Cidades

INCÊNDIO E PÂNICO

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Bombeiros vão flexibilizar vistorias,
que serão atualizadas pela internet

Adequação de norma técnica que trata do assunto deve ser publicada até fevereiro

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O Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul deve publicar até fevereiro a atualização da Norma Técnica nº 1, que trata, entre outras coisas, sobre o prazo de validade do certificado contra incêndio e pânico nos estabelecimentos comerciais e públicos no Estado. O novo texto, segundo o comandante-geral da corporação, coronel Joilson Alves do Amaral, prevê que apenas a primeira vistoria será feita presencialmente, as demais serão renovadas pela internet, por meio do site da instituição.

“Hoje, todo estabelecimento precisa pedir uma vistoria, aí o bombeiro vai lá, recolhe uma taxa, que compreende um valor maior, porque tem que haver o deslocamento do militar até o local para fazer uma avaliação. Essa vistoria é anual, todo ano paga essa taxa cheia e se faz a vistoria. Nossa intenção é de que apenas na primeira vistoria do estabelecimento novo o bombeiro vá in loco para ver se está tudo de acordo e emita um certificado. Nos próximos certificados, se não houver nenhuma alteração no layout da empresa, no tamanho, mantém-se a mesma coisa do ano anterior, daquela vistoria que o bombeiro fez, ele pode renovar pagando a taxa mínima, que são quatro Uferms [Unidade Fiscal Estadual de Referência de Mato Grosso do Sul]”, explicou o comandante. Neste mês de janeiro, uma Uferms vale R$ 29,32.

Na prática, o mínimo cobrado nas vistorias do Corpo de Bombeiros são as quatro Uferms, por até 100 m² em locais sem extintor de incêndio e com até 12 metros de altura. Mas esse valor pode chegar até a 274 Uferms, que hoje valem R$ 8.033,68, por locais acima de 50.001 m² e maiores que 12 metros de altura.
 
DECLARAÇÃO

“Ele [o empresário] vai declarar que a empresa recarregou os extintores, que a iluminação de emergência está funcionando, que a rota de emergência está desobstruída. Ele vai ter um rol de perguntas no sistema que vai ter que responder e a gente, baseado no que ele declarou, libera a renovação do certificado”, esclareceu Joilson do Amaral. 
De acordo com o coronel, o prazo em si do certificado não foi ampliado porque a corporação entende que pode ser perigoso para a população ficar sem contato com as empresas por até cinco anos, como ocorre em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, nos quais documentos desse tipo têm validade de 2 a 5 anos. 

“A gente entendeu, baseado em estudos estatísticos e na realidade das nossas vistorias, que você ficar 5 anos sem contato com a edificação, isso não garante a segurança do local. Quem garante que nesse período o extintor foi renovado? Que foi feita manutenção na iluminação de emergência? Que em todo o esquema de segurança contra incêndio está feita a manutenção? Quem que garante isso? Então a gente entendeu, nos estudos que fizemos, que é melhor ele declarar ano a ano, porque ele [empresário], ao declarar, está se comprometendo”, avalia.

A mudança será a segunda tentativa do Corpo de Bombeiros para atingir o objetivo da Lei nº 13.874, conhecida como de Lei da Liberdade Econômica, sancionada em setembro de 2019 pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A determinação tem por objetivo reduzir a burocracia para os empresários e incentivar o fomento da economia. 

No ano passado, em outubro, os bombeiros publicaram a Norma Técnica nº 42. Na ocasião, os estabelecimentos de baixo risco, de até 200 m², já haviam sido dispensados de apresentar o certificado de vistoria dos bombeiros. Com a mudança, os estabelecimentos com áreas superiores a essa continuam obrigados, porém, o certificado poderá ser renovado de maneira virtual. 

Outra mudança que os bombeiros promoveram no ano passado foi a possibilidade de aplicação do Processo Técnico Simplificado (PTS) em estabelecimentos de até 900 m². Até então, a área máxima permitida era de 750 m². Nessa modalidade, em que vários serviços podem ser solicitados pela internet (a vistoria ainda era presencial), se encaixam estabelecimentos de médio e baixo risco. 

