As 69 famílias que ocupam há mais de 30 anos área de antiga fazenda no Distrito de Indubrasil, na Avenida Noroeste, às margens da BR-262, protestam nesta manhã contra ordem judicial de despejo.
A manifestação começou por volta das 7 horas e segue por tempo indeterminado. A rotatória da rodovia, na altura do anel viário, está fechada de todos os lados e o trânsito é liberado a cada 10 minutos.
O grupo formado por pelo menos 150 pessoas reivindica presença de alguma autoridade da prefeitura para ajudar a desenrolar processo judicial que determinou a desocupação da área até dia 12 de junho.
Moradora do local há 20 anos, Cíntia Cristina de Lima, 33 anos, afirma que há anos as famílias lutam na Justiça para regularizar a área onde moram, mas sempre há entraves.
"A região toda era uma fazenda da família Dibo. Em 1992 a Justiça queria que eles indenizassem as famílias que estavam aqui. Eles não pagaram é o processo foi arquivado", conta.
Depois disso, Ronaldo Aires Viana - nome que aparece como requerente na ação de despejo - reabriu o processo em seu nome, alegando ser dono da área. "Mas como que ele pode ser dono, se é a gente que está aqui há anos e ninguém sabe quem é? Precisa provar ou pelo menos nos indenize é a gente sai daqui", disse Cíntia.
As famílias dizem que desejam a regularização da área, já que há anos pagam pela água, energia e telefone dos seus lotes. "A gente não quer nada de graça. Se regularizassem a gente pagaria IPTU também, mas a prefeitura não quer se envolver porque diz que se trata de área particular. Mas quem vai ser por nós aqui?", questiona outra moradora, Alzeni Teixeira, 47, que mora no local desde 1982.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) media a liberação completa das pistas da BR.