Cidades

TRÊS PRESOS

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Bueno foi morto com golpes de martelo e tábua de carne por homem enciumado

Crime foi planejado após empresário passar a enviar mensagem a mulher

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Assassinato do ex-vereador e empresário José Alceu Padilha Bueno foi motivado por ciúmes. Ele foi morto com golpes de martelo e tábua de carne na cabeça e foi estrangulado com a alça de uma bolsa. Katia de Almeida Rocha, 24 anos, o namorado na época Elpídio César Macena do Amaral, 26, e Josian Edson Cuando Macena foram presos e confessaram o crime.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Edilson dos Santos Silva, da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras), Elpídio se incomodou porque Bueno estaria enviando mensagens para Kátia, o que iniciou os planos do assassinato.

Segundo o delegado, Bueno conheceu a suspeita em um grupo de WhatsApp, se interessou e passou a mandar mensagens para ela. Mulher, que estava separada do marido há seis meses e namorava Elpídio, avisou o rapaz sobre a situação.

Elpídio e o sobrinho Josian planejaram dar uma reprimenda em Bueno, no entanto, mulher avisou que ele poderia ter dinheiro e trio decidiu roubar a vítima e depois matá-lo.

Mulher passou a responder o ex-vereador e o atraiu para sua casa, na Rua Frederico Abranches, no Jardim Seminário. No primeiro dia, Bueno se recusou a entrar e os dois saíram para comer em uma lanchonete. Percebendo que ele tinha dois bolos de dinheiro na carteira, ela avisou os comparsas e marcou novo encontro com a vítima.

No segundo dia, os dois foram novamente comer e na volta, Bueno concordou em entrar na casa. Kátia o levou direto para o quarto e saiu dizendo que iria fechar a porta da casa, no entanto, aproveitou o momento para chamar Elpídio e Josian, que estavam escondidos em outro cômodo.

Neste momento, dupla entrou no quarto e Josian golpeou o empresário na cabeça com o martelo, e em seguida, Elpídio deu os golpes com a tábua de carne. Ex-vereador passou a agonizar e foi estrangulado com alça de bolsa.

Depois, trio pegou R$ 600 que estava na carteira da vítima, colocou o corpo do empresário no próprio carro dele, uma Land Rover Freelander, e foi até a Rua Avanhandava, no Jardim Veraneio. Kátia e Elpídio foram no veículo, enquanto Josian acompanhou em uma motocicleta.

No terreno, eles usaram o combustível da moto e atearam fogo no corpo de Bueno, junto com todos os pertences pessoais. 

Kátia e Elpídio tentaram vender o carro no Paraguai, mas não conseguiram e também queimaram o veículo.

Corpo de Bueno foi encontrado na manhã do dia 21 de setembro, completamente queimado. Identificação foi possível a partir de marcas como cicatriz na mão, placa de titânio que ele tinha no braço e chip de celular que era da vítima.  

Os três suspeitos disseram que acreditavam que crime nunca seria esclarecido, por terem queimado todos os objetos e corpo, e dessa forma, pensaram que não seriam presos.

Kátia e Elpídio terminaram o relacionamento e ela voltou para o marido. Nenhum dos três tinha passagem pela polícia.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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