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RIO ANHANDUÍ

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Após morte de peixes, MP abre inquérito para apurar regularidade de esgoto

Ministério Público solicitou que Águas Guariroba esclareça se a morte de peixes tem relação com o sistema de esgotamento sanitário público

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Morte de centenas de peixes no Rio Anhanduí, que teria sido causa por despejo de produto químico ou orgânico na levou o Ministério Público Estadual (MPMS) a instaurar inquérito civil público para apurar a regularidade da coleta, transporte, tratamento e disposição final do serviço de esgotamento sanitário de Campo Grande. Edital do inquérito foi publicado no Diário Oficial do órgão de segunda-feira (9), que já está disponível para consulta.

De acordo com o MPMS, por meio da 42ª Promotoria de Justiça, o órgão recebeu representação informando que o esgotamento sanitário não estaria sendo tratado em sua integralidade e os efluentes sem tratamento estariam sendo despejados nos cursos d'água do Município.

Ministério Público também anexou no inquérito reportagem do Correio do Estado, de novembro deste ano, que relata a mortandade de peixes no Rio Anhanduí, com especialistas apontando como possível causa relacionada o lançamento de esgotos, baixa oxigenação do rio e acúmulo de matéria orgânica.

No inquérito, promotora Andréia Cristina Peres da Silva solicita que a concessionária Águas Guariroba esclareça se há eventual conexão do esgotamento sanitário para lançamento de esgoto bruto em cursos d'água utilizados para aliviar o sistema de esgotamento sanitário ou como vazão alternativa, que podem ser abertas e lançar diretamente no corpo hídrico o esgoto bruto.

Caso existam, MP quer esclarecimento sobre quantas são e onde estão localizadas as tubulações conhecidas como by pass.

Promotoria também quer que a concessionária esclareça se a morte de peixes tem relação com o sistema de esgotamento sanitário público, quais as possíveis causas e mais informações pertinentes.

Por fim, o órgão pede que a Águas Guariroba envie planta que demonstre as conexões de vazão do esgoto sanitário bruto ou tratado, ativas ou desativadas mantidas pela concessionária. Todas as solicitações devem ser respondidas no prazo de 20 dias, a contar do recebimento da notificação.

MORTES

Os peixes mortos começaram a ser percebidos pela população que mora às margens do rio no início da tarde do dia 25 de novembro e, ainda na manhã do dia seguinte, era possível ver os animais mortos no local. 

De acordo com moradores, pessoas sentiram um forte odor vindo do Rio Anhanduí e, ao verificar o que acontecia, os perceberam que a água estava turva e que muitos peixes estavam morrendo.

“Pode ser que naquele ponto o produto tenha reduzido o oxigênio na água e encontrado um cardume, o que causou a mortalidade. Mas, ao longo do rio, o oxigênio consegue ser elevado a nível suficiente para não matar mais peixes”, explicou o tenente-coronel da Polícia Militar Ambiental (PMA), Ednilson Queiroz.

Os peixes mortos eram todos tilápias e, conforme Queiroz, isso pode ser explicado pela fato de a espécie não ser da fauna da região. “Eles têm menor resistência à poluição, muito provável que por isso só eles morreram. Já os nativos, como o cascudo, são mais resistentes”.

Além dos acadêmicos da UCDB, a PMA, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur) e o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) estiveram no local. Os militares fizeram imagens da situação e encaminhariam os registros para o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS).

A professora doutora em Piscicultura Milena Wolf, da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), explica que a avaliação feita apontou que a água estava com níveis baixos de oxigênio, porém, que não eram letais.

O Imasul informou que todos os resultados levantados pelo órgão seriam encaminhados para a Semadur. A pasta por sua vez informou que ainda não tem as informações referentes à análise da água do Rio Anhanduí. 

Greve Geral

Assembleia Geral define se professores da UFMS irão aderir à greve

Com 60% de docentes favoráveis, nesta terça-feira (21) Assembleia Geral irá decidir por meio de votação acerca da paralisação

22/04/2024 17h15

A seção convidou docentes filiados e não filiados ao sindicato, técnicos e estudantes para participar do evento que ocorre a partir das 8h, nas quatro unidades da UFMS Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Assembleia Geral convocada pelo sindicado dos professores (ADUFMS) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), definirá na manhã desta terça-feira (23), os caminhos com relação à greve dos profissionais da categoria.

A seção convidou docentes filiados e não filiados ao sindicato, técnicos e estudantes para participar do evento que ocorre a partir das 8h, nas quatro unidades da UFMS. Cada uma delas terá sua assembleia, levando em consideração pontos específicos conforme a demanda de cada campi. 

Conforme noticiado pelo Correio do Estado no dia 9 de abril, ficou definido pela manutenção do Estado de Greve, isto é, a paralisação dos profissionais da educação pode ocorrer a qualquer momento.

Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), que iniciou a paralisação no dia 15 de abril,  52 universidades, 79 institutos federais (IFs) aderiram ao movimento em todo país.

A presidente da ADUFMS,  a professora  Mariuza Aparecida Camillo Guimarães, explicou que os educadores estão pleiteando pelo reajuste salarial de 22% dividido em três parcelas (2024, 2025 e 2026). 

São cerca de 1.500 docentes na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, fora os aposentados.

"Temos uma carreira que não tem um percentual específico entre uma e outra, mas quando se trata do início de carreira do docente, ou um piso na educação superior isto representaria em torno de R$4.900,00, para um doutor em dedicação exclusiva, ou seja, não pode trabalhar em outro lugar", explicou Mariuza Aparecida.

