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Após reabertura do Camelódromo, shoppings tentam funcionamento

Comércio terá de apresentar plano de biossegurança parar abrir as portas

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Com a atividade comercial  retomada aos poucos após flexibilizações propostas pelo prefeito Marcos Trad (PSD) e a reabertura do Centro Comercial Popular Marcelo Barbosa Fonseca, o camelódromo, dois - dos quatro - shoppings de Campo Grande também já se programam para reabrir nos próximos dias. Porém a retomada das atividades ainda depende de autorizaçaõ da prefeitura. “(Estamos) esperando projeto de biossegurança”, sentenciou Trad.

Com movimento mensal de aproximadamente 600 mil pessoas, além de 2 mil funcionários, o Shopping Norte Sul Plaza informou que já protocolou o plano de biossegurança junto ao Executivo Municipal. O centro comercial disse que aguarda resposta da Secretaria de Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur) e está buscando junto aos lojistas soluções para minimizar os impactos.  

Já o Pátio Central Shopping, que atende em média 10 mil pessoas por dia, também já entregou o plano de biossegurança e aguarda retorno da Semadur.

O Shopping Campo Grande informou que não há previsão para reabertura e o Bosque dos Ipês não respondeu aos questionamentos até o fechamento desta edição.

CAMELÓDROMO

O principal centro comercial popular da Capital, o camelódromo voltou a funcionar ontem (8) de uma forma bem diferente do habitual. O movimento, segundo comerciantes, foi bem abaixo do que é visto nos dias anteriores à pandemia do novo coronavírus.  

Conforme o presidente da Associação dos Vendedores Ambulantes (AVA), Narciso Soares do Santos, o camelódromo recebia diariamente cerca de cinco mil pessoas. “A gente sabe que mesmo que abra 100% do boxes não vai voltar a normalidade agora, mas esperamos que melhore nos próximos dias”, disse.  

A reportagem esteve no local ontem a tarde e observou que poucas pessoas - menos de 30, que é o permitido - circulavam pelos corredores, que normalmente ficam lotados de consumidores.

O baixo movimento também interfere no bolso dos comerciantes do local já que grande parte ficou parada durante os 17 dias que o local estava fechado. “Alguns comerciantes tiraram os produtos para tentar vender para fora. O fechamento pegou todo mundo de surpresa. Teve gente que comprou mercadoria em um dia e no outro teve que fechar”, disse Narciso.  

Um dos que ficou foi forçado a parar, foi o empresário Wesley de França, 48 anos e há duas décadas tem um box no camelódromo. Ele contou que geralmente atende de 35 a 40 pessoas por dia, mas até a tarde de ontem somente quatro haviam sido atendidas. “Nós tivemos uma baixa no rendimento de 95% desde que começou tudo [pandemia]. Mas não tem para onde correr”, contou ele, que segue todos os protocolos de higienização para se proteger do vírus.  

Já o empresário Roger Paes, 48 anos, precisou fazer serviços por fora para se manter durante o fechamento. “Eu já tinha uma clientela e fazia as vendas de casa. Não era o suficiente, mas é melhor que nada. Uma hora os recursos acabam”, explicou. Em 20 anos com o box de eletrônicos, Paes conta que nunca presenciou algo parecido. “É um risco [sair de casa], mas é melhor que não abrir [a loja]”, disse.  

O Plano de Contingenciamento aprovado pelo Comitê Municipal de Enfrentamento do Covid-19, prevê um sistema de rodízio para que só 140 dos 473 boxes, funcionam diariamente. Só será liberada a entrada de 30 clientes por vez, limite que vai garantir o distanciamento mínimo de 1,5 metro entre eles.

De acordo com a Semadur, durante este período de restrição da mobilidade urbana, medida recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e Ministério da Saúde dentro da estratégia para evitar a disseminação do novo coronavírus, só um a cada três boxes do camelódromo abrirá por dia, garantindo distância mínima de 2 metros entre os pontos de venda em funcionamento.

Os consumidores estão entrando exclusivamente pelo portão 6, que fica na Avenida Afonso Pena e saindo pelo portão 4, na Rua 15 de Novembro. O portão 1, na Avenida Noroeste será reservado às pessoas com necessidades especiais. Nestes locais haverá higienização das mãos e braços com álcool em gel 70%.

Outra medida de biossegurança prevista, é o funcionamento de 43 climatizadores para garantir a circulação do ar. Todos os comerciantes e funcionários terão de trabalhar usando máscara e aqueles do grupo risco (quem tem mais de 60 anos, gestantes, lactantes e portadores de doenças crônicas) terão de ficar em casa.

Cotidiano

Administradora de três aeroportos em MS inicia programa para impulsionar fluxo de passageiros

A operadora aeroportuária Aena administra os aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã

23/04/2024 18h30

Foto/Arquivo

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A operadora aeroportuária Aena, que administra três aeroportos de Mato Grosso do Sul, lançou um programa de incentivo ao desenvolvimento da aviação brasileira. Para isso, deve recompensar as companhias aéreas de acordo com o aumento na quantidade de passageiros no período de 1º de abril a 30 de outubro.

De acordo com a Aena, o objetivo do programa é contemplar os aeroportos dos estados de  Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Pará. Em caso de voos domésticos, o programa prevê o reembolso de 100% das tarifas de passageiros em cada rota operada pelas companhias aéreas em 16 aeroportos sob sua gestão.

Nos casos de voos internacionais, o programa de incentivo é válido para os seis aeroportos sob administração da Aena no Nordeste. Nesse caso, a base de comparação será o mês de março de 2024. Para novas rotas internacionais, o incentivo permanece até 31 de março de 2025.

