O hotel onde o professor Jonas Lobato Vermieiro, de 27 anos, morreu afogado na última segunda-feira (7) é contratado com frequência pelo Governo do Estado para abrigar eventos e congressos da Secretaria de Educação. A direção do estabelecimento disse ao Portal Correio do Estado que já questionou notificação feita pelo Corpo de Bombeiros, mas que mesmo assim irá aumentar o controle dos equipamentos aquáticos.
No fim da tarde de segunda-feira, duas jovens que participavam do treinamento teriam chamado Jonas para dar uma volta de caiaque no lago. As recepcionistas do hotel teriam informado às mulheres que não estava autorizado usar o espaço, no entanto, os três teriam desobedecido a recomendação e utilizaram dois caiaques que estavam próximo do lago.
“Esses caiaques estavam lá porque outras duas pessoas pediram para tirar foto e eles não foram retirados. Vamos apurar por qual motivo os funcionários não retiraram os equipamentos depois disso” afirma o organizador do evento, Germano Ramos. A condição dos caiaques também será apurada pelo hotel.
EVENTOS
Para receber o último evento que terminou em tragédia, o estabelecimento recebeu R$ 58 mil da SED. Germano conta que o contrato dos espaços alugados para o último evento não contemplava, assim como na maioria das vezes, uso do lago.
Em razão disso, conforme Germano, não havia salva-vidas no hotel. “Foi alugado do espaço, as salas de aula, espaço de hospedagem e alimentações. O lago não entra. Objetivo não é lazer, é corporativo. O hotel não é um clube, nossa atividade é corporativa”.
A licença de funcionamento emitida pelo Corpo de Bombeiros para o hotel era provisória, tinha validade até dezembro e nela, segundo o organizador, constava que salva-vidas não estariam no espaço quando o lago não fosse utilizado.
A notificação feita pela corporação à direção do hotel teve como motivo a falta de normas de segurança e técnicas de prevenção contra acidentes aquáticos. Germano afirma que já houve questionamento aos Bombeiros em razão de não haver autorização do hotel para que hóspedes daquele evento usassem o lago.
“Nós funcionamos por contrato e por isso cada evento tem definido o que será usado. Estamos chocados com o que aconteceu, vamos aumentar nosso controle dos equipamentos, mas vamos questionar a notificação dos Bombeiros”, completou o organizador.


