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Defesa de universitário alega fatalidade
em acidente que matou bacharel

João Pedro da Silva Miranda Jorge foi solto após pagar fiança de R$ 50 mil

LUANA RODRIGUES

06/11/2017 - 14h28
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O advogado Benedito Figueiredo voltou a afirmar hoje pela manhã que seu cliente, o estudante de Medicina João Pedro da Silva Miranda Jorge, 23 anos, que conduzia a caminhonete que matou a bacharel em Direito Carolina Albuquerque Machado, 24 anos, não estava embriagado no momento da batida e atravessou o cruzamento no sinal verde.

João Pedro está solto desde às 13h40 de hoje, quando deixou o Patronato Penitenciário de Campo Grande, onde esteve para a instalação da tornozeleira eletrônica.  Para ganhar a liberdade, o estudante pagou fiança de pouco mais de R$ 50 mil. 

Em entrevista à imprensa logo após conseguir a liberdade provisória de João Pedro, o advogado classificou o acidente como uma "fatalidade" e disse que não poderia dar detalhes sobre a dinâmica do acidente, pois o processo está em segredo de Justiça.

"João Pedro e a família dele estão todos consternados com a situação. Não quero me manifestar a cerca dos fatos, nem quanto a dinâmica e o pós-acidente, o que eu posso dizer é que o João não estava embriagado, havia o sinal verde para ele, ele passou o sinal verde e abalroou o outro veículo. Foi um acidente, foi uma fatalidade, com relação a velocidade, com relação a dinâmica, com relação a perspectiva de como se deu o fato, isto vai ser traçado num momento oportuno, na questão pericial, com relação a outras circunstâncias, eu vou me abster em respeito ao segredo de Justiça", disse.

Ontem, Figueiredo já havia defendido a sobrieade do cliente em entrevista ao Portal Correio do Estado. Ele disse também que esteve na 3ª delegacia da Polícia Civil representando o cliente ainda no dia 2 de novembro.

Na ocasião, colocou João Pedro à disposição da Justiça. “Tenho isso documentado. Portanto, em nenhum momento ele pretendia se eximir da responsabilidade. E assim que a defesa tomou conhecimento do mandado de prisão apresentou o cliente espontaneamente na Depac [Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário] Centro”, declarou o advogado.

Carolina tinha 24 anos e morreu no local, filho dela, de 3 anos, sobreviveu. Foto: Reprodução

LIBERDADE

Em seu pedido de liberdade, João Pedro justificou que não tem antecedentes criminais, tem residência fixa, é estudante de Medicina e se apresentou perante às autoridades policiais.

Ministério Público Estadual (MPE) se manifestou a favor a manutenção da prisão preventiva como garantia da ordem pública, conveniência da instrução crimininal e para assegurar aplicação da lei penal, uma vez que existem provas suficientes para indicar autoria. Apesar da argumentação do MPE, a juíza Eucelia Miranda Cassal entendeu não ser necessária a prisão cautelar.

“Os fatos que ensejam a prisão preventiva mostram-se de extrema gravidade, como mencionado na decisão de segregação, contudo a prisão cautelar é medida excepcional e somente deve ser mantida em tal hipótese”, justificou a magistrada em trecho da sua decisão.

Ao revogar a prisão do acadêmico, a juíza Eucelia determinou outras medidas que devem ser cumpridas pelo estudante, tais como comparecer em juízo mensalmente para assinar termo de compromisso; não se ausentar da comarca e entregar seu passaporte num prazo de 48h, a contar da sua liberdade; deve se recolher em casa à noite e nos dias de folga; pagar fiança no valor de R$ 50.598; usar tornozeleira eletrônica para monitorar o cumprimento da decisão de não se ausentar da comarca e se recolher durante o período noturno. João Pedro também teve sua habilitação para dirigir suspensa por seis meses.

O estudante é investigado pela prática dos crimes de homicídio culposo na direção de veículo automotor, lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, omissão de socorro à vítima, fugir do local e dirigir embriagado.

 

Cidades

Cobertura vacinal contra a pólio no Brasil melhora, diz Unicef

Número de crianças não vacinadas caiu no ano passado

23/04/2024 15h00

Reprodução: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Em 2022, das 2.922 crianças nascidas vivas no Brasil, 243.008 estavam sem a primeira dose da vacina que protege contra a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil. No ano passado, de 2.423.597 crianças nascidas vivas, 152.521 crianças estavam sem a dose – uma redução de mais de 90 mil no total de crianças sem a imunização. Os dados foram apresentados nesta terça-feira (23) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em Brasília.

A chefe de Saúde do Unicef Brasil, Luciana Phebo, lembrou que o país vivencia quedas nas coberturas vacinais dos principais imunizantes do calendário infantil desde 2015 e que o cenário se agravou em meio à pandemia de covid-19. “Após anos de piora, o Brasil começou a retomar a vacinação”, disse, durante coletiva de imprensa. “Mais de 90 mil crianças. Essa é a diferença. Uma diferença expressiva”, completou.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, avaliou que o Brasil registra “uma virada” no cenário de coberturas vacinais. “Estamos vivendo uma virada. Uma virada na direção de alcançarmos coberturas vacinais necessárias para a proteção de nossas crianças, de nossa sociedade, de nossos adolescentes”, disse, ao citar especificamente a vacinação contra o HPV que, este ano, passou a ser feita em dose única para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos.

