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"Adriano me forçou a reagir em legítima defesa", diz PRF

Ricardo Moon é acusado de matar empresário a tiros

RENATA VOLPE

11/04/2019 - 12h45
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Em depoimento na manhã desta quinta-feira (11), no Tribunal do Júri, em Campo Grande, o policial rodoviário federal, Ricardo Su Moon, de 49 anos, acusado de matar Adriano Correia do Nascimento, disse que a vítima o forçou a agir em legítima defesa. O homicídio aconteceu na madrugada do dia 31 de dezembro de 2016, em uma briga de trânsito da Capital.

Dois anos após o crime, com plenário lotado de colegas policiais, vestidos com camisetas azuis com escritas de “Força Moon” e “Estamos com você”, Moon falou que ofereceu oportunidades para Adriano esperar a Polícia Militar.

O acusado começou seu depoimento explicando como os fatos aconteceram. Ele estava indo para a rodoviária de Campo Grande pela avenida Ernesto Geisel, quando foi fechado pela caminhonete Toyota Hilux conduzida por Adriano, e tinha os passageiros Aguinaldo Espinosa da Silva, na época com 51 anos, e Vinicius Cauã Ortiz, que fez 17 anos no dia do crime.

O policial declarou que quando foi fechado, foi para a faixa da esquerda e voltou para o meio. “Para evitar a colisão, joguei carro na faixa da direita. Passei a Hilux e ele jogou em cima de mim invadindo a faixa da esquerda. Buzinei para ele me ver, chegando na rua 26 de agosto, o semáforo ficou vermelho e parei na faixa da direita, e ele parou atrás de mim, achei estranho, já tinha assustado por causa da fechada. A rua estava deserta e escura e ele parou atrás de mim, não tinha motivo para parar atrás de mim”.

Moon relembrou que foi policial civil em São Paulo e durante seu tempo de atuação na cidade paulista recebeu ameaças do PCC e era PRF na região de fronteira. Por isso, achou que fosse uma ameaça criminosa contra sua vida.

Segundo depoimento dado por Moon, ele desceu do carro com uma lanterna apontando para dentro da caminhonete, viu Adriano e Aguinaldo, mas não viu Vinicius no banco de trás.

Um ponto de divergência apontado pela promotora de justiça, Lívia Carla Guadanhim, é de saber como Moon viu que os dois estavam com os olhos vermelhos e lacrimejando se estava escuro e ele não se aproximou tanto dos dois, conforme depoimento dado anteriormente pelo PRF.

“Sai do carro, coloquei a mão na pistola sem sacar, fui avançando e me identificando como policial e com lanterna iluminando a cabine e não tinha visto Vinicius, quando cheguei mais perto e vi ele. Pedi para Vinicius mostrar as mãos e ele se negou, Aguinaldo começou a gritar, dizendo que eu não era policial”.

Segundo Moon, Adriano estava exaltado com olhos lacrimejantes. “Vi que se tratava de pessoas embriagadas. Perguntei para o Adriano se tinha bebido ele falou que não. Aguinaldo falou que quem tinha bebido era eu. Aguinaldo pediu pra ver minha identificação e falei que ia mostrar depois”.

O policial explicou que na época do crime, não tinha carteira funcional, era apenas uma folha sulfite com termo de posse na carteira. “Para pegar a folha, eu ia ter que largar tudo, correndo risco deles rasgaram o único documento que eu tinha provando que eu era policial”.

Moon disse que eles queriam ir embora, mas estavam bêbados e como policial, ele não poderia deixar um condutor bêbado, que arriscaria a vida de outras pessoas. “Agi pela obrigatoriedade da lei, por não deixar um motorista bêbado ir embora. Não há limite geográfico onde policial não pode agir. Agi em defesa da população campo-grandense”.

