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Custo de vistoria
dos bombeiros será menor

Certificado contra incêndio é refeito todo ano em MS

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As vistorias técnicas do Corpo de Bombeiros – que visam certificar se o local está fora do risco de sinistros, como incêndios – em Mato Grosso do Sul são mais caras e mais burocráticas, mas a situação poderá mudar em breve.
Série de reportagens publicadas no mês de outubro pelo Correio do Estado mostrou que MS é um dos estados brasileiros com o menor prazo de validade das vistorias.

Atualmente, o documento é válido por apenas um ano, o que o torna até cinco vezes mais caro do que em outros estados, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, onde a vistoria vale por até cinco anos. 
Porém, grupo de estudos do Corpo de Bombeiros analisa a Norma Técnica nº 1, que trata, entre outras coisas, do prazo de validade dos certificados contra incêndio e pânico. 

O documento é obrigatório para qualquer tipo de empreendimento comercial aberto no Estado, e o valor cobrado pelos bombeiros varia de acordo com o tamanho do imóvel. Já que representa a área delimitada a ser ocupada pelo comércio, incluindo as áreas edificadas, arenas, estandes, barracas, arquibancadas, brinquedos, palcos e similares, no caso de evento temporário, excluindo-se as áreas descobertas. 

De acordo com os bombeiros, o grupo tem até o fim deste mês para entregar ao comando da corporação todas as alterações feitas no texto da Norma, para que as mudanças sejam sancionadas ainda este ano.

As modificações estão sendo feitas para atender à Lei nº 13.874, conhecida como Lei da Liberdade Econômica, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) em 20 de setembro deste ano. O texto tem por objetivo diminuir a burocracia para os empresários e incentivar o fomento da economia.

Neste sentido, o Corpo de Bombeiros alterou, no mês passado, a Norma Técnica nº 42, que excluiu da obrigatoriedade da vistoria anual todos os empreendimentos com até 200 m² que não se incluírem na categoria de risco de incêndio. De acordo com a corporação, isso representa cerca de 80% dos comércios de Mato Grosso do Sul.

“Foi dada prioridade para a NT 42, que já foi publicada e que abrangia a maior parte dos comércios. Agora, continua o estudo da NT 1. Estão sendo abordados vários aspectos, inclusive essa questão do prazo dos certificados e renovações. Até o fim do mês, vão apresentar essa proposta para o comando”, explicou o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Fernando Carminatti.

Conforme os bombeiros, por ser uma norma muito extensa, a questão do prazo, que se encontra na cláusula 6.6 na página 21 da NT 1, ainda não foi deliberada pelo grupo, mas deverá ser modificada.

Atualmente, o trecho da norma que trata sobre o prazo diz o seguinte: “o CVCBM (Certificado de Vistoria do Corpo de Bombeiros Militar) para edificação permanente terá prazo de validade de até 1 (um) ano, contado da data de sua expedição. Para Pscip (Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico) de Instalação e Ocupação Temporária e Pscip de Ocupação Temporária em Edificação Permanente, o prazo de validade do CVCBM deve ser para o período da realização do evento, não podendo ultrapassar o prazo máximo de 6 (seis) meses”.

CRÍTICA

Esse é o ponto mais contestado pelos comerciantes, que reclamam do curto espaço de tempo entre uma vistoria e outra, principalmente em estabelecimentos com baixo risco de incêndio.

Para o conselheiro da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), Gilberto Félix, o certificado deveria ter validade diferente dependendo do tipo de atividade exercida no local. “Esse prazo de um ano é muito generalista. Não tem justificativa para um prazo tão curto se não houve uma mudança significativa”, afirmou em reportagem publicada pelo Correio do Estado no dia 21 de outubro.

Na mudança feita na NT 42, além da dispensa de certificação para edificações de baixo risco também foi alterado o ponto que determinava que empreendimentos a partir de 750 m² eram obrigados a ter projeto técnico, agora passou para 900 m². “Diante disto, haverá uma simplificação no processo e o empreendimento não necessitará contratar um responsável técnico para elaboração e aprovação de um projeto técnico”, dizia nota dos bombeiros.

As alterações no Norma Técnica 42 foram publicadas no dia 28 de outubro deste ano no Diário Oficial do Estado (DOE). Já a mudança no prazo deverá entrar em vigor em dezembro.

REGRA ATUAL

A NT 1 trata sobre questões administrativas relacionadas à vistoria do Corpo de Bombeiros. Entre elas, o trecho que estabeleceque em shopping center “deverá ser recolhida taxa para áreas comuns de responsabilidade da administração do condomínio e taxa individualizada para 

cada condômino”.

Encontro Internacional

Conservação no Pantanal vira pauta mundial durante encontro de exploradores em Nova Iorque

Presidente do IHP, Ângelo Rabelo, foi indicado junto com outros brasileiros para tratar temas nacionais nos Estados Unidos

23/04/2024 18h25

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo Divulgação IHP

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O grupo The Explorers Club, que reúne autoridades e pessoas com reconhecimento global que desempenham medidas que envolvem promoção da ciência e da conservação, discutiu em um de seus encontros a situação do Pantanal. O presidente do IHP, sediado em Corumbá (MS), Ângelo Rabelo, participou das reuniões realizadas em Nova Iorque, durante o encontro anual do clube. Ele apontou que é preciso haver atenção mundial com relação à conservação do Pantanal e da riqueza cultural do território.

