Estado de saúde do bebê Yago, que nasceu no último 31 de março depois da mãe, Renata Sodré Souza, 22 anos, ser mantida viva por dois meses após ter morte cerebral constatada, é considerado grave pela equipe médica da Santa Casa, onde ele está internado.
De acordo com assessoria de imprensa do hospital, quadro clínico do bebê, que nasceu com pouco mais de 1 quilo, teve piora entre a noite de ontem (2) e madrugada de hoje por conta de uma infecção.
Yago permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, onde está sendo medicado e recebendo todo o tratamento específico.
Ainda conforme o hospital, mãe tinha infecções que estavam sendo tratadas devido a morte cerebral e já havia o risco de infecção no recém nascido. Exames foram feitos e situação está sendo controlada com medicamentos.
Bebê está entubado e estado de saúde inspira cuidados.
PARTO
No dia 30 de março, médica responsável pelo caso de Renata percebeu alterações nos exames da jovem e tentou estabilizá-la com as medicações que mantinham os seus órgãos funcionando.
Entretanto, novos exames prosseguiram com as variações e por medo de que uma infecção pudesse atingir o bebê a profissional acionou a equipe do hospital.
O bebê nasceu com pouco mais de 1 quilo e foi levado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. Ele teve de ser entubado porque nasceu com quase 7 meses, cerca de 5 semanas antes do previsto pela equipe médica.
Assim que Yago foi retirado da mãe, os parentes de Renata tiveram um tempo para se despedir da jovem. Os aparelhos que a mantinham viva foram desligados durante à tarde.
O CASO
Grávida de quase cinco meses, Renata passou mal em casa e foi socorrida até posto de saúde no bairro Tiradentes no fim do mês de janeiro. No dia 30, já na Santa Casa, ela teve Acidente Vascular Cerebral (AVC) e morte cerebral. Desde então, por autorização da família, Renata era mantida viva até que o bebê completasse 28 semanas.
A médica intensivista Patrícia Leal, que integra a equipe da Santa Casa responsável pelos cuidados de Renata, contou que ela estava em um leito de isolamento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
"A Renata veio para a Santa Casa com um quadro muito parecido a gestante do Paraná. Ela também teve hemorragia cerebral, passou por neurocirurgia e não teve melhora. No dia 30 foi diagnosticada morte cerebral, conforme protocolo do Conselho Federal de Medicina"
Segundo a médica, outros dois casos semelhantes ocorridos em Colatina (ES) e Campo Largo (PR) estão ajudando a equipe da Capital sobre os procedimentos que são feitos. Intercâmbio com equipe do Espírito Santo já é feito e contato com médicos paranaenses devem ocorrer em breve. Outra ajuda os médicos da Capital buscam com equipe de Portugal, que tem estudo publicado sobre gestantes que têm morte cerebral.