O policial se afastou do carro, pegou o celular e ligou para a Polícia Militar,  momento que Aguinaldo e Vinicius, segundo o depoimento dado pelo acusado, desceram da caminhonete. “Aguinaldo deu volta pela frente e Vinicius por trás, nesse momento dei passo para trás e saquei a pistola, vi o perigo e dei voz de comando para manter distância. Eles voltaram para o carro e eu apelei para PM porque eles estavam alterados”.

Moon disse que Adriano quis ir embora, mas o policial falou que, caso eles fugissem, o policial os acharia pela placa. “Eu me posicionei quase em frente a caminhonete e enquanto estava manuseando o celular para abrir a câmera e tirar foto da placa, o Adriano avança a camionete, pega nas minhas pernas ai me debrucei no capô e estava com a arma fora do coldre, peguei a arma”.

Nesse momento, Moon atirou na caminhonete e como Adriano estava com o pé no acelerador, o veículo começou a andar e bateu no poste. Moon disse ter coldreado a arma, ligado novamente para o 190, entrado no seu carro e ido até onde a caminhonete parou. “Eu não sabia que Adriano estava morto. Aguinaldo estava no chão e Vinícius saindo pelo vidro. Como vi que não tinha nada na mão dos dois, eu saí do carro sem sacar a arma, porque vi sangue na perna de Vinicius e falei pra ele deitar pois tinha chamado a ambulância e nisso a PM chegou. Expliquei quem eu era, o que tinha acontecido”.

Moon falou que Adriano estava armado com a caminhonete, pois o veículo pesa quase duas toneladas. “Eu achei que ia ser atropelado. O perigo era o atropelamento, por isso reagi. Durante esse tempo, ofereci plenas oportunidades para eles esperarem (a PM), mas Adriano me forçou a reagir em legítima defesa. Adriano avançou a camionete colidindo comigo na altura do joelho e continuou avançando, pra mim isso é uma arma. Adriano estava armado com uma camionete. Eu fui vítima de tentativa de homicídio, eu reagi como fui treinado”.

Sobre as medalhas de campeão de tiros que recebeu ao longo da vida, Moon disse não ser o “Chuck Norris” do tiro. “Os campeonatos que ganhei são locais. Eu sei manusear arma porque sou habilitado na academia de Polícia Civil. Mesmo sendo campeão de tiro, numa situação dessa, não tem compostura para aplicar a técnica”.

Na época dos fatos, Moon tinha três pistolas semi automática, um rifle, uma carabina de precisão e uma pistola.

A promotora questionou porque ele não atirou nos pneus. “Só consigo apontar para o que eu vejo. A camionete avançou rápido, a gente é treinado em não atirar em pneus porque não para veiculo, não adianta. PRF proíbe atirar em veículo, segundo regulamento. Quando atirei foi para acabar com ameaça. Eu queria parar ação, não ia adiantar atirar em motor nem pneu”, respondeu para a promotora.  

"Vacina no braço"

Casos de Síndrome Aguda Respiratoria Grave aumentam em Campo Grande

Conforme o boletim da InfoGripe divulgado nesta quinta-feira (18) os casos de síndrome gripais aumentaram na Capital; a recomendação é que os grupos prioritários tomem vacina

18/04/2024 18h15

Os indicativos correspondem a semana Epidemiológica (SE-15), entre os dias 7 e 13 de abril, considerando dados dispostos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Campo Grande está entre outras 19 Capitais que apresentaram aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), conforme boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (18), pela Fiocruz. 

 O relatório apontou que aumentou o número de pessoas internadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), de Influenza A (vírus da gripe) e o vírus respiratório (VSR).

"Na presente atualização observa-se que 19 das 27 capitais apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas 6 semanas) até a semana 15: Aracajú (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Manaus (AM), Palmas (TO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA) e São Paulo (SP)", indica o relatório.

