Interditada desde a semana passada, dia 28 e abandonada há mais de cinco anos pelo poder público, o prédio onde funcionou a antiga rodoviária da Capital, no centro da cidade, hoje é espaço para comerciantes insistentes, que ainda esperam a revitalização do local. Durante vistoria feita pela Corpo de Bombeiros, foram notificados para o fechamento imediato 49 lojas e nove traillers de lanches. Todas ainda estão funcionando, mas de forma irregular, já que não têm alvará. Segundo o Comando Geral do Corpo de Bombeiros, caso a corporação visite o local e verifique o funcionamento irregular, denúncia pode ser feita ao Ministério Público Estadual (MPE) e à Delegacia Especializada de Ordem Política e Social (DEOPS).
O Correio do Estado deu em primeira mão a interdição do espaço, no dia 28 de agosto. De lá para cá, o local continuou com as lojas interditadas abertas e segundo o comandante geral da corporação, Jairo Kamimura, os bombeiros irão até a antiga rodoviária para constatar o fato e, “se confirmado, vamos acionar o Ministério Público e a Deops”, disse. A interdição por tempo indeterminado só termina se o condomínio apresentar o projeto de controle de incêndio e pânico.
Desde que o transbordo de passageiros foi transferido para o Terminal Rodoviário Senador Antônio Mendes Canale, em janeiro de 2010, a promessa da Prefeitura de Campo Grande, proprietária de parte do prédio, anunciou que o local não se seria desprezado, e no ano passado surgiu a ideia de transformar o espaço em uma feira central ou em um terminal de transbordo do transporte coletivo urbano.
(*) A reportagem, de Anny Malagolini, está na edição de hoje do jornal Correio do Estado.