Ilda Cardoso, 50 anos, acredita que a filha, musicista Mayara Amaral, 27 anos, morta por Luis Alberto Bastos Barbosa, 29 anos, e Ronaldo da Silva Olmedo, 30 anos, tenha sido vítima de uma emboscada, já que os dois também roubaram dinheiro que estava em uma poupança.
Na sexta-feira, durante protesto contra o crime, na Praça Ary Coelho, em Campo Grande, Ilda confirmou que os criminosos estavam com cartões bancários da jovem que foi brutalmente assassinada no dia 24 de julho e teve os pertences roubados.
“Tinha a quantia suficiente para ela comprar um carro zero. E tinha dinheiro meu nesta poupança também. Mas só soubemos disso agora. Eu tenho certeza de que eles armaram uma emboscada para ela, para pagarem dívida de droga”, afirmou.
Além dos dois, também foi preso Anderson Sanches Pereira, 31 anos, que ajudou a ocultar o corpo de Mayara.
“Eles podiam ter feito qualquer coisa com a minha filha. Amarrado ela, levado tudo que ela tinha, até drogado ela se eles quisessem, eu só queria a minha filha viva. Quero ela de volta. Eu tenho dinheiro para comprar um carro, existe loja de carro. Mas eu não tenho mais para quem dar o carro”, disse Ilda.
O cineasta Filipi Silveira, 33 anos, filho de Cristóvão e Fátima Silveira – assassinados pelo caseiro Rivelino Mangelo, 45 anos, e os filhos dele, Alberto Nunes Mangelo, 20 anos, e Rogério Nunes Mangelo, 19 anos, no dia 18 de julho –, também esteve no protesto promovido por grupos feministas da Capital.
O encontro dele com a mãe de Mayara foi emocionado. “Eu vim participar e demonstrar minha solidariedade. Nós somos os familiares dessas pessoas guerreiras que foram mortas de maneira cruel”, disse, ao abraçar Ilda.
O protesto também aconteceu simultaneamente em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Goiânia (GO), Curitiba (PR) e Natal (RN).
Na segunda-feira (7), a delegada Gabriela Stainle, da Delegacia Especializada em Furto e Roubo de Veículos (Defurv), deve apresentar o inquérito sobre o caso, que então segue para parecer do Ministério Público do Estado.