O contrato com empresa para realizar obra de requalificação da Rua 14 de Julho, no Centro de Campo Grande, dentro do projeto Reviva Centro, está previsto para ser assinado no prazo de um mês. A data foi divulgada durante entrega de propostas das empresas em processo licitatório que tramita na prefeitura da Capital. O procedimento aconteceu na tarde desta quarta-feira (28), na Coordenadoria Especial da Central de Projetos da Secretaria Municipal de Governo e Relações Institucionais (Segov).
O valor das obras estão estimados em mais de R$ 49 milhões. Três empresas entregaram propostas para concorrerem à licitação, mas uma delas foi desabilitada porque entregou documentação errada. Ao invés de prever execução das intervenções, a Grillo Ervenex apresentou proposta de projeto de estudo.
Foram habilitadas, na questão de apresentação de documentos, a Engepar Engenharia e o consórcio formado por Eletro Fase Construções e Egenharia Elétrica e NXS Engenharia. O preço da Engepar foi de R$ 49.238.507,65, enquanto o consórcio ofertou valor de R$ 49.319.096,83.
A próxima etapa do certame é a análise técnica das propostas por comissão especial da Prefeitura de Campo Grande. Essa avaliação vai habilitar ou não as concorrentes. Depois disso, esses critérios analisados são enviados para o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que vai custear parte das obras.
Os serviços vão contemplar trecho da Rua 14 de Julho, compreendido entre as Avenidas Fernando Corrêa da Costa e Mato Grosso. A realização do projeto deve levar 20 meses. Esta etapa vai consumir US$ 14,5 milhões (R$ 58 milhões) dos US$ 56 milhões (R$ 180,3 milhões, na cotação atual) emprestados pelo BID para a execução do Programa de Desenvolvimento Integrado do Município de Campo Grande – Viva Campo Grande II. A contrapartida da prefeitura também será de US$ 56 milhões.
OBRAS PREVISTAS
A empresa que for habilitada para assinar o contrato milionário terá de entregar na Rua 14 de Julho novas redes de energia elétrica e telecomunicações subterrâneas; execução das redes de drenagem; redes de distribuição de água e esgotamento sanitário; pavimentação nas pistas de rolamento; ampliação, padronização e calçamento dos passeios públicos; acessibilidade; sinalização viária; iluminação pública; mobiliário urbano; e paisagismo.
No detalhamento dessas obras, a calçada será ampliada e em alguns pontos terá 6,5 metros de largura (hoje tem 3 metros). Com o estacionamento proibido neste trecho da rua, ao invés de três, serão duas faixas para o tráfego de veículo e o asfalto será substituído por pisos intertravados (o mesmo a ser usado nas calçadas). Com o meio-fio rebaixado, a pista será praticamente no mesmo nível da calçada.
No meio das quadras terão travessias elevadas com o objetivo de dar maior segurança aos pedestres. A intenção dos bicicletários é de oferecer estacionamento seguro para os ciclistas que circulam pela ciclovia da Afonso Pena ou da Orla Morena deixarem suas bicicletas antes de passear ou fazer compras no centro.
Todo o projeto Reviva Centro deve ser implementado no prazo de cinco anos. A proposta deu início em 2013.
FIM DE VAGAS
Apesar de a proposta ser apresentada pela prefeitura como uma renovação no Centro de Campo Grande, o fim de 130 vagas de estacionamento preocupa principalmente comerciantes. A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-CG) e a Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) chegaram a pedir alteração no projeto, o que não foi aceito.
A reclamação é que o fim do estacionamento na rua pode espantar os consumidores. Com as alterações, quem for para a região talvez precisará pagar mais caro para parar, em estacionamentos privados, ou precisará deixar o carro mais distante de lojas que ficam na Rua 14 de Julho.
*Colaboraram Jones Mário e Izabela Jornada.