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REVIVA CAMPO GRANDE

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Banco será responsável por aditivo
em obra do Reviva Centro

Prefeito diz que BID vai avaliar pedido feito por empresa que conduz a obra do Reviva

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O prefeito Marcos Trad (PSD) afirmou ontem que o aditivo de até R$ 12 milhões para o Reviva Campo Grande depende exclusivamente do Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID), agente financiador do projeto. Nove meses depois do início, o valor da obra terá o primeiro reajuste.

“Quando uma empresa vence o certame é com cláusulas e condições, pois bem, a firma que venceu tinha condições determinadas em uma planilha, qaulquer modificação durante  a obra, dá o direito a empresa de solicitar o aditivo e o BID  pode aceitar ou não. Por exemplo, o comércio está exigindo trabalho noturno, não estava no contrato quando eles venceram, então o que eles falam é que podem fazer, mas vão ter que colocar um adicional, porque o trabalho é mais caro. O dinheiro não é nosso, ele é deste banco internacional. Não se faz nada nessa obra sem a aprovação do BID”, afirmou o prefeito.

O BID é uma organização financeira internacional com sede na cidade de Washington, Estados Unidos, criada com o propósito de financiar projetos viáveis de desenvolvimento econômico, social e institucional. Isso significa que a prefeitura terá que devolver o dinheiro emprestado para a obra.

Segundo a coordenadora da Central de Projetos, Catiana Sabadin, o aditivo ainda está em análise e não deve chegar a 25%, que é o máximo permitido por lei. “A planilha inteira era de R$ 58 milhões, mas a empresa entrou com R$ 49 milhões, ficou abaixo e não teve reprogramação”, explicou.

Conforme Catiana, para as obras em si, houve mobilização de canteiro, equipamentos e foi preciso mudar totalmente o cronograma, que se mostrou furado, nas palavras dela. “Fizemos um novo planejamento, pois inicialmente a gente previa 38 dias em cada quadra. Fomos extremamente otimistas e é uma obra muito difícil, que pode ser finalizada em dois meses. São dois meses para infraestrutura no meio da via e depois quase dois meses na sequência, para fazer meio-fio, estacionamento, calçadas. Em dois meses, o trânsito é liberado”.

Em reportagem publicada no Correio do Estado, em setembro do ano passado, a empresa Engepar Engenharia, responsável pela execução da obra, já havia confirmado a aprovação do aditivo pelo banco. No entanto, o sócio-proprietário da empresa Carlos Clementino continua sem confirmar o valor do reajuste. 

“Isto dependerá das medições. Há serviços que tentamos otimizar para não gerar mais gastos, por exemplo, em vez do trabalho noturno negociamos com os funcionários jornada dupla, para a obra andar mais depressa”, disse. 

PROJETO ANTIGO

O plano para revitalização do Centro foi instituído em 20 de julho de 2010 pela Lei Complementar 161. No ano seguinte, a prefeitura baixou decreto sobre os anúncios nas fachadas das lojas, exigindo reformas. 
O processo de financiamento teve início em 2013, mas estava travado por questões técnicas, entre elas a autorização do Senado Federal para contrair o débito (todo empréstimo no exterior para entes públicos precisa da aprovação do Congresso Nacional). 

Em 2016, o projeto foi aprovado. Havia ainda restrição do Ministério da Fazenda para novos empréstimos com instituições financeiras internacionais, por causa do calote do governo do Rio de Janeiro ao BID. Somente em maio de 2018, o projeto foi lançado.

Conhecido como Reviva Centro, mas chamado de Reviva Campo Grande, o projeto prevê ampliações das calçadas, que, em alguns pontos, terão 6,5 metros de largura (hoje têm 3 metros). Com o estacionamento proibido neste trecho da rua, em vez de três, serão duas faixas para o tráfego de veículo, entre outras mudanças.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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