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Em crise, prefeitura quer comprar novo ônibus do City Tour por R$ 1,4 milhão

Pedido faz parte de suplementação de R$ 60,4 milhões em análise na Câmara

KLEBER CLAJUS

09/07/2015 - 09h51
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Mesmo em crise financeira, a Prefeitura de Campo Grande pretende adquirir novo ônibus de R$ 1,4 milhão para o City Tour. A proposta, no entanto, depende do aval de vereadores por compor projeto de suplementação de R$ 60,4 milhões, enviado pelo prefeito Gilmar Olarte à Câmara na última terça-feira (7).

O secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Turismo e Agronegócio (Sedesc), Natal Baglioli, justificou ao Portal Correio do Estado que a compra está em estudo desde o ano passado e o recurso para aquisição será proveniente de convênio com a empresa JBS.

A principal finalidade da nova aquisição seria ampliar o serviço, utilizando o novo veículo para visita de todos os pontos turísticos e o antigo para rotas curtas de cultura e visita a pontos de venda de artesanato. O Aquário do Pantanal também teria motivado a compra, no entanto, a obra não tem previsão de quando ficará pronta.

“A compra se dá porque a cidade cresceu e os pontos turísticos também. Temos ainda solicitação de circuitos menores e isso nos possibilitaria conquistar pontuação melhor junto ao Ministério do Turismo, o que facilita ao se pleitear mais recursos [para o setor]”, pontuou.

De acordo com o secretário, somente a empresa Marcopolo seria apta a entregar um veículo formatado para executar o serviço sem necessidade de se adaptar a carroceria. Esta ofertaria ônibus com capacidade para 74 passageiros, porém para concluir o negócio seria preciso vencer processo de licitação sem data para ser iniciado.

Criado em 2004, o City Tour é operado pelo Campo Grande Convention & Visitors Bureau. O serviço chegou a ser descontinuado, durante a gestão do ex-prefeito Alcides Bernal (PP), por necessidade de reforma do veículo atual e foi retomado em agosto de 2013. Atualmente, o valor do passeio é de R$ 33 e as reservas podem ser realizadas pelo telefone (67) 3321-0800.

SUPLEMENTAÇÃO

No pacote de suplementação em análise pelos vereadores também estão incluídas mudanças contábeis de R$ 49.875 milhões para despesas com desapropriações, serviços gráficos, fornecimento de refeições, limpeza, coleta e destinação de resíduos sólidos, manutenção de serviços de iluminação e locação de máquinas.

Fundos municipais de saúde e investimento social terão reforço de R$ 313 mil e R$ 921 mil para atender a repasses a instituições beneficiadas por emendas dos vereadores. Outros R$ 1.520 milhão será destinado a manutenção da Secretaria de Governo e Relações Institucionais (Segov), bem como seus gastos com publicidade e comemorações previstas no calendário de festividades do município.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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