Em Mato Grosso do Sul, a Aena administra os aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã.

De acordo com Aena,o objetivo da campanha é oferecer um cenário positivo para que as companhias aéreas possam elevar suas participações nos aeroportos da administradora.

"Como maior operadora aeroportuária do país, trabalhamos para incentivar a aviação brasileira, reduzindo custos das companhias aéreas e melhorando as opções dos passageiros", afirma Marcelo Bento, diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Aena Brasil.

As companhias que aderirem ao programa de incentivo ainda podem contar com o apoio da Aena para a promoção das ligações. A concessionária irá disponibilizar a divulgação de novos voos e rotas nos painéis publicitários localizados dentro dos aeroportos, banners promocionais no site da Aena, além de campanhas em suas redes sociais.

 

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Encontro Internacional

Conservação no Pantanal vira pauta mundial durante encontro de exploradores em Nova Iorque

Presidente do IHP, Ângelo Rabelo, foi indicado junto com outros brasileiros para tratar temas nacionais nos Estados Unidos

23/04/2024 18h25

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo Divulgação IHP

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O grupo The Explorers Club, que reúne autoridades e pessoas com reconhecimento global que desempenham medidas que envolvem promoção da ciência e da conservação, discutiu em um de seus encontros a situação do Pantanal. O presidente do IHP, sediado em Corumbá (MS), Ângelo Rabelo, participou das reuniões realizadas em Nova Iorque, durante o encontro anual do clube. Ele apontou que é preciso haver atenção mundial com relação à conservação do Pantanal e da riqueza cultural do território.

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo. Os encontros ocorreram entre sexta-feira (19) e domingo (21). Foram realizados diversos encontros e reuniões entre os participantes do clube, bem como ocorreram discussões sobre temas globais a serem trabalhados para promoção da conservação do Planeta.

 

Ângelo Rabelo, que atua em ações de conservação no Pantanal há cerca de 40 anos, pontuou que há diferentes esforços em andamento para prevenir incêndios florestais e promover desenvolvimento sustentável. Na semana passada, os governos de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, junto com o governo federal, assinaram termo de cooperação visando a união de esforços na defesa, proteção e desenvolvimento sustentável do Pantanal. Além disso, um fundo foi criado para financiar ações que ajudam a proteger o bioma, porém até hoje somente o governo de MS fez aporte de recursos (R$ 40 milhões) e o setor pública busca outras linhas de subsídio para essas ações. A promoção do Pantanal para o exterior pode contribuir nesse propósito, como já ocorre com a Amazônia, por exemplo.

“A maior área úmida do mundo, o Pantanal, está no mapa sobre as grandes explorações e os relatos que indicam locais que são desafiadores no Planeta. Por esse caminho cheio de desafios temos, primeiro, os povos originários que ainda habitam o território, como é o caso dos Guatós. Depois vieram as pantaneiras e os pantaneiros, que também seguem no Pantanal sabendo lidar com a ocupação e a conservação. Depois, temos os registros de outros esforços de pessoas que também se dedicam pela conservação desse Patrimônio Natural da Humanidade”, comentou Rabelo.

O bioma Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do Planeta e apesar de ser o menor em extensão territorial no Brasil, abriga 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 espécies de mamíferos, conforme dados do Ministério do Meio Ambiente. Além disso, o Programa de Monitoramento dos Biomas Brasileiros por Satélite – PMDBBS, realizado com imagens de satélite de 2009, mostrou que o Pantanal mantêm 83,07% de sua cobertura vegetal nativa. Mais de 90% do bioma está em propriedades privadas, enquanto 4,6% estão classificadas como unidades de conservação, dos quais 2,9% correspondem a UCs de proteção integral e 1,7% a UCs de uso sustentável.

A participação de Rabelo na reunião do The Explorers Club ocorreu porque ele foi nomeado, neste ano, como uma das 50 pessoas a fazer a diferença no Planeta. A escolha foi feita por integrantes do The Explorers Club e o presidente do IHP entrou na lista do EC50 2024. Concorreu com mais de 200 pessoas indicadas. Seus apoiadores na nomeação foram Dereck Joubert e Beverly Joubert, exploradores que atuam diretamente pela conservação da vida selvagem e desenvolvimento sustentável em países africanos. O casal convidou, neste mês, o governador Eduardo Riedel (PSDB) para conhecer iniciativas que são realizadas no continente africano.

Além do presidente do IHP, os brasileiros nomeados nesse grupo chamado EC50 deste ano foram a geóloga Fernanda Avelar Santos, o ictiologista Luiz Rocha, o designer naturalista Lvcas Fiat e o paraquedista profissional Luigi Cani. Além dos brasileiros recém-nomeados, personalidades mundiais fazem parte do Clube, como a ex-astronauta e géologa Kathryn Sullivan, veterana de três missões a bordo de ônibus espacial; o geneticista e biólogo nuclear James Dewey Watson, um dos autores do modelo de dupla hélice para estrutura da mólecula de DNA; bem como o explorador que fez parte do primeiro voo solar ao redor do mundo, concluído em 2016, André Borschberg; e Dominique Gonçalves, criadora do Programa de Ecologia de Elefantes no Parque Nacional da Gorongosa, em Moçambique, entre outras pessoas.

Também em Nova Iorque, a diretora-executiva do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, localizado em Corumbá (MS), Márcia Rolon, participou dos eventos abertos do The Explorers Club para divulgar o trabalho de diminuir a vulnerabilidade social de crianças e adolescentes da região de fronteira do Brasil por meio da arte.

 

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