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Em depoimento, PRF afirma que atirou sete vezes em empresário por instinto

Ricardo Moon afirma que não houve excesso e que agiu ao ser ameaçado

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Policial rodoviário federal Ricardo Hyun su Moon, 47 anos, afirma ter atirado instintivamente sete vezes contra o empresário Adriano Correio do Nascimento, 33 anos, na madrugada do dia 31 de dezembro. Moon prestou depoimento hoje na última audiência sobre o caso, no 1º Tribunal do Júri de Campo Grande, e manteve versão de ter agido em legítima defesa.

Policial disse que ficou assustado ao ver a caminhonete que a vítima conduzia entrar em alta velocidade na Avenida Ernesto Geisel e, depois, se sentiu ameaçado quando Adriano trocou de faixa e parou atrás do seu carro, mesmo com a rua vazia.

Ao perceber que ocupantes da caminhonete estavam embriagados, Moon abordou o veículo, desceu do carro e se apresentou como policial, além de acionar reforço da Polícia Militar, pelo caso ocorrer na área urbana e não ser de sua competência.

“Foi um flagrante de delito. Embriaguez ao voltante é crime, como eu ia deixar eles irem embora?”, disse o policial em depoimento, justificando que estava sobre obrigação legal de agir.

Ainda conforme versão de Moon, Adriano e Aguinaldo, que estava no banco do passageiro, passaram a ameaçá-lo e insultá-lo.

Ele também afirma que viu o adolescente de 17 anos, que estava no banco de trás, com algum objeto na mão e que não mostrou a identificação de policial porque estava com a arma em uma mão e o celular na outra e que nunca teve problemas ao dar voz de comando.

Depois, vítima teria arrancado com o veículo, que bateu em sua perna e, por este motivo, ele agiu por instinto porque viu sua vida ameaçada.

Questionado por promotores e pelo juiz sobre o motivo de ter disparado sete vezes, Moon voltou a afirmar que agiu por instinto e que não contou o número de disparos, mas que na visão dele não houve excesso.

Em juízo, ele afirma que apesar de ser treinado e ser integrante da Federação Paulista de Tiro Prático, o treinamento não reduz o instinto quando se está em situação de perigo, com três pessoas bêbadas e com arma letal [caminhonete] indo para cima, não havendo tempo para decidir.

“A instrução é atirar até parar a agressão ou ameaça”, disse, acrescentando que parou os disparos quando cessou a ameaça.

FARDA

Em depoimento na semana passada, delegado plantonista que atendeu a ocorrência no dia, Enilton Zalla, afirmou que policial mentiu a polícia ao dizer que estaria fardado na hora do crime. 

Segundo o delegado, Moon se apresentou na delegacia usando o traje policial e questionado se usava a roupa ao abordar as vítimas, ele afirmou que sim, o que ficou provado posteriormente, por imagens, que não era verdade.

Sobre as alegações, PRF afirmou que houve mal entendido. Policiais costumam se deslocar no chamado traje sereia, que consiste em usar parte do uniforme, para não chamar atenção.

Ele disse que na hora da abordagem vestia a calça e coturno da corporação e que a camisa do uniforme estava por baixo de uma camiseta polo. Na delegacia, ele já havia retirado a polo e ao ser questionado se estava usando aqueles trajes [farda], respondeu que sim porque estava com a roupa, embora por baixo. 

Com o fim das audiências, Ministério Público Estadual (MPE), acusação e defesa farão considerações e em cerca de um mês deve haver decisão se caso vai para júri popular.

CASO

O caso ocorreu na Avenida Presidente Ernesto Geisel, entre a Rua 26 de Agosto e a Avenida Fernando Corrêa da Costa, no dia 31 de dezembro do ano passado, depois de discussão no trânsito. Adriano foi atingido por cinco disparos, segundo a perícia. Ele sofreu duas perfurações no tórax, uma na costela e outra no braço direito.

O crime aconteceu enquanto vítima e dois familiares retornavam de uma casa noturna onde foram comemorar aniversário.

Informações da Polícia Civil apontam que Ricardo Moon teria disparado pelo menos sete vezes.

A assessoria da PRF em Mato Grosso do Sul afirmou que, na versão do policial preso em flagrante, ele teria tentado abordar a caminhonete Toyota Hilux conduzida por Adriano Correia, que teria desobedecido e avançado com o veículo na direção do agente. Diante da ocorrência, o policial, que dirigia uma Mitsubishi Pajero, teria perseguido a vítima e efetuado os disparos em seguida.

Policial foi indiciado pela Polícia Civil por cometer crime de homicídio doloso, quando há intenção de matar, e por duas tentativas de homicídio. 

