Cidades

'QUERIDINHO'

Berço da cultura, culinária e ponto turístico, Mercadão é amado por MS

Prefeita decretou tombamento como patrimônio histórico e cultural

TERO QUEIROZ

11/01/2019 - 17h16
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A Prefeitura de Campo Grande assinou decreto nesta quinta-feira (10) para criação de uma comissão que irá cuidar do tombamento do Mercadão Municipal como patrimônio histórico e cultural. A ordem foi assinada pela Prefeita em exercício Adriane Lopes (PEN), e publicada no Diário Oficial do Município nesta sexta-feira (10). 

Importante para cultura e para a minuciosa história do povo sul-mato-grossense, assim é descrito o Mercadão Municipal de Campo Grande pelos consumidores que vão até o local pelos mais variados motivos. 

Fundado há 61 anos, o Mercadão é responsável pela conservação dos costumes da população. É o que conta o comerciante Sergio Costa, de 63 anos, que trabalha vendendo tabaco no local desde 1973. "Mercadão é história, é ponto turístico. Aqui o povo pode encontrar ervas medicinais, pastéis, alimentos variados, tudo... Isso aqui é um mundo para nós",  explicou orgulhoso. 

Sérgio Costa, de 63 anos. (Foto: Bruno Henrique / Correio do Estado

Com sua banca de vendas de tabaco, fumo de corda, cachimbos e charutos, Sergio conta que o Mercadão contribuiu para tudo que a família tem. "Tenho uma filha de 18 anos, uma esposa que me ajuda, tudo que temos devemos a esse lugar", ressalta. 

Com os corredores lotados de turistas e moradores da Capital, o grande espaço compreende uma área de 2.494 m2, 144 bancas e 79 boxes com variedade de recursos hortifrutigranjeiros, doces regionais, laticínios, peixes, ervas medicinais, farináceos, temperos, artesanato e quase todo tipo de alimentação.

O Mercadão recebe cerca de 5 mil clientes diariamente, que são atendidos pelos 223 varejistas e 500 trabalhadores do lugar.

Apesar de muito trabalho, o sorriso no rostro dos comerciantes e clientes deixa claro que a satisfação faz parte do cotidiano daquelas pessoas. Para o casal Bruno Fernandes, 28 anos, e Natália Escaravelo,  30, o lugar é característico pelas coisas simples. "Aqui compramos café, castanha, pimenta, mas com toda certeza nós passamos aqui sempre pelo pastel", disse Bruno.

Casados há 7 anos, Natália conta que é costume do casal sempre dar aquela 'passadinha' pelo local. "Aqui tem tereré, tem nossa cultura impressa em cada banquinha dessa. O pastel sem dúvidas é marca registrada pois o sabor é inigualável. Por isso passamos sempre aqui", ressalta Natália. 

Bruno e Natália são casados há 7 anos e se divertiam na busca por sapatos. Foto: Bruno Henrique. 

E o carinho pelo Mercadão não é uma característica só de campo-grandenses, pessoas de todo o Estado ressaltam a importância do estabelecimento. A camapuanense, Suamer Carmos, de 38 anos, viajou quase 150 quilômetros e não deixou de passar Mercadão para comprar um instrumento que é marca registrada dos sul-mato-grossenses. "Vim comprar uma garrafa para tereré. Sempre que venho a cidade passo por aqui, até mesmo para me lembrar do que estou precisando lá em casa. Aqui o preço é bom. E isso tudo aqui é história e cultura, a sabedoria de todo o povo em um só lugar", contou a mulher que é professora. 

Além de haver variedades no interior do mercado, com as incontáveis opções de para consumo, em frente há ainda impressa a cultura do povo indígena, que são mais tímidos, mas que na hora de atender um cliente interessado se prontificam a deixar a timidez um pouquinho de lado.   

Os 61 anos do Mercado Municipal Antônio Valente, será comemorado  dia 30 de Setembro e a novidade para esse ano é que o lugar será tombado como patrimônio histórico Cultural de Mato Grosso do Sul.  

Cidades

Brasil fica entre os 10 países mais violentos do mundo em ranking; veja lista

O levantamento lista as 50 nações com os níveis de violência mais severos e classifica a situação como extrema, de alta intensidade ou turbulenta

12/12/2025 21h00

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O Brasil está entre os 10 países mais violentos do mundo, de acordo com o Índice de Conflito da instituição Armed Conflict Location & Event Data (Acled), divulgado nesta quinta-feira, 11

A Acled é uma organização sem fins lucrativos e independente que monitora, avalia e mapeia dados sobre conflitos e protestos. Ela recebe apoio financeiro do Fundo de Análise de Riscos Complexos da Organização das Nações Unidas (ONU).

