Dyonathan Celestrino, conhecido como “maníaco da cruz”, feriu com cabo de vassoura um agente penitenciário do Instituto Penal de Campo Grande. A agressão ocorreu durante surto psiquiátrico, neste domingo (20), depois de três semanas apresentando sinais de agressividade e fala desconexa.
Conforme boletim de ocorrência, o rapaz de 23 anos condenado por três homicídios durante a adolescência, jogou a marmita do almoço, cuspiu nos agentes e lançou um cabo de vassoura quebrado como lança. Um servidor, de 36 anos, ficou ferido no braço.
O Portal Correio do Estado procurou a assessoria de imprensa da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), porém não obteve êxito em confirmar o estado de saúde do agente e do detento.
HISTÓRICO
Em 2008, Dyonathan foi apreendido depois de matar três pessoas em Rio Brilhante, a 158 quilômetros de Campo Grande. As vítimas, o pedreiro Catalino Gardena, a frentista Leticia Neves de Oliveira e a jovem Gleice Kelly da Silva, foram assassinadas depois de responder uma série de perguntas e serem consideradas impuras. Os corpos eram colocados com os braços abertos em cemitérios, o que gerou ao rapaz a alcunha de “maníaco da cruz”.
Na época, com 16 anos, o rapaz foi encaminhado para a Unidade Educacional de Internação (Unei) de Ponta Porã. Ele chegou a fugir por pouco mais de um mês, até ser recapturado pela polícia paraguaia no município de Horqueta. Sua transferência para a Capital ocorreu em seguida, tendo sido isolado em ala psiquiátrica da Santa Casa em maio de 2013.
Com laudos que apontavam sua incapacidade de convívio social, o Ministério Público de Ponta Porã solicitou a internação compulsória de Dyonathan que, em julho de 2013, foi internado em ala psiquiátrica do Presídio de Segurança Máxima e, posteriormente, no Instituto Penal onde permanece em cela isolada.