Leitos vazios e parados, cinco mil pessoas à espera de cirurgia eletiva e falta de serviços que fazem parte do Sistema Único de Saúde (SUS) são os principais problemas enfrentados pelos pacientes que buscam atendimento de média complexidade nos hospitais de Campo Grande.
Levantamento da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) aponta subutilização da estrutura de quatro das cinco unidades hospitalares da Capital, que mês a mês deixam de cumprir metas previstas pelo Ministério da Saúde.
A Sesau confirmou que, dos cinco hospitais que mantêm convênios vigentes com a Capital, quatro não cumprem as metas previstas.
Com índice mínimo em 91% para que as metas sejam alcançadas, Santa Casa, Hospital Regional, Hospital Universitário e Maternidade Cândido Mariano estão abaixo do ideal “há meses”, segundo o titular da Sesau, Marcelo Vilela.
Ele confirma que todos os hospitais, com exceção do Hospital São Julião, têm dificuldades para atingir a meta contratualizada.
“Eles (hospitais) não estão alcançando as metas pactuadas. Os problemas são em cadeia. Quando é hospital público (HR e HU), há a dificuldade em fazer o servidor ter eficiência. Já na Santa Casa são vários problemas, mas o maior é o RH (mão de obra), que é muito grande. É muito alto para o negócio deles, tem de enxugar”, disse, referindo-se à quantidade de funcionários e o montante da folha de pagamento.
Conforme apurado pelo Correio do Estado, são mais de dois mil funcionários e, somente com salário, o hospital compromete aproximadamente R$ 7 milhões dos R$ 20 milhões recebidos todos os meses pelo SUS.
*Leia reportagem, de Natalia Yahn, na edição de hoje do jornal Correio do Estado.