“Nossa ideia é manter a segurança e agilizar a certificação para os proprietários. Esse modelo que a gente construiu nós entendemos que é o mais adequado, que atende à segurança e também agiliza a certificação do local”. A medida passa a valer a partir de sua publicação no Diário Oficial do Estado, o que deve ocorrer até fevereiro deste ano.

Ainda conforme o comandante, as alterações na Norma Técnica nº 1 afetarão todos os tipos de estabelecimentos de Mato Grosso do Sul, tanto os que são considerados de risco como os que não são.

Dados de 2019, divulgados ontem (14), mostram, inclusive, que a corporação vistoriou 101.388 estabelecimentos, o que representa aumento de 55,7% se comparado aos números de 2019.

MUDANÇA ANTERIOR

Em 2019 o Corpo de Bombeiros já havia publicado alteração na Norma Técnica nº 42. Entre os principais benefícios da mudança, está a dispensa de certificação para edificações de baixo risco.

VACINA

Estado corre contra o tempo para aplicar mais de 130 mil doses da vacina da dengue

Em 78 municípios são aproximadamente 36 mil doses disponíveis, já em Dourados são cerca de 93 mil imunizantes ofertados

19/04/2024 09h00

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Mato Grosso do Sul ainda tem mais de 130 mil doses da vacina contra a dengue para serem aplicadas e o Estado tenta acelerar a vacinação porque, boa parte delas, só pode ser aplicada até o final deste mês, quando vence o prazo de validade.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), até o dia 10 deste mês haviam sido aplicadas 36.408 doses, das 73.344 recebidas, o que significa que ainda havia em estoque, na semana passada, 36.936 aplicações.

Os dados, porém, são referentes a 78 dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, já que Dourados não recebeu doses do Ministério da Saúde, e sim de uma parceria com a farmacêutica Takeda, que produz a vacina.

No caso dos imunizantes ofertados pelo Ministério da Saúde, parte deles tem prazo de validade até o dia 30 deste mês, por este motivo o governo federal orientou as municipalidades a ampliar a faixa etária indicada para a vacina.

Em Campo Grande, são 1.346 doses com este prazo de validade, por este motivo a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) decidiu ampliar a faixa etária permitida de 10 a 14 anos para de 6 a 16 anos.

No restante do Estado, a SES não soube informar a quantidade exata de vacinas por vencer nos próximos dias, porém, orientou que caso os municípios que tenham imunizantes com esse prazo pode haver aumento da faixa etária. 

“Mantém-se a recomendação de vacinação contra a dengue na faixa etária de 10 a 14 anos. No entanto, se houver doses com vencimento em 30 de abril de 2024, em quantidade que represente risco de perda física, essas doses poderão ser aplicadas em pessoas de 6 a 16 anos de idade”, disse a SES.

Larissa Castilho, Superintendente de Vigilância em Saúde da SES/MS, explica que essa é uma medida temporária, conforme a nota técnica 65 de 2024 do Ministério da Saúde, que trata da estratégia temporária de vacinação da dengue para as doses com validade para 30 de abril de 2024.

“Essa estratégia, ela vale para os municípios que contém essas doses com validade próxima e mantém a recomendação para a faixa etária de 10 a 14 anos com vencimento e se tiver um quantitativo representativo pode ampliar essa faixa etária para 6 a 16 anos. Não tendo adesão desse público, a gente pode ampliar a faixa etária temporariamente de 4 a 59 anos”, esclarece.

DOURADOS

O caso de Dourados é diferente do que acontece no restante dos municípios. Lá, a saúde local tenta aplicar cerca de 93 mil imunizantes até o fim do mês por conta da janela de aplicação entre a primeira e a segunda dose.

