Cidades

Legislativo denunciou

Entregues por Bernal, casas estão inacabadas e Câmara denuncia

Famílias que viviam na favela Cidade de Deus receberam as residências

ALINY MARY DIAS E KLEBER CLAJUS

05/07/2016 - 12h00
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Motivo de publicidade praticamente eleitoreira e muito discurso do prefeito Alcides Bernal (PP), as 42 casas entregues na sexta-feira (1º) aos antigos moradores da favela Cidade de Deus, que agora vivem no bairro Vespasiano Martins, não estão prontas. A denúncia foi feita na manhã de hoje na Câmara Municipal e será encaminhada ao Ministério Público Estadual (MPE).

Equipe do vereador Eduardo Romero (Rede Sustentabilidade) foi até bairro ontem (4) e constatou uma série de problemas. Fotos feitas pelos assessores revelam que casas estão sem acabamento e em muitas delas a estrutura hidráulica e elétrica está exposta.

Ainda segundo a denúncia do vereador, durante a construção das casas, houve acidente de trabalho que deixou dois operários feridos, mas o caso acabou sendo “abafado” pela prefeitura. A administração desconhece qualquer incidente durante as obras.

Diante dos problemas, outro vereador foi até as casas na manhã de hoje, Marcos Alex (PT) conta que ao chegar no bairro, foi hostilizado e agredido por moradores. O carro do vereador, modelo Gol, foi apedrejado e o vidro traseiro ficou destruído. O vereador não se feriu e afirmou que não denunciará o caso à polícia.

As denúncias revoltaram vereadores, que ressaltaram o fato das casas não serem gratuitas aos moradores e ainda que a entrega simbólica feita por Bernal é sinônimo de irresponsabilidade.

Na semana passada, o prefeito "correu" para inaugurar centros de educação infantil e até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que não está funcionando. A pressa tem relação com o prazo estipulado pela justiça eleitoral para inaugurações em caso de política que irá concorrer a reeleição. Desde ontem as ações não podem ser mais feitas.

Em resposta às acusações do vereador, a assessoria de imprensa da prefeitura informou que já havia sido combinado com os moradores que cada um poderia fazer o acabamento como quisesse. Para isso, a prefeitura fornecerá materiais básicos, mas o moradores arcarão com o serviço.

CASAS

Segundo a prefeitura, a construção dos imóveis de 46 metros quadrados foi realizada por convênio com organização não-governamental. Elas dispõem de dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço.

Os ex-moradores da favela assinaram contratos com a Emha, em março, sendo beneficiados com subsídio de 40% dos imóveis. Este inclui custo do terreno (R$ 40 mil) e construção da casa (R$ 12 mil). Os valores serão pagos em até 25 anos.

A Prefeitura de Campo Grande apresentou, no mês passado, cronograma de entrega dos imóveis a quem vive sob a lona e sem banheiro. Na lista estão Vespasiano Martins (15 de Julho), Lageado (10 de Setembro), Jardim Canguru (10 de Setembro) e Bom Retiro (10 de Outubro).

*Matéria atualizada às 13h30 para acréscimo de informações.

Veja

Com recesso de fim de ano, Detran-MS adota escala diferente de atendimento

Funcionamento ocorre normalmente nos dias 22 e 23 de dezembro e também em 29 e 30 de dezembro

21/12/2025 09h00

Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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O Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) manterá o atendimento presencial nas agências de todo o Estado somente entre as segundas e terças que antecedem o Natal e o Ano-Novo.

Conforme a escala especial de fim de ano, o funcionamento ocorre normalmente nos dias 22 e 23 de dezembro e também em 29 e 30 de dezembro, no horário regular das unidades: das 7h30 às 11h30 e das 12h30 às 16h30, com exceção das agências instaladas em shoppings, que seguem horários diferenciados.

De acordo com o Decreto “E” nº 2, de 16 de janeiro de 2025, não haverá expediente nas repartições públicas estaduais nos dias 24 (quarta-feira), 25 (quinta-feira) e 26 de dezembro (sexta-feira), em razão do feriado de Natal e de pontos facultativos. Também não haverá atendimento presencial no dia 31 de dezembro (quarta-feira).

Já o Decreto “E” nº 46, de 24 de novembro de 2025, que estabelece os feriados e pontos facultativos de 2026, define o dia 1º de janeiro (quinta-feira) como feriado nacional e o dia 2 de janeiro de 2026 (sexta-feira) como ponto facultativo.