O ranking analisa a intensidade dos conflitos em todos os países do mundo com base em quatro indicadores: letalidade, perigo para civis, difusão geográfica e número de grupos armados.

Veja a lista:

1 - Palestina

2 - Mianmar

3 - Síria

4 - México

5 - Nigéria

6 - Equador

7 - Brasil

8 - Haiti

9 - Sudão

10 - Paquistão

O levantamento lista as 50 nações com os níveis de violência mais severos e classifica a situação como extrema, de alta intensidade ou turbulenta. Os dados foram colhidos entre 1º de dezembro de 2024 e 28 de novembro de 2025.

O Brasil aparece na sétima posição, com um conflito classificado como extremo - atrás até da Ucrânia, que enfrenta uma guerra contra a Rússia desde 2022. Segundo o índice, nos últimos doze meses, o Brasil registrou 9.903 eventos de violência política - expressão usada pela Acled para definir o uso da força por um grupo com propósito ou motivação política, social, territorial ou ideológica, incluindo violência contra civis e força excessiva contra manifestantes, por exemplo.

Apesar do resultado negativo, o País caiu uma posição em relação ao levantamento do ano passado. A instituição aponta que a violência de gangues foi um dos fatores que alimentou os conflitos no Brasil.

O mesmo motivo se repete no Haiti, no México e, principalmente, no Equador, que subiu 36 posições em apenas um ano, com mais de 50 grupos armados envolvidos ativamente em atos de violência no período, incluindo quase 40 gangues. "Mais da metade dessas gangues estiveram envolvidas nos mais de 2,5 mil ataques contra civis", afirma a Acled.

Praticamente todas as pessoas na Palestina foram expostas à violência, o que fez do território o pior classificado na lista. "A Palestina também apresenta o conflito geograficamente mais difuso, o que significa que a Acled registra altos níveis de violência em quase 70% da [Faixa de] Gaza e da Cisjordânia", disse a organização. Em letalidade, a região só perde para a Ucrânia e o Sudão. Em segundo lugar no ranking geral está Mianmar, seguido por Síria, México e Nigéria.

No geral, os conflitos se mantiveram em níveis estáveis ??nos últimos 12 meses, com 204.605 eventos registrados no período, contra 208.219 eventos no levantamento anterior. "Esses eventos violentos resultaram - em uma estimativa conservadora - em mais de 240 mil mortes", aponta a Acled.

O ranking é feito com base em dados coletados quase em tempo real pela organização, em mais de 240 países e territórios, ao longo dos 12 meses anteriores à análise.

A Acled também listou 10 países e regiões que, segundo suas projeções, enfrentarão conflitos armados, instabilidade política e emergências humanitárias em 2026. Entre eles estão a América Latina e o Caribe, devido à crescente pressão dos Estados Unidos na região, o que pode alimentar uma maior militarização da segurança e da violência no ano que vem.
 

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POLÍCIA

Suspeito de furtar condomínios de luxo é preso em Campo Grande

Ele foi flagrado pelas câmeras de segurança escalando muros e tentando acessar áreas internas de residenciais de alto padrão

12/12/2025 18h15

Divulgação: Polícia Civil

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A Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos (DERF) prendeu, na manhã de quinta-feira (11), um indivíduo responsável por uma sequência de tentativas de furtos em condomínios residenciais de Campo Grande. A ação das autoridades interrompeu a onda de invasões que vinha assustando moradores de diferentes bairros da Capital.

O suspeito, de 20 anos, já possui extenso histórico de práticas de furtos, inclusive qualificadas e em tentativa, além de outras ocorrências criminais registradas ao longo dos últimos anos. Ele foi flagrado pelas câmeras de segurança escalando muros e tentando acessar áreas internas de residenciais de alto padrão.

As imagens, nítidas e detalhadas, captaram o momento em que o suspeito escalava a muralha do residencial, tentando vencer a cerca elétrica e chegando, inclusive, a tomar um choque ao tentar romper a barreira de proteção.

Em outro episódio, o mesmo autor foi flagrado dentro do terreno de uma residência de outro condomínio, fato igualmente tratado como furto qualificado tentado.

Com a identificação e o histórico criminal reiterado, a DERF empreendeu investigações que resultaram na prisão do suspeito nesta quinta-feira, retirando de circulação um dos autores de furtos mais contumazes da região.

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