Cidades

Doze presos

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Integrante do PCC foi executado por traição após ser julgado pelo tribunal do crime

Ossada foi encontrada no dia 20 de julho, em estrada rural da Capital

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Mauro Eder Araújo Pereira, 31 anos, integrante da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) foi julgado pelo tribunal do crime e executado por outros integrantes do PCC porque teria repassado informações privilegiadas à facção rival, o Comando Vermelho. 

Ossada da vítima foi encontrada no dia 20 de julho, na estrada que dá acesso ao Balneário Atlântico, em Campo Grande.

Dezoito pessoas foram indiciadas por participação no crime, sendo doze presas, quatro adolescentes apreendidos e dois foragidos.

De acordo com o delegado Márcio Shiro Obara, da Delegacia Especializado de Repressão aos Crimes de Homicídio (DEH), investigações começaram por conta de registro do desaparecimento da vítima, que ocorreu no dia 29 de maio deste ano.

Durante diligências, chegou ao conhecimento da polícia um vídeo da vítima sendo executada por disparo de arma, além das informações de que ele pertencia a uma facção criminosa.

Suspeitos foram identificados e, após três semanas, em cumprimento de mandado de prisão, doze foram presos e quatros adolescentes apreendidos por participação no crime. Dois suspeitos estão foragidos.

MOTIVAÇÃO

Em depoimento, criminosos disseram que crime foi cometido porque  Mauro teria matado duas pessoas sem autorização do PCC e estaria repassando informações e localização de integrantes do PCC ao Comando Vermelho.

Por conta da traição, ele foi sequestrado e mantido em cativeiro por seis dias, tendo passado por cinco imóveis em diferentes bairros durante o período.

Vítima foi pega no bairro Guanandi, onde residia, e levada de moto até uma casa em uma favela no Portal Caiobá, onde ficou dois dias em cativeiro, sob vigia de três criminosos.

Em seguida, ele foi transportado em um Uno até uma casa no bairro Mário Covas, onde ficou por apenas um dia. No outro dia, foi levado por um Uber até a casa de um dos suspeitos, no Estrela D'alva, de onde foi levado em outro Fiat Uno para uma residência na área rural, no Jardim Veraneio.

No sexto dia de cativeiro, foi transportado em um Gol até a casa de outro integrante da facção, no Jardim Noroeste, onde ficou até ser lavado para a estrada de acesso ao balneário, onde foi executado.

Em cada imóvel, diferentes pessoas faziam a segurança do local, sendo pelo menos três integrantes armados, e faziam o interrogatório da vítima. Julgamento era feito por meio de videoconferência pelo chamado “tribunal do crime”.

No dia 20 de julho, cadáver foi localizado. Arma utilizada no assassinato foi encontrada com um dos suspeitos, durante prática de outro crime. Ele confessou que efetuou o disparo contra a vítima.

Foram presos Cladimon Moreira da Silva, 36 anos; Joceli Lima dos Santos, 23; Luan Ávila Santana, 20; Luis Alberto de Jesus Ramos, 23; André Abner Correa de Arruda, 20; Israel Rodrigues Lopes, 23; Maycon Erickson Dias Ponsolle, 23; Luan Laftan da Silva de Queiroz, 21; Diego Alcunha Medina, 23; Cristhian Thomas Vieira, 28; Glaucia Maria Padim, 31 e Miguel Angelo Sanches Benitez, 19 anos.

Carlos Henrique de Oliveira Arguelho, 39, e Leonardo Caio dos Santos, 28, estão foragidos e quatro adolescentes foram apreendidos.

Todos foram indiciados por associação criminosa, sequestro, cárcere privado, corrupção de menores e homicídio doloso qualificado.  

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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