Durante os dias sem expediente presencial, o Detran-MS seguirá oferecendo serviços digitais à população. Será possível realizar consultas e emitir guias por meio do Portal de Serviços Meu Detran, do aplicativo Meu Detran MS e da atendente virtual Glória, disponível via WhatsApp pelo número (67) 3368-5000.

O órgão alerta ainda para o funcionamento do sistema bancário no período. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), no Natal de 2025 os bancos não abrem no dia 25 de dezembro e, no dia 24, funcionam em horário reduzido, até as 11h. No fim de ano, as instituições financeiras não terão expediente no dia 31 de dezembro e no dia 1º de janeiro, retomando o atendimento normal nos dias úteis entre os feriados.

A orientação do Detran-MS é que os usuários se programem com antecedência para pagamentos e cumprimento de prazos, evitando transtornos durante o período de recesso.

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"Mais louco do Brasil" recebe ultimato para combater megaerosão

Justiça impôs multa diária de R$ 100 mil caso o prefeito de Ivinhema e a Agesul não tomarem providências para combater erosão

20/12/2025 19h30

Água de dois bairros sem drenagem provou erosão de 3,8 quilômetros na margem de rodovia na saída de Ivinhema para Angélica

Água de dois bairros sem drenagem provou erosão de 3,8 quilômetros na margem de rodovia na saída de Ivinhema para Angélica Ivinotícias

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Apesar de uma gigantesca erosão estar ameaçando destruir uma rodovia estadual, a MS-141, que está sob a responsabilidade do Governo do Estado, o prefeito Juliano Ferro, que se autodenomina "o mais louco do Brasil, também recebeu um ultimato da Justiça para que tome providências para tentar acabar com o problema. 

Segundo denúncia do Ministério Público acatada pela Justiça, a erosão ocorre porque falta drenagem no conjunto habitacional Salvador de Souza Lima e no Residencial Solar do Vale. A água destes dois bairros acabar descendo pela margem da MS-141, na saída de Ivinhema para Angélica, e provoca a erosão que se estende por cerca de 3,8 quilômetros.

E, por conta do risco de acidentes e por causa do grande volume de terra que foi arrastado para propriedades rurais vizinhas, a Justiça determinou multa diária de R$ 100 mil para a prefeitura, a Agesul (resposponsável pela manutenção da rodovia) e ao Governo do Estado caso não adotem medidas imediatas para conter a erosão. 

Mesmo com liminar anteriormente deferida, as fortes chuvas das últimas semanas agravaram o cenário e ao longo da última semana a promotoria realizar novas diligências no local e voltou à Justiça para exigir a imposição da multa, no que foi atendida..

Durante as vistorias, foram identificadas valas com cerca de 10 metros de largura e até dois metros de profundidade às margens da rodovia, além da exposição de tubulações de esgoto, que ficaram vulneráveis a rompimentos. 

De acordo com a promotoria, a situação representa risco concreto e iminente de acidentes de grandes proporções, inclusive com possibilidade de vítimas fatais, em um trecho por onde trafegam diariamente ônibus, veículos leves e caminhões pesados.

Diante dos novos fatos, o Promotor de Justiça Allan Thiago Barbosa Arakaki peticionou nos autos destacando a piora do quadro e a ameaça à segurança viária, à saúde pública e ao meio ambiente.

Ao analisar os documentos e fotografias apresentados pelo MPMS, o juiz Rodrigo Barbosa Sanches acolheu os pedidos e determinou que os requeridos iniciem, em até cinco dias, ações emergenciais para conter o escoamento das águas pluviais, realizem a manutenção dos sistemas de drenagem e apresentem, em até 60 dias, relatório técnico com as providências adotadas e os resultados obtidos.

Além da atuação judicial, o MPMS também dialogou com proprietários rurais afetados pelos danos, esclarecendo que prejuízos patrimoniais individuais poderão ser objeto de reparação específica.

Por conta desta terra e de outras erosões, o Córrego Piravevê, que desemboca no Rio Ivinhema e separa os municípios de Angélica e Ivinhema, praticamente desapareceu. O leito foi completamente tomado pela terra e a promotoria também já recorreu à Justiça para tentar obrigar a prefeitura e o Governo do Estado a fazerem a recuperação.

O Correio do Estado procurou o prefeito Juliano Ferro em busca de informações para saber se alguma providência já foi adotada nos dois bairros que dão origem à erosão, mas ele não deu retorno. 

 

 

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