Técnicos do Hospital Sírio-Libanês, referência nacional em gestão da saúde, estão nesta manhã no Hospital Regional de Campo Grande para início do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS). A custo zero para o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, responsável pela manutenção da unidade, o objetivo é modernizar o atendimento e diminuir o tempo de espera.
O programa é realizado por meio de convênio com o Ministério da Saúde o programa visa recuperar hospitais públicos. Desde o dia 28 de fevereiro o Regional opera em situação de emergência. O custo de funcionamento está na casa dos R$ 25 milhões, dentre os quais R$ 19 milhões são só de folha de pagamento. No ano passado foram realizadas ao todo 65 mil consultas, 27 mil atendimentos no Pronto Atendimento Médico (PAM), 14,5 mil internações, 6,5 mil cirurgias.
Por dia, por exemplo, de 800 a mil pessoas procuram atendimento no PAM. No entanto, nem todas são consultadas no local, pois de acordo com a necessidade, são encaminhadas para outras unidades. O secretário de estado de saúde, Geraldo Rezende, reconheceu a gravidade da situação e lembrou que o Regional funciona desde 1997, mas que nunca teve uma gestão que o “colocasse para funcionar como deveria”.
“Foi um problema dos governos de não terem feito planejamento adequado no passado e agora estamos corrigindo isso”, disse. Por sua vez, o diretor do Regional, o médico Márcio Eduardo de Souza Pereira, que assumiu a gestão neste ano, disse que intenção com o programa é fazer a unidade funcionar. “A lotação é a dificuldade da maioria dos hospitais públicos. O programa vem com foco de evitar desperdícios e melhorar o atendimento aos pacientes”, ressaltou.
SÍRIO-LIBANÊS
Com unidades em São Paulo e Brasília, o Sírio Libanês é uma das instituições de maior credibilidade do País na área de gestão hospitalar, e vai ajudar o governo a discutir o papel do Regional dentro do processo de regionalização da saúde em nosso Estado. Gerente do programa, Ana Carolina Brasil disse que a iniciativa está em 17 estados e em 36 hospitais desde 2017.
Ela afirma que nestas unidades o tempo de espera, do momento de chegada até a consulta, diminuiu em 37%. O tempo de passagem, que é o período que o paciente leva para ter seu “problema resolvido” diminuiu 59%. “O foco também é a qualificação dos profissionais”.