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REIVINDICAÇÕES

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Alunos de Medicina da UEMS fazem protesto em frente a governadoria

Eles estão sem aula há pouco mais de um mês

MARESSA MENDONÇA E RENAN NUCCI

25/05/2018 - 09h16
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Estudantes do curso de Medicina da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) foram até a Governadoria, na manhã desta sexta-feira (25), para protestar contra a falta de estrutura do curso. Eles, que estão sem aulas há pouco mais de um mês, reclamam que não há professores nem livros suficientes.

André Meyer Duchatsch, está no 3º ano de Medicina na instituição, e integra uma comissão que trata dos problemas enfrentados pelos estudantes. Ele disse que a intenção do protesto é tentar um diálogo com algum representante do governo, mas até o momento nada foi agendado.

Meyer explicou que, quando o curso foi inaugurado, em 2015, as condições para estudo eram mínimas. À época, não tinha campus e os acadêmicos tinham de usar o prédio da Estácio de Sá. Pouco tempo depois, o prédio da UEMS foi inaugurado, mas ainda sem estrutura necessária para o curso.

Segundo eles, não havia laboratórios de anatomia, histologia e análises clínicas. Por conta disso, foi feito um convênio para utilização de laboratórios particulares.

Em relação aos docentes, os estudantes contam que, o efetivo é escasso desde 2016. Na ocasião, os alunos fizeram mobilizações em busca da mudança deste cenário e conseguiram a promessa do governo da abertura de um concurso para contratação de 13 professores e inauguração um laboratório.

“Só que nada disso foi cumprido. Todas as as licitações que foram abertas foram fechadas logo em seguida”, disse.

Meyer declarou ainda que, a situação é crítica a ponto de não ter materiais básicos para aula como simuladores, peças anatômicas e lâminas. Além disso, outro problema apontado por ele é a falta de livros específicos disponíveis na biblioteca. Tanto quando se trata de quantidade quanto de variedade de títulos.

Vitória Oshiro Orro, que está no 4º ano, também reclama da falta de obras disponíveis. “Hoje não tem livro de ortopedia,cardiologia e nem neurologia”, lamentou. Segundo ela, a solução encontrada pelos estudantes é comprar livros no formato digital e compartilhar em um drive virtual acessível a todos. Ela reclama também da carência de professores especialistas nessas áreas. “Cheguei no 4º ano, o curso exige essas especialidades, mas não há professor”, finalizou.  

Em decorrência de todos esses problemas, os alunos estão sem aulas há pouco mais de um mês.

RESPOSTA UEMS

A administração da UEMS enviou nota, por meio da assessoria de imprensa, em resposta ao protesto dos estudantes. Confira na íntegra:

A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) informa que tem usado de todos os seus expedientes administrativos para possibilitar o adequado funcionamento dos seus cursos de graduação.

A Universidade esclarece que diversos cursos possuem demanda para concurso público. Para suprir o déficit de professores existente, a Universidade lançará, até o dia 25 de junho, em caráter emergencial, um edital com 50 vagas para professores de várias áreas para diversas Unidades Universitárias.

Os certames para os cursos de Pedagogia e Medicina, da Unidade de Campo Grande, foram adiantados por motivos externos à Universidade.

Em relação ao curso de Pedagogia, o concurso para a contratação de docentes foi aberto em março de 2018 para para que cumprisse solicitações do Ministério da Educação (MEC), referentes à abertura de um programa de Doutorado na Unidade de Campo Grande.

Em relação ao curso de Medicina, a UEMS esclarece que, por decisão do colegiado de professores do curso, apoiado pelo corpo discente, decidiu-se pela suspensão temporária das aulas.

Tal como ocorre em outros cursos, assim que foi constatada a necessidade de professores no curso de Medicina, a Universidade abriu processo seletivo para contratação temporária de docentes. Não só um, mas quatro processos seletivos. Estas seleções ajudaram a melhorar o quantitativo de docentes, mas não contaram com candidatos em número suficiente para sanar todas as demandas do curso.

Diante da impossibilidade de contratar os docentes via seleção de temporários, a Universidade decidiu, então, por antecipar a realização de um concurso para contratação de professores efetivos (a elaboração deste concurso já estava em andamento, mas com previsão de posse aos novos docentes no início de 2019). Neste momento o concurso, que conta com 10 vagas, encontra-se em fase de inscrições e os docentes aprovados iniciarão suas atividades já no início do segundo semestre de 2018. As inscrições podem ser feitas até o dia 30 de maio.

Além do concurso, a Universidade intensificou a articulação com Secretaria de Estado de Saúde (SES) e Prefeitura Municipal de Campo Grande, a fim de conseguir a cedência de médicos capazes de atuar como docentes no curso. Através dessas parcerias interinstitucionais, já chegaram à Universidade três professores médicos e há possibilidade de aumentar o número de cedidos nas próximas semanas.

No que tange aos equipamentos reivindicados pelo curso, a Universidade informa que está em negociação com Secretaria de Estado de Saúde que ofereceu suporte à aquisição dos itens necessários às atividades acadêmicas.

Na última quarta-feira (23) foi realizada uma reunião com a SES, momento em que foi afirmado o compromisso do Governo do Estado com a Universidade, no sentido de se alcançar soluções imediatas aos problemas levantados.