Nísia destacou que 13 das 16 principais doses infantis que constam no Programa Nacional de Imunizações (PNI) apresentaram melhoras na cobertura vacinal em 2023 quando comparadas ao ano anterior. Entre os imunizantes citados pela ministra estão: pólio, pentavalente, rotavírus, hepatite A, febre amarela, meningocócica C (1ª dose e reforço), pneumocócica 10 (1ª dose e reforço), tríplice viral (1ª e 2ª doses) e reforço da tríplice bacteriana.

“Foi uma virada com muita luta. Devemos sim celebrar, mas também apontar os caminhos que temos pela frente”, avaliou Nísia. “Esse aumento geral da cobertura coloca muito bem esse avanço que, como eu disse, celebramos, mas com a consciência de que temos muito a avançar”, completou.

Américas

Em meio à Semana Mundial de Imunização e à Semana de Vacinação nas Américas, celebradas de 24 a 30 de abril, a representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no Brasil, Socorro Gross, destacou a importância do esquema vacinal contra a pólio. “A criança não ter esse direito é algo muito significativo”, disse. No Brasil, a partir deste ano, a vacina oral contra a pólio está sendo gradativamente substituída pela versão inativada e injetável do imunizante.

A forma injetável é aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida, conforme o Calendário Nacional de Vacinação. Após o período de transição, que começou no primeiro semestre de 2024, crianças que completarem as três primeiras doses da vacina irão tomar apenas um reforço com a injetável aos 15 meses.

A dose de reforço, até então administrada aos 4 anos, não será mais necessária. A atualização considerou critérios epidemiológicos, evidências relacionadas à vacina e recomendações internacionais sobre o tema. 

Para Socorro, três intervenções em saúde pública são consideradas essenciais pela Opas para garantir qualidade de vida a todas as crianças: acesso à água potável, aleitamento materno e vacinação. “A região das Américas sofreu muito ao longo dos últimos anos. Perdemos muito nas coberturas de vacinação.”

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MATO GROSSO DO SUL

PF encontra material pornográfico infantil em casa de Corumbá

Mandado de busca e apreensão foi cumprido na manhã desta sexta-feira (23) pois morador armazenava vídeos e imagens sexuais envolvendo crianças e adolescentes

23/04/2024 12h37

Foi encontrado um armazenamento de "vídeos e imagens pornográficas e sexuais envolvendo crianças e adolescentes" Reprodução/PFMS

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Através da Polícia Federal, agentes foram a campo em Corumbá, na manhã desta terça-feira (23), em operação de combate ao abuso sexual infantil, batizada de "Nicolau I". 

Além de inspirar o mito do Papai Noel, São Nicolau ficou mundialmente conhecido por sua partilha de bens, com sua herança doada voluntariamente aos pobres, mas também por ser considerado o protetor dos jovens e crianças. 

Segundo a Polícia Federal, as ações na Cidade Branca aconteceram para o cumprimento de um mandado de busca domiciliar. 

Ainda, a PF informa que o mandado expedido pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Corumbá visava a apreensão de diversas mídias digitais que, agora, serão encaminhadas para a perícia da Polícia Federal.

Com o morador residente na conhecida "Cidade Branca", foi encontrado um armazenamento de "vídeos e imagens pornográficas e sexuais envolvendo crianças e adolescentes", expõe a PF em nota. 

As investigações apontaram para o armazenamento e, diante da prática criminosa descrita no artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). 

Como esclarece o ECA, é considerado crime: adquirir, possuir ou armazenar material que contenha qualquer forma de registro de sexo ou pornografia envolvendo crianças ou adolescentes. 

Coibindo o crime

Só por parte da Polícia Federal, até o momento, em 2024, outras duas operações, para além da "Nicolau I" buscaram combater o crime de abuso sexual infantil. 

As fases "V e VII" da Operação Rede Limpa agiram tanto em Campo Grande quanto em Costa Rica, nos dias 15 de janeiro e 17 de abril, respectivamente, com os mesmos objetivos de cumprimento de busca e apreensão. 

Em Costa Rica, o casal em questão, além de armazenar os conteúdos criminosos, foram presos pela suspeita de divulgarem as imagens e vídeos dos abusos pela internet.

Conforme o texto da lei, o ECA estipula que incorrendo no crime, as penas máximas previstas podem chegar até quatro anos de reclusão.

Importante apontar para o trabalho policial de combate ao abuso sexual infantil, justamente pelo fato de que essas operações, ainda que em sequência de investigações, podem resultar em prisões, mesmo com mandados de apenas busca e apreensões. 

Vale citar, por exemplo, o caso registrado no início de novembro do ano passado, quando em cumprimento de mandado inicial de busca e apreensão, o suspeito - que na ocasião vivia em Campo Grande - foi preso durante a terceira fase da Operação Cyber Argos da PF. 
**(Colaboraram João Gabriel Vilalba e Glaucea Vaccari)

 

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