Começa na tarde desta quarta-feira (2) a nova etapa de depoimentos de investigados na Operação Lama Asfáltiva e Coffee Break. A partir das 13 horas, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) vai ouvir dois vereadores e um deputado estadual, os nomes não foram divulgados.
Segundo o promotor que comanda a apuração, Marcos Alex Vera, os depoimentos seguem até o fim da semana e recomeçam na próxima na próxima semana, na quarta-feira. Segundo o promotor, além dos 9 vereadores já ouvidos, novas pessoas foram intimadas.
“É mais uma etapa e os depoimentos complementam as provas conduzidas”, disse o promotor.
OPERAÇÃO
De acordo com a Polícia Federal, as investigações da Lama Asfáltica começaram em 2013 e apontaram existência de esquema de superfaturamento de obras “mediante prática de corrupção de servidores públicos e fraudes a licitações, ocasionando desvios de recursos públicos”.
Isso acontecia porque, segundo as investigações, os editais de licitações eram direcionados para que determinadas empresas ganhassem. Ao todo, são três obras investigadas na operação: Aterro sanitário de Campo Grande – vencido pela Solurb e a pavimentação da rodovia MS-430 (inaugurada ano passado, ela liga Rio Negro a São Gabriel do Oeste) e Avenida Lúdio Coelho, na Capital.
Ainda conforme a investigação, foram identificadas “vultuosas doações” de campanhas à candidatura de um dos principais envolvidos. Segundo apurou a reportagem, trata-se do ex-diretor da Agência Estadual de Gestão e Empreendimentos (Agesul), Edson Giroto.
A sede da Secretaria de Infraestrutura do Governo (Seinfra) também foi alvo dos mandados de busca. Além das buscas, a PF também cumpriu quatro ordens de afastamento de servidores estaduais. As fraudes em licitações causaram rombo de R$ 11 milhões nos cofres públicos.
No último dia 25, uma nova fase da operação foi iniciada. Dessa vez, a Coffee Break ouviu vereadores e empresários envolvidos no esquema de cassação do prefeito Alcides Bernal, em março de 2014.