Divulgação InfoGripe

A Covid-19 segue em queda e em alguns Estados permanece em níveis baixos de incidência. Os dados apontam que a disseminação da Síndrome Respiratória Aguda Grave, de Influenza A e o vírus respiratório para as próximas semanas em 19 Estados e Mato Grosso do Sul pode apresentar aumento nas próximas semanas. 

Os indicativos correspondem a semana Epidemiológica (SE-15), entre os dias 7 e 13 de abril, considerando dados dispostos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

Segundo o pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, para impedir o crescimento dos casos o público alvo deve procurar a unidade de saúde mais próxima e tomar a vacina contra a influenza. 

“Para o vírus da gripe, a gente conta com vacina e campanha de vacinação em todo o país. Então quem é grupo de risco, deve buscar o posto de saúde para se vacinar. A vacina da gripe, tal qual a vacina da Covid, têm como foco diminuir o risco de agravamento de um resfriado, que pode acabar desencadeando uma internação e até, eventualmente, uma morte. Ou seja, a vacina é simplesmente fundamental. Em relação ao VSR, a rede privada tem uma vacina já disponível para idosos, que também é muito importante, já que embora o risco do VSR seja muito maior nas crianças pequenas, a gente também observa internações nos idosos”, explica Marcelo Gomes.

A recomendação do pesquisador para pessoas que apresentem sintomas gripais usem máscara de qualidade as recomendadas são: N95, KN95, PFF2; no caso de sair de casa para procurar atendimento médico em unidades de saúde. 

Veja outros Estados com tendência de aumento da Síndrome Respiratória Aguda Grave:

  •  Acre;
  • Alagoas;
  • Amazonas;
  • Bahia;
  • Ceará;
  • Distrito Federal;
  • Goiás;
  • Maranhão;
  • Minas Gerais;
  • Pará;
  • Paraíba;
  • Paraná;
  •  Pernambuco;
  • Rio Grande do Norte
  • Rio Grande do Sul;
  • Rio de Janeiro;
  • Santa Catarina;
  • Sergipe;
  • São Paulo;
  • Tocantins;

Nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul a incidência de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em decorrência da Covid-19 apresenta queda. 

No país

Somente em 2024, óbitos ligados a SRAG foram registrados  2.322 óbitos, sendo 1.411 (60,8%)
com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 728 (31,4%) negativos, e ao
menos 78 (3,4%) aguardam resultado.

Casos positivos

  • 12,3% Influenza A;
  •  0,1% Influenza B;
  •  3,1% vírus sincicialrespiratório (VSR);
  •  81,7% SARS-CoV-2 (COVID-19);

 

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Prazos

Mais de 68 mil pessoas poderão concluir o processo de obtenção da CNH até 31 de dezembro em MS

Os processos para retirada da CNH, que foram prorrogados por mais 12 meses, foram interrompidos em 2019

18/04/2024 17h50

Foto: Rachid Waqued

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De acordo com a deliberação nº271/2023, todos os processos de habilitação ativos até dezembro de 2023 tiveram o prazo de conclusão ampliado para 31 de dezembro de 2024.

De acordo com o levantamento do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), mostra que 8,6 mil processos estão parados na etapa de agendamento teórico, enquanto  12,6 mil na etapa de agendamento do exame prático de duas rodas. 

Ainda de acordo com o departamento de trânsito, 14,3 mil veículos estão na fase de agendamento prático de quatro rodas.Os demais são alunos que se encontram na fase de exames de saúde e ainda não chegaram na etapa de aulas.

O aviso do Detran é para as pessoas que ainda tem interesse em dar andamento ao processo procurem os seus respectivos CFC (Centro de Formação de Condutores) e não deixem para fazer isso perto do prazo expirar.

Ainda segundo o órgão, uma notificação eletrônica será encaminhada para os cidadãos que se qualificarem para a prorrogação. O alerta será enviado ao e-mail cadastrado no sistema durante a inscrição. Não haverá necessidade de efetuar novos pagamentos ou emissões de novas guias.

 

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