço público com fraudes em ponto eletrônico.

Segundo as investigações, 11 servidores públicos da área de saúde da Prefeitura de Corumbá reiteradamente fraudavam seus pontos eletrônicos, não cumprindo a carga horária contratada, mas recebendo o salário integral. 

Ao longo da investigação, a Polícia Federal em Corumbá identificou que houve casos em que a permanência do profissional na unidade de saúde do Centro Municipal de Especialidade Odontológica (CEO) foi de apenas 5 minutos. O foco da operação nesta sexta-feira foi concentrado nessa unidade especializada, que fica no bairro Universitário.

Além do prejuízo indireto causado pelo retardamento no atendimento à população local, estima-se que o prejuízo direto aos cofres seja da ordem de R$ 6.000.000,00.

Esse cálculo foi obtido a partir da apuração dos salários pagos aos profissionais de saúde em valor integral, porém sem que eles cumprissem a carga horária. A Polícia Federal não detalhou há quanto tempo essa fraude vinha sendo praticada e como houve a denúncia.

Na ação, cujos mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Corumbá, foram sequestrados bens móveis avaliados em R$ 1.500.00,00 e bens imóveis avaliados em R$ 5.000.000,00 dos servidores públicos.

Dentro do Centro Municipal de Especialidade Odontológica trabalham principalmente dentistas e os serviços prestados são de cirurgia, endodontia, prótese dentária, radiologia, periodontia e odontopediatria. Os investigados poderão responder por estelionato, peculato e peculato eletrônico.

A Prefeitura de Corumbá divulgou nota e sugeriu que não foi a responsável pela denúncia. Conforme apurado, o governo municipal não teria conhecimento oficial dessa fraude até que ocorresse a operação.

"Com relação a Operação Esculápio, realizada nesta sexta-feira, pela Polícia Federal, a Prefeitura de Corumbá esclarece que não foi alvo da ação e que até o momento não foi formalmente informada sobre o teor das investigações. A Secretaria Municipal de Saúde está à disposição da autoridade policial para auxiliar no que for necessário", divulgou.

Ainda não há confirmação se os servidores investigados pela Polícia Federal também vão passar por processo administrativo.

"GUERRA CIVIL"

Maior ameaça à democracia no mundo é a polarização, diz o ator Wagner Moura

Ator diz que filme"Guerra Civil" soa um importante alarme sobre esses riscos

19/04/2024 10h30

Wagner Moura em "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana Foto: Divulgação

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Para Wagner Moura, "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana, soa um importante alarme sobre os riscos da polarização que assombra países como Estados Unidos e Brasil nos últimos anos.

"Este é um filme que mostra que a polarização é a maior ameaça à democracia no mundo moderno", diz ele sobre o longa dirigido por Alex Garland, um blockbuster americano que acena também para a realidade política brasileira, em sua opinião.

"Guerra Civil" conta a história de um grupo de jornalistas, do qual Moura faz parte, que tenta chegar a Washington para entrevistar o presidente dos Estados Unidos, um líder do qual não sabemos muito, mas que pelas dicas do roteiro é claramente fascista, nas palavras do ator baiano.

"Mas eu acho, sinceramente, que ligar esse personagem a figuras reais é um desserviço ao filme. Não há na trama uma agenda ideológica. E você sabe que eu sou uma pessoa que não tem medo de falar as coisas", diz Moura ao ser questionado sobre a proximidade do personagem com líderes que acirraram a era de polarização em que vivemos, como Donald Trump e Jair Bolsonaro.

O filme é uma distopia política cheia de imagens do que poderia ser os Estados Unidos caso o racha entre democratas e republicanos, ou liberais e conservadores, se acentue. Na trama, forças favoráveis e contrárias ao presidente vivido por Nick Offerman se enfrentam e destroem a nação. São várias as imagens de pontos icônicos do nacionalismo americano bombardeados, como a Casa Branca.

"A gente sabe muito bem o que é a polarização. O mundo todo sabe. E para os americanos o filme gera uma dissonância cognitiva, porque eles estão acostumados a ver essas cenas em filmes sobre guerras no Oriente Médio. Agora estão vendo em Washington", diz ainda Moura.

GUERRA CIVIL

- Quando Estreia nesta quinta (18), nos cinemas
- Classificação 18 anos
- Elenco Wagner Moura, Kirsten Dunst e Cailee Spaeny
- Produção EUA, Reino Unido, 2024
- Direção Alex Garland

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