OPERAÇÃO DA PF

Fraude em ponto eletrônico da saúde na Prefeitura de Corumbá gera prejuízo de R$ 6 milhões

Polícia Federal deflagrou operação para combater crime e identificou servidor que ficava 5 minutos no expediente

19/04/2024 12h30

Polícia Federal deflagrou operação contra fraude do ponto em Corumbá Foto: Divulgação

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A Polícia Federal deflagrou a Operação Esculápio nesta sexta-feira (19) para combater prejuízo milionário que servidores da saúde em corumbá estavam causando no serviço público com fraudes em ponto eletrônico.

Segundo as investigações, 11 servidores públicos da área de saúde da Prefeitura de Corumbá reiteradamente fraudavam seus pontos eletrônicos, não cumprindo a carga horária contratada, mas recebendo o salário integral. 

Ao longo da investigação, a Polícia Federal em Corumbá identificou que houve casos em que a permanência do profissional na unidade de saúde do Centro Municipal de Especialidade Odontológica (CEO) foi de apenas 5 minutos. O foco da operação nesta sexta-feira foi concentrado nessa unidade especializada, que fica no bairro Universitário.

Além do prejuízo indireto causado pelo retardamento no atendimento à população local, estima-se que o prejuízo direto aos cofres seja da ordem de R$ 6.000.000,00.

Esse cálculo foi obtido a partir da apuração dos salários pagos aos profissionais de saúde em valor integral, porém sem que eles cumprissem a carga horária. A Polícia Federal não detalhou há quanto tempo essa fraude vinha sendo praticada e como houve a denúncia.

Na ação, cujos mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Corumbá, foram sequestrados bens móveis avaliados em R$ 1.500.00,00 e bens imóveis avaliados em R$ 5.000.000,00 dos servidores públicos.

Dentro do Centro Municipal de Especialidade Odontológica trabalham principalmente dentistas e os serviços prestados são de cirurgia, endodontia, prótese dentária, radiologia, periodontia e odontopediatria. Os investigados poderão responder por estelionato, peculato e peculato eletrônico.

A Prefeitura de Corumbá divulgou nota e sugeriu que não foi a responsável pela denúncia. Conforme apurado, o governo municipal não teria conhecimento oficial dessa fraude até que ocorresse a operação.

"Com relação a Operação Esculápio, realizada nesta sexta-feira, pela Polícia Federal, a Prefeitura de Corumbá esclarece que não foi alvo da ação e que até o momento não foi formalmente informada sobre o teor das investigações. A Secretaria Municipal de Saúde está à disposição da autoridade policial para auxiliar no que for necessário", divulgou.

Ainda não há confirmação se os servidores investigados pela Polícia Federal também vão passar por processo administrativo.

"GUERRA CIVIL"

Maior ameaça à democracia no mundo é a polarização, diz o ator Wagner Moura

Ator diz que filme"Guerra Civil" soa um importante alarme sobre esses riscos

19/04/2024 10h30

Wagner Moura em "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana Foto: Divulgação

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Para Wagner Moura, "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana, soa um importante alarme sobre os riscos da polarização que assombra países como Estados Unidos e Brasil nos últimos anos.

"Este é um filme que mostra que a polarização é a maior ameaça à democracia no mundo moderno", diz ele sobre o longa dirigido por Alex Garland, um blockbuster americano que acena também para a realidade política brasileira, em sua opinião.

"Guerra Civil" conta a história de um grupo de jornalistas, do qual Moura faz parte, que tenta chegar a Washington para entrevistar o presidente dos Estados Unidos, um líder do qual não sabemos muito, mas que pelas dicas do roteiro é claramente fascista, nas palavras do ator baiano.

"Mas eu acho, sinceramente, que ligar esse personagem a figuras reais é um desserviço ao filme. Não há na trama uma agenda ideológica. E você sabe que eu sou uma pessoa que não tem medo de falar as coisas", diz Moura ao ser questionado sobre a proximidade do personagem com líderes que acirraram a era de polarização em que vivemos, como Donald Trump e Jair Bolsonaro.

O filme é uma distopia política cheia de imagens do que poderia ser os Estados Unidos caso o racha entre democratas e republicanos, ou liberais e conservadores, se acentue. Na trama, forças favoráveis e contrárias ao presidente vivido por Nick Offerman se enfrentam e destroem a nação. São várias as imagens de pontos icônicos do nacionalismo americano bombardeados, como a Casa Branca.

"A gente sabe muito bem o que é a polarização. O mundo todo sabe. E para os americanos o filme gera uma dissonância cognitiva, porque eles estão acostumados a ver essas cenas em filmes sobre guerras no Oriente Médio. Agora estão vendo em Washington", diz ainda Moura.

GUERRA CIVIL

- Quando Estreia nesta quinta (18), nos cinemas
- Classificação 18 anos
- Elenco Wagner Moura, Kirsten Dunst e Cailee Spaeny
- Produção EUA, Reino Unido, 2024
- Direção Alex Garland

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