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo. Os encontros ocorreram entre sexta-feira (19) e domingo (21). Foram realizados diversos encontros e reuniões entre os participantes do clube, bem como ocorreram discussões sobre temas globais a serem trabalhados para promoção da conservação do Planeta.

 

Ângelo Rabelo, que atua em ações de conservação no Pantanal há cerca de 40 anos, pontuou que há diferentes esforços em andamento para prevenir incêndios florestais e promover desenvolvimento sustentável. Na semana passada, os governos de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, junto com o governo federal, assinaram termo de cooperação visando a união de esforços na defesa, proteção e desenvolvimento sustentável do Pantanal. Além disso, um fundo foi criado para financiar ações que ajudam a proteger o bioma, porém até hoje somente o governo de MS fez aporte de recursos (R$ 40 milhões) e o setor pública busca outras linhas de subsídio para essas ações. A promoção do Pantanal para o exterior pode contribuir nesse propósito, como já ocorre com a Amazônia, por exemplo.

“A maior área úmida do mundo, o Pantanal, está no mapa sobre as grandes explorações e os relatos que indicam locais que são desafiadores no Planeta. Por esse caminho cheio de desafios temos, primeiro, os povos originários que ainda habitam o território, como é o caso dos Guatós. Depois vieram as pantaneiras e os pantaneiros, que também seguem no Pantanal sabendo lidar com a ocupação e a conservação. Depois, temos os registros de outros esforços de pessoas que também se dedicam pela conservação desse Patrimônio Natural da Humanidade”, comentou Rabelo.

O bioma Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do Planeta e apesar de ser o menor em extensão territorial no Brasil, abriga 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 espécies de mamíferos, conforme dados do Ministério do Meio Ambiente. Além disso, o Programa de Monitoramento dos Biomas Brasileiros por Satélite – PMDBBS, realizado com imagens de satélite de 2009, mostrou que o Pantanal mantêm 83,07% de sua cobertura vegetal nativa. Mais de 90% do bioma está em propriedades privadas, enquanto 4,6% estão classificadas como unidades de conservação, dos quais 2,9% correspondem a UCs de proteção integral e 1,7% a UCs de uso sustentável.

A participação de Rabelo na reunião do The Explorers Club ocorreu porque ele foi nomeado, neste ano, como uma das 50 pessoas a fazer a diferença no Planeta. A escolha foi feita por integrantes do The Explorers Club e o presidente do IHP entrou na lista do EC50 2024. Concorreu com mais de 200 pessoas indicadas. Seus apoiadores na nomeação foram Dereck Joubert e Beverly Joubert, exploradores que atuam diretamente pela conservação da vida selvagem e desenvolvimento sustentável em países africanos. O casal convidou, neste mês, o governador Eduardo Riedel (PSDB) para conhecer iniciativas que são realizadas no continente africano.

Além do presidente do IHP, os brasileiros nomeados nesse grupo chamado EC50 deste ano foram a geóloga Fernanda Avelar Santos, o ictiologista Luiz Rocha, o designer naturalista Lvcas Fiat e o paraquedista profissional Luigi Cani. Além dos brasileiros recém-nomeados, personalidades mundiais fazem parte do Clube, como a ex-astronauta e géologa Kathryn Sullivan, veterana de três missões a bordo de ônibus espacial; o geneticista e biólogo nuclear James Dewey Watson, um dos autores do modelo de dupla hélice para estrutura da mólecula de DNA; bem como o explorador que fez parte do primeiro voo solar ao redor do mundo, concluído em 2016, André Borschberg; e Dominique Gonçalves, criadora do Programa de Ecologia de Elefantes no Parque Nacional da Gorongosa, em Moçambique, entre outras pessoas.

Também em Nova Iorque, a diretora-executiva do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, localizado em Corumbá (MS), Márcia Rolon, participou dos eventos abertos do The Explorers Club para divulgar o trabalho de diminuir a vulnerabilidade social de crianças e adolescentes da região de fronteira do Brasil por meio da arte.

 

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Cotidiano

Com 300 doses disponíveis, vacinação contra dengue deve acabar nesta semana

Aproximadamente 130 doses estão sendo aplicadas por dia; segundo a expectativa da pasta é que a vacinação se encerre até o final desta semana.

23/04/2024 18h15

Gerson Oliveira/

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As vacinas contra a dengue com prazo de validade até 30 de abril e que estão disponíveis pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) devem ser aplicadas até o final desta semana. A expectativa da pasta é que nenhuma dose deve ser descartada em Campo Grande. 

De acordo com a secretária, cerca de 130 doses estão sendo aplicadas por dia nos postos de saúde da cidade. Por causa disso, a expectativa é que todas as doses que estão perto do vencimento sejam aplicadas até sexta-feira (26).

A baixa procura do imunizante em Mato Grosso do Sul levou o Ministério da Saúde a informar aos municípios para ampliar a idade de vacinação. Segundo a pasta, pediu para todas as cidades priorizar a faixa etária entre 6 e 16 anos, mas com imunização ampliada para pessoas entre 4 e 59 anos. 

A medida foi tomada para reduzir a perda de doses que estão perto do vencimento, cabendo a cada município definir a estratégia de aplicação.  As doses que estão sendo utilizadas vencem no dia 30 de abril. 
 
Segundo a Sesau, em Campo Grande tem cerca de 300 doses estão espalhadas pelos postos de saúde da Capital. 

 

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