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CORUMBÁ E LADÁRIO

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Em MS, até morto recebe
seguro para pescadores

CGU aponta irregularidades na concessão, manutenção e pagamento do benefício

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Relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) aponta diversas irregularidades em concessões do Seguro Desemprego do Pescador Artesanal (SDPA) - Seguro Defeso, em Mato Grosso do Sul. Realizada entre 26 de janeiro e 13 de abril de 2018, nos municípios de Corumbá e Ladário, a investigação encontrou falhas no cadastramento, manutenção das licenças dos pescadores e pagamento dos benefícios. De 12 beneficiários do seguro, investigados por amostragem, 10 não atendiam ao perfil estabelecido pelalegislação. Também foi constatado o pagamento de parcelas a supostos  pescadores já falecidos.

Por lei, tem direito ao benefício de um salário mínimo mensal, durante o período de defeso, o profissional que exerce a atividade de pescador de forma artesanal, ininterrupta, individualmente ou em regime de economia familiar. Durante as investigações, técnicos flagraram entre os beneficiários do seguro o proprietário de um rancho no Passo do Lontra, em Miranda, - o que foge aos critérios sociais para recebimento do seguro, além do dono de um lava-jato, em Campo Grande, e um pedreiro, que também confessou que mora na Capital há, pelo menos, quatro anos.  Cada um deles, recebeu R$ 2.862 em benefícios. 

“Contrariando o óbvio”, conforme menciona o relatório, foram identificados  ainda casos de saque de parcelas do seguro em momento posterior a morte dos supostos beneficiários, um total de R$ 2.754.
A investigação também apontou pagamento indevido de parcelas do seguro entre dezembro de 2014 e fevereiro de 2018, a um professor da rede pública de Ladário, que recebeu R$ 12.182. Segundo a legislação, só tem direito ao seguro defeso “pescador artesanal que não disponha de outra fonte de renda diversa da decorrente da atividade pesqueira”.

Para conseguir as informações, a CGU visitou os endereços residenciais constantes do Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP) e do Cadastro Único do Governo Federal (CADúnico), também foram realizadas diligências nos endereços cadastrados no Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) e na concessionária de energia elétrica (Energisa). 

Em quatro casos,  os supostos pescadores não foram localizado e a Controladoria considerou que a atividade pesqueira não teria ocorrido de maneira habitual e ininterrupta, como diz a lei, uma vez que não restou comprovado que os beneficiários moram em Ladário ou Corumbá.

A CGU apontou ainda que muitos processos referentes a concessões estavam desatualizados ou contendo lacunas temporais, sendo que em alguns casos constam documentação que apresentam ordem cronológica precária desde o seu registro inicial até 2014 ou 2015, ficando ausentes os documentos comprobatórios que dariam direito à concessão do benefício dos anos seguintes até o último período de pagamento do Seguro Defeso.

Além disso, segundo a Controladoria, não havia comprovação de exercício ininterrupto da atividade pesqueira, documentos que deveriam ser exigidos pelo INSS.

AUMENTO

Além das irregularidades, o relatório aponta que houve um aumento de 33% nas solicitações do seguro, entre os períodos aquisitivos de 2014 (1.874 requerimentos) e 2016 (1673 requerimentos), sendo que em 2017, a demanda pelo benefício retorna ao patamar apresentado no ano de 2012 (1.283 pedidos).
Por outro lado, os técnicas frisam que não houve a mesma oscilação ao se analisar a evolução do número de habitantes e do eleitorado de Corumbá e de Ladário para o mesmo período.

Trecho do relatório aponta saques de parcela do seguro feitos após data de óbito do beneficiário

Fronteira

Azul anuncia voos diretos para Assunção, no Paraguai, a partir de dezembro

Atualmente, a capital paraguaia tem entre dois e três voos diários para o Brasil, todos eles operados pela Gol e pela Latam

15/04/2024 21h00

Alto volume da dívida da Azul com os arrendadores de aviões decorre de uma negociação feita no início da pandemia Arquivo/ Correio do Estado

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A Azul Linhas Aéreas anunciou, na tarde desta segunda-feira (15), que começara a operar voos para Assunção, no Paraguai, a partir de quatro cidades brasileiras: Campinas (Viracopos), Curitiba, Florianópolis e Recife.

O início da operação está marcado para dezembro, com aeronaves Embraer E-2, com capacidade para 136 passageiros, ou Airbus A320, para 174 passageiros.