De acordo com o gerente do Núcleo de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde (Sems) de Dourados, Edvan Marcelo Marques, o vencimento das doses disponíveis na cidade acontece apenas em agosto, entretanto, essas vacinas disponibilizadas pelo laboratório são para primeira e segunda dose, portanto, como há  necessidade de internavalo de três meses entre a primeira e segunda aplicação, a primeira dose será feita apenas até o dia 30 de abril.

“Nós recebemos 150 mil doses para serem aplicadas em primeira dose, estamos com cerca de 57 mil aplicadas e sabemos que nossa meta primária não vai ser alcançada,  por causa do prazo que temos de janela, apenas se houve novos lotes. Por isso estamos fazendo uma força-tarefa desde o dia 8 de abril para conseguir aplicar o máximo de doses. Só com essas ações temos conseguido aplicar 1,2 mil doses por dia”, explicou Marques.

Segundo o gerente da secretaria de Dourados, um dos problemas enfrentados pela baixa vacinação é a falta de interesse de parte da população.

“A discussão de baixa cobertura vacinal é como um todo, o perfil da sociedade é de uma população que desconhece algumas doenças, então não percebe que é um problema grave, então existe uma falsa sensação de segurança. É uma questão cultural do brasileiro, que só procura ajuda quando está doente e não tenta previnir”, afirmou.

No município, além dos postos de saúde, a vacina está sendo ofertada em posto fixo em praças, shopping e supermercados.

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Segurança

Agendamento online para passaportes está indisponível temporariamente

Polícia Federal detecta tentativa de invasão do ambiente de rede

18/04/2024 20h00

Marcelo Camargo/ Agência Brasil

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A Polícia Federal (PF) informou, nesta quinta-feira (18), em Brasília, que está temporariamente indisponível o serviço de agendamento de emissão de passaportes pela internet. A decisão foi tomada após a instituição detectar, no início desta semana, tentativa de invasão ao ambiente de rede da PF.

O serviço de agendamento será retomado após a verificação de integridade dos sistemas, porém, ainda não há previsão de quando isso ocorrerá. A nota da PF diz que o governo trabalha para restabelecer o serviço online.

Para os atendimentos marcados previamente em uma unidade emissora do documento de viagem, a instituição garante que serão realizados normalmente na data e horário marcados, quando o solicitante deverá apresentar a documentação original necessária e o atendente público fará a conferência das informações cadastradas, além de coletar dados biométricos (impressões digitais e fotografia facial).

A Polícia Federal recomenda aos cidadãos que não tiverem viagem ao exterior programada para os próximos 30 dias que aguardem a normalização do serviço.

Os brasileiros que irão para o exterior nos próximos dias e, comprovadamente, necessitarem da emissão de passaporte comum podem enviar a documentação que prove a urgência para o e-mail da unidade da Polícia Federal mais próxima. Os contatos das superintendências estaduais da PF e das delegacias onde são emitidos passaportes estão disponíveis no link.

Agendamento regular
Habitualmente, quando o serviço virtual de agendamento para emissão de passaportes está operando, o cidadão interessado preenche o formulário eletrônico na internet, escolhe uma das datas e horários disponíveis e, por fim, marca o posto de atendimento da PF onde deseja ser atendido.

O cidadão não deve ir diretamente a uma delegacia da Polícia Federal sem fazer o agendamento prévio para passar pelos procedimentos de emissão do documento.

A entrega do passaporte ocorrerá na mesma unidade apontada no primeiro agendamento online do serviço e não poderá ser modificada.

Após o atendimento presencial, a retirada do documento poderá ser feita entre seis e dez dias úteis até 90 dias corridos. Depois desse prazo máximo, o documento será cancelado, com total prejuízo da taxa paga.

O custo comum para emissão de um passaporte é R$ 257,25. Se houver urgência, serão somados R$ 77,17, como taxa adicional de emergência, gerada durante o atendimento. Total: R$ 334,42

Contudo, se a remissão for de um passaporte ainda válido que tenha sido extraviado ou perdido, o valor cobrado na taxa comum dobra: R$ 514,50 ao todo para desembolso.

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