Cidades

GREVE DA BOLEIA

Bicicletas retornam às ruas de Dourados como alternativa á falta de combustíveis

Sem gasolina, população apelou para as magrelas, como no passado

NICANOR COELHO, DE DOURADOS

26/05/2018 - 14h57
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Elas não usam gasolina e muito menos álcool ou diesel e basta apenas o esforço físico e equilíbrio para começar a rodar. É a bicicleta que há quase uma década sumiu das ruas de Dourados, mas que está retornando com força desde quinta-feira no município que tem uma topografia plana que favorece a prática do ciclismo.

Firmino Centurion Alves, 45 anos é pedreiro e hoje deixou a sua moto parada por falta de gasolina e foi ao trabalho com sua velha bicicleta. Assim como Firmino muitos trabalhadores pegaram suas bicicletas por causa da falta de combustíveis.

“As ruas de Dourados são planas e isso facilita em muito o uso de bicicleta”, disse a empregada doméstica Maria Carmem Oliveira dos Santos, que deixou de usar bicicleta quanto comprou sua primeira moto em 2009.

O estudante João Gabriel Ribeiro, 12 anos, teve que resgatar a sua bicicleta que estavam com os pneus murchos para poder ir ao treino da escolinha de futebol. Ele assim como Ricardo Freitas, 22, foi até a borracharia de João Correia da Silva, 57, para encher os pneus para poder pedalar.

João Correia que há cinco anos largou a profissão de caminhoneiro disse que desde quarta-feira dezenas de pessoas lhe procuraram para encher de ar os pneus das bicicletas. “Larguei de trabalhar com caminhão porque não ganhava pouco e não parava em casa”, disse o borracheiro que abriu o seu próprio negócio na varanda de sua própria casa na Rua Frei Antônio no bairro Parque dos Coqueiros.

CIDADE DAS BICICLETAS

Até 2008 Dourados era conhecida como a “Cidade das Bicicletas” para grande quantidade delas que circulavam pelas ruas. Até ciclovias e ciclofaixas foram construídas pela Prefeitura.

Depois disso, segundo o historiador Carlos Magno Mieres Amarilha, os trabalhadores passaram a ter crédito fácil e substituíram as “magrelas” pelas motos. Estas mesmas motos que hoje estão paradas por falta de combustível, segundo Carlos Magno, estão dando lugar as bicicletas que estavam guardadas.

“Eram comum ver além das ciclovias e ciclofaixas dezenas de bicicletários nas avenidas de Dourados, principalmente na Marcelino Pires”, disse o historiador ao lembrar que existiam quase sessenta mil delas em circulação. Com a chegada das motos, segundo Carlos, as ciclofaixas foram destruídas e as ciclovias entraram em desuso.

Cidades

Brasil fica entre os 10 países mais violentos do mundo em ranking; veja lista

O levantamento lista as 50 nações com os níveis de violência mais severos e classifica a situação como extrema, de alta intensidade ou turbulenta

12/12/2025 21h00

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O Brasil está entre os 10 países mais violentos do mundo, de acordo com o Índice de Conflito da instituição Armed Conflict Location & Event Data (Acled), divulgado nesta quinta-feira, 11

A Acled é uma organização sem fins lucrativos e independente que monitora, avalia e mapeia dados sobre conflitos e protestos. Ela recebe apoio financeiro do Fundo de Análise de Riscos Complexos da Organização das Nações Unidas (ONU).

O ranking analisa a intensidade dos conflitos em todos os países do mundo com base em quatro indicadores: letalidade, perigo para civis, difusão geográfica e número de grupos armados.

Veja a lista:

1 - Palestina

2 - Mianmar

3 - Síria

4 - México

5 - Nigéria

6 - Equador

7 - Brasil

8 - Haiti

9 - Sudão

10 - Paquistão

O levantamento lista as 50 nações com os níveis de violência mais severos e classifica a situação como extrema, de alta intensidade ou turbulenta. Os dados foram colhidos entre 1º de dezembro de 2024 e 28 de novembro de 2025.