 

Fronteira

Azul anuncia voos diretos para Assunção, no Paraguai, a partir de dezembro

Atualmente, a capital paraguaia tem entre dois e três voos diários para o Brasil, todos eles operados pela Gol e pela Latam

15/04/2024 21h00

Alto volume da dívida da Azul com os arrendadores de aviões decorre de uma negociação feita no início da pandemia Arquivo/ Correio do Estado

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A Azul Linhas Aéreas anunciou, na tarde desta segunda-feira (15), que começara a operar voos para Assunção, no Paraguai, a partir de quatro cidades brasileiras: Campinas (Viracopos), Curitiba, Florianópolis e Recife.

O início da operação está marcado para dezembro, com aeronaves Embraer E-2, com capacidade para 136 passageiros, ou Airbus A320, para 174 passageiros.

Atualmente, a capital paraguaia tem entre dois e três voos diários para o Brasil, todos eles operados pela Gol e pela Latam a partir no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

A Azul ainda não divulgou os horários e a frequência dos voos. A companhia informou, apenas, que os voos que partem de Viracopos e Curitiba serão regulares, enquanto os de Florianópolis e Recife serão sazonais -operados apenas durante a alta temporada de verão.

"Esta nova rota surgiu a partir de uma provocação da Embratur, que nos cantou a bola de que a conexão com o país poderia ser melhor estudada e desenvolvida", disse Vitor Silva, gerente de planejamento e estratégia da Azul, durante o anúncio da nova rota, em um evento de turismo em São Paulo.

Também presente no anúncio, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, ressaltou que a importância do Paraguai também como origem de turistas. Segundo ele, em 2023 houve um aumento de 19% no fluxo de paraguaios para o Brasil, que se tornou o quarto maior emissor de turistas para o Brasil. "Esse fluxo, entretanto, acontece principalmente por via terreste", disse.

Assunção será o oitavo destino internacional na malha da Azul, que também voa para Orlando e Miami, nos EUA; Punta del Este e Montevideo, no Uruguai; Paris, na França; Lisboa, em Portugal e Curaçao, no Caribe. A companhia ainda não divulgou

PETROBRAS

Tribunal derruba liminar que suspendeu conselheiro da Petrobras

O mérito da ação será analisado ainda pela Quarta Turma -órgão de segunda instância- do tribunal

15/04/2024 20h00

A AGU (Advocacia-Geral da União) já recorreu também da decisão que afastou Mendes da Petrobras.. Divulgação

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O juiz federal do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) Marcelo Saraiva derrubou nesta segunda-feira (15) uma liminar -decisão provisória- que suspendia o mandato do ex-ministro Sergio Machado Rezende no conselho de administração da Petrobras.

O presidente do colegiado, Pietro Mendes, continua suspenso. Rezende fora afastado do conselho na semana passada, em liminar de primeira instância concedida a pedido do deputado estadual de São Paulo Leonardo Siqueira (Novo), sob o argumento de que sua nomeação fere o estatuto da estatal.

O mérito da ação será analisado ainda pela Quarta Turma -órgão de segunda instância- do tribunal, com sede em São Paulo.

Siqueira é também o autor da liminar que suspendeu o mandato de Mendes, por suposto conflito de interesses entre seu papel no conselho da estatal e sua atividade como secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME (Ministério de Minas e Energia).

A AGU (Advocacia-Geral da União) já recorreu também da decisão que afastou Mendes.

Petrobras e governo esperam que a suspensão do mandato também seja revertida neste caso.
A indicação de Rezende é questionada pelo descumprimento de quarentena exigida para a nomeação e ex-dirigentes sindicais ao conselho das estatais.

A Petrobras argumenta que uma liminar do ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski eliminou essa restrição.

A estatal chegou a alterar seu estatuto usando como justificativa a liminar, em uma decisão que gerou críticas de investidores privados e especialistas em governança.

Na época, a empresa defendeu que seguirá a lei, caso a liminar de Lewandowski seja derrubada.

"Nesse momento processual, entendo que não houve descumprimento do Estatuto Social da Petrobras no tocante ao requisito da quarentena, isso porque, no momento da posse prevalecia o entendimento da Suprema Corte", escreveu Saraiva.

Assim, diz ele, a manutenção do afastamento do mandato gera "perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo" e pode acarretar "vultoso impacto financeiro" na vida de Rezende, que também teve o salário de conselheiro suspenso.

Ex-dirigente do PSB, Rezende foi ministro da Educação e de Ciência e Tecnologia nos primeiros mandatos do presidente Lula. Foi excluído da lista do governo para a renovação do conselho na próxima assembleia, dando lugar ao secretário-executivo-adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux.

Mendes, por sua vez, deve ser reconduzido como presidente do conselho, segundo a lista apresentada pelo governo à estatal.

Aliado próximo do ministro Alexandre Silveira, ele chegou ao MME ainda no governo Bolsonaro -primeiro, como diretor do Departamento de Biocombustíveis, em 2020.

Foi promovido a secretário-adjunto em 2022 e levado ao colegiado que define a estratégia da estatal pelas mãos de Silveira em 2023. Tem tido embates com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que passou as últimas semanas sob fritura.

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