Há exatos cinco anos, a CCR MS Via assinava o contrato de duplicação da BR-163, rodovia que corta Mato Grosso do Sul. O cronograma do término das obras encerra esse ano, e até agora, segundo balanço da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), a empresa duplicou apesas 150 quilômetros, dos 845,4 km.
No fim de 2015, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou financiamento de longo prazo de R$ 2,3 bilhões para a concessionária. A empresa paralisou as obras ainda em 2017, pedindo para ANTT revisão do contrato, ameaçando deixar a duplicação.
Para poder cobrar o pedágio, no primeiro ano, ainda em 2015, a empresa duplicou 86,385 km. Em 2016, fez 13,505 km de obras. No ano seguinte, duplicou 38,894 km de rodovia e no ano passado, apenas 11,658 km de obras ao longo da rodovia, segundo a ANTT.
O projeto de duplicação da BR-163 tinha cronograma total de cinco anos de obras, divididos em várias etapas. O entrave não parece ter um fim próximo. A concessão da via para a CCR era de 30 anos.
De acordo com o presidente da Câmara de Vereadores de Campo Grande, João Rocha (PSDB), no ano passado, ele fez intervenção muito forte com referência a essa situação. “São cinco anos hoje, não houve alteração nesse quadro. Estamos buscando outra estratégia. Estou buscando audiência junto com a diretoria da empresa para que pessoalmente nós possamos estar discutindo e saber o que está acontecendo, se podemos ajudar”, declarou.
O presidente do Legislativo, pretende dar oportunidade para a empresa. “Vou tentar ir lá, falar com os diretores para saber o que está acontecendo, pois só litigiar, não vai resolver o problema. Precisamos fazer com que a obra ande, fazer com que os cidadãos por onde passa essa br sejam beneficiados, isso é um sonho de muitos anos que se está mexendo com vidas, além de qualidade de transporte na preservação e manutenção de veículos, também estamos pensando nas pessoas”.
Ainda conforme Rocha, a Câmara está buscando esse encontro com os diretores, para que o meio políticos, como a Câmara, Assembleia Legislativa, a bancada federal, possa unir esforços para que a obra aconteça.
“Ainda não tem previsão da reunião, dependo da concessão dessa audiência, junto aos diretores. Eu penso que é de bom tamanho, questão de diplomacia nos receber, é obrigação por parte deles”.