O Brasil aparece na sétima posição, com um conflito classificado como extremo - atrás até da Ucrânia, que enfrenta uma guerra contra a Rússia desde 2022. Segundo o índice, nos últimos doze meses, o Brasil registrou 9.903 eventos de violência política - expressão usada pela Acled para definir o uso da força por um grupo com propósito ou motivação política, social, territorial ou ideológica, incluindo violência contra civis e força excessiva contra manifestantes, por exemplo.

Apesar do resultado negativo, o País caiu uma posição em relação ao levantamento do ano passado. A instituição aponta que a violência de gangues foi um dos fatores que alimentou os conflitos no Brasil.

O mesmo motivo se repete no Haiti, no México e, principalmente, no Equador, que subiu 36 posições em apenas um ano, com mais de 50 grupos armados envolvidos ativamente em atos de violência no período, incluindo quase 40 gangues. "Mais da metade dessas gangues estiveram envolvidas nos mais de 2,5 mil ataques contra civis", afirma a Acled.

Praticamente todas as pessoas na Palestina foram expostas à violência, o que fez do território o pior classificado na lista. "A Palestina também apresenta o conflito geograficamente mais difuso, o que significa que a Acled registra altos níveis de violência em quase 70% da [Faixa de] Gaza e da Cisjordânia", disse a organização. Em letalidade, a região só perde para a Ucrânia e o Sudão. Em segundo lugar no ranking geral está Mianmar, seguido por Síria, México e Nigéria.

No geral, os conflitos se mantiveram em níveis estáveis ??nos últimos 12 meses, com 204.605 eventos registrados no período, contra 208.219 eventos no levantamento anterior. "Esses eventos violentos resultaram - em uma estimativa conservadora - em mais de 240 mil mortes", aponta a Acled.

O ranking é feito com base em dados coletados quase em tempo real pela organização, em mais de 240 países e territórios, ao longo dos 12 meses anteriores à análise.

A Acled também listou 10 países e regiões que, segundo suas projeções, enfrentarão conflitos armados, instabilidade política e emergências humanitárias em 2026. Entre eles estão a América Latina e o Caribe, devido à crescente pressão dos Estados Unidos na região, o que pode alimentar uma maior militarização da segurança e da violência no ano que vem.
 

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POLÍCIA

Suspeito de furtar condomínios de luxo é preso em Campo Grande

Ele foi flagrado pelas câmeras de segurança escalando muros e tentando acessar áreas internas de residenciais de alto padrão

12/12/2025 18h15

Divulgação: Polícia Civil

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A Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos (DERF) prendeu, na manhã de quinta-feira (11), um indivíduo responsável por uma sequência de tentativas de furtos em condomínios residenciais de Campo Grande. A ação das autoridades interrompeu a onda de invasões que vinha assustando moradores de diferentes bairros da Capital.

O suspeito, de 20 anos, já possui extenso histórico de práticas de furtos, inclusive qualificadas e em tentativa, além de outras ocorrências criminais registradas ao longo dos últimos anos. Ele foi flagrado pelas câmeras de segurança escalando muros e tentando acessar áreas internas de residenciais de alto padrão.

As imagens, nítidas e detalhadas, captaram o momento em que o suspeito escalava a muralha do residencial, tentando vencer a cerca elétrica e chegando, inclusive, a tomar um choque ao tentar romper a barreira de proteção.

Em outro episódio, o mesmo autor foi flagrado dentro do terreno de uma residência de outro condomínio, fato igualmente tratado como furto qualificado tentado.

Com a identificação e o histórico criminal reiterado, a DERF empreendeu investigações que resultaram na prisão do suspeito nesta quinta-feira, retirando de circulação um dos autores de furtos mais contumazes da região.

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