Atualmente, a capital paraguaia tem entre dois e três voos diários para o Brasil, todos eles operados pela Gol e pela Latam a partir no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

A Azul ainda não divulgou os horários e a frequência dos voos. A companhia informou, apenas, que os voos que partem de Viracopos e Curitiba serão regulares, enquanto os de Florianópolis e Recife serão sazonais -operados apenas durante a alta temporada de verão.

"Esta nova rota surgiu a partir de uma provocação da Embratur, que nos cantou a bola de que a conexão com o país poderia ser melhor estudada e desenvolvida", disse Vitor Silva, gerente de planejamento e estratégia da Azul, durante o anúncio da nova rota, em um evento de turismo em São Paulo.

Também presente no anúncio, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, ressaltou que a importância do Paraguai também como origem de turistas. Segundo ele, em 2023 houve um aumento de 19% no fluxo de paraguaios para o Brasil, que se tornou o quarto maior emissor de turistas para o Brasil. "Esse fluxo, entretanto, acontece principalmente por via terreste", disse.

Assunção será o oitavo destino internacional na malha da Azul, que também voa para Orlando e Miami, nos EUA; Punta del Este e Montevideo, no Uruguai; Paris, na França; Lisboa, em Portugal e Curaçao, no Caribe. A companhia ainda não divulgou

PETROBRAS

Tribunal derruba liminar que suspendeu conselheiro da Petrobras

O mérito da ação será analisado ainda pela Quarta Turma -órgão de segunda instância- do tribunal

15/04/2024 20h00

A AGU (Advocacia-Geral da União) já recorreu também da decisão que afastou Mendes da Petrobras.. Divulgação

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O juiz federal do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) Marcelo Saraiva derrubou nesta segunda-feira (15) uma liminar -decisão provisória- que suspendia o mandato do ex-ministro Sergio Machado Rezende no conselho de administração da Petrobras.

O presidente do colegiado, Pietro Mendes, continua suspenso. Rezende fora afastado do conselho na semana passada, em liminar de primeira instância concedida a pedido do deputado estadual de São Paulo Leonardo Siqueira (Novo), sob o argumento de que sua nomeação fere o estatuto da estatal.

O mérito da ação será analisado ainda pela Quarta Turma -órgão de segunda instância- do tribunal, com sede em São Paulo.

Siqueira é também o autor da liminar que suspendeu o mandato de Mendes, por suposto conflito de interesses entre seu papel no conselho da estatal e sua atividade como secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME (Ministério de Minas e Energia).

A AGU (Advocacia-Geral da União) já recorreu também da decisão que afastou Mendes.

Petrobras e governo esperam que a suspensão do mandato também seja revertida neste caso.
A indicação de Rezende é questionada pelo descumprimento de quarentena exigida para a nomeação e ex-dirigentes sindicais ao conselho das estatais.

A Petrobras argumenta que uma liminar do ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski eliminou essa restrição.

A estatal chegou a alterar seu estatuto usando como justificativa a liminar, em uma decisão que gerou críticas de investidores privados e especialistas em governança.

Na época, a empresa defendeu que seguirá a lei, caso a liminar de Lewandowski seja derrubada.

"Nesse momento processual, entendo que não houve descumprimento do Estatuto Social da Petrobras no tocante ao requisito da quarentena, isso porque, no momento da posse prevalecia o entendimento da Suprema Corte", escreveu Saraiva.

Assim, diz ele, a manutenção do afastamento do mandato gera "perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo" e pode acarretar "vultoso impacto financeiro" na vida de Rezende, que também teve o salário de conselheiro suspenso.

Ex-dirigente do PSB, Rezende foi ministro da Educação e de Ciência e Tecnologia nos primeiros mandatos do presidente Lula. Foi excluído da lista do governo para a renovação do conselho na próxima assembleia, dando lugar ao secretário-executivo-adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux.

Mendes, por sua vez, deve ser reconduzido como presidente do conselho, segundo a lista apresentada pelo governo à estatal.

Aliado próximo do ministro Alexandre Silveira, ele chegou ao MME ainda no governo Bolsonaro -primeiro, como diretor do Departamento de Biocombustíveis, em 2020.

Foi promovido a secretário-adjunto em 2022 e levado ao colegiado que define a estratégia da estatal pelas mãos de Silveira em 2023. Tem tido embates com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que passou as últimas semanas sob fritura.

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