Servidores técnicos-administrativos

O Ministério da Gestão e da Inovação esteve reunido com lideranças sindicais, na sexta-feira (19), e propôs o reajuste de 9% para os servidores técnicos-administrativos. Em Mato Grosso do Sul são 1.700 integrantes da categoria que estão em greve desde o dia 14 de março. 

A proposta de reajuste indicada foi de 9% para 2025 e 3,5 para 2026, deixando o ano de 2024 fora da rodada de negociações.

Algumas das demandas relacionadas ao plano de reestruturação de carreira foram acolhidas pelos representantes da pasta.

Além disso, ofereceram aumento nos benefícios que incluem:

  • Auxílio Alimentação;
  • Auxílio-creche
  • Auxílio-saúde

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sista-MS), está pleiteando o reajuste de 10,5% referente a 2024, e o mesmo valor referente aos dois anos seguintes. 

IFMS 


Além dos técnicos administrativos e professores da UFMS que representam (60%) favoráveis a adesão da greve, os profissionais do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) e os servidores técnicos da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) aderiram à greve. 

 

Os campi da IFMS paralisados pela greve dos professores e servidores técnicos são:

  • Campo Grande
  • Corumbá
  • Coxim
  • Dourados
  • Jardim
  • Naviraí
  • Nova Andradina
  • Ponta Porã
  • Três Lagoas

"Continuamos com os campus paralisados, ainda mais que o governo deu uma resposta insatisfatória na sexta. Na próxima quinta-feira nós vamos organizar a nossa assembleia. A expectativa, a grande expectativa, é que a contraproposta do governo seja rejeitada. Porque afinal de contas praticamente não atendeu em nada. Principalmente as reivindicações dos técnicos administrativos", explicou presidente do SINASEFE-MS e técnico administrativo Tiago Thomaz de Assis.

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Cidades

Prefeitura autoriza início da instalação de padrões de energia elétrica para comunidade Mandela

Moradoras do Mandela relembram transtornos causados pela falta de energia no local

22/04/2024 16h24

Divulgação: Prefeitura de Campo Grande

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A Prefeitura de Campo Grande autorizou o início da instalação dos primeiros padrões de energia elétrica para os moradores da comunidade Mandela, na área situada no Jardim Talismã. A ação, concretizada com o apoio da concessionária Energisa, proporciona acesso à eletricidade regular para os moradores e também os insere na Tarifa Social, medida que visa aliviar o ônus financeiro das famílias de baixa renda.

“Agora vou ter energia sem medo de queimar minhas coisas. Lá na comunidade os aparelhos queimavam direto devido à instabilidade. Já perdi a conta de quantas TVs dessas de tubo tive que jogar fora, e nem me animava de comprar uma nova com medo de perder também. Chuveiro quente e secador a gente não podia nem pensar em ter porque podia pegar fogo”, disse a auxiliar de serviços gerais, Marlene Salazar de Lima, de 50 anos, que não vê a hora de se mudar para o local.

“Moro sozinha, tenho problemas de saúde e quando preciso meu filho fica comigo. Ter essa casa vai me dar segurança de ter um lar para descansar, é a minha garantia. Antes daqui eu sempre morei de aluguel, sempre tentei conseguir uma casinha. Agora quero reconstruir tudo o que perdi no incêndio”, contou emocionada.

A camareira, Andréia Rolon Argilar, de 46 anos, compartilha uma experiência semelhante. Ela relatou os desafios enfrentados devido à falta de energia, uma ocorrência frequente na comunidade por conta do grande número de pessoas compartilhando da mesma conexão elétrica, o que diariamente resultava na queda de energia.

“Quando começou a me dar muito problema, eu me endividei para comprar fio e fiz uma ligação sozinha para o meu barraco. Às vezes a gente dormia sem luz e era bem ruim sem ventilador por conta dos pernilongos, mas agora com a luz regular em casa será ótimo. Prefiro pagar e ter meus direitos, quando faltar, ter para quem ligar e reclamar, é uma garantia, uma vitória para todo mundo”, disse Andréia.

Andamento das obras

Na área do Jardim Talismã, o processo de fundação já foi concluído, abrangendo escavações, posicionamento de armações de aço e nivelamento das estruturas residenciais.

Até o momento, dez unidades foram totalmente cobertas, enquanto outras 20 encontram-se em estágio avançado de alvenaria, com esquadrias e rebocos já finalizados; as restantes estão em fase de construção do baldrame e contrapiso. Além disso, as portas e janelas já instaladas estão sendo pintadas.

“Estamos muito satisfeitos em ver que as obras seguem a todo vapor, dentro do cronograma estabelecido. Nosso compromisso é garantir que as famílias sejam atendidas dignamente e que tenham a oportunidade de realizar o sonho de todo brasileiro: ter um CEP, uma casa para chamar de sua. Estamos trabalhando incansavelmente para que isso se torne realidade, assegurando que cada família tenha seus direitos reservados e desfrute de um lar seguro e confortável”, afirmou o diretor-presidente da Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (Emha), Claudio Marques.

Relembre

No dia 16 de novembro, um incêndio de grandes proporções destruiu cerca de 80 barracos na Favela do Mandela, fazendo com que 187 famílias perdessem seus lares e itens básicos nas chamas.

Poucos dias após o ocorrido, a Prefeitura garantiu que as famílias seriam realocadas para outras áreas da Capital, são elas:

  • José Tavares - 38 lotes
  • Loteamento Iguatemi I - 38 lotes
  • Loteamento Iguatemi II - 30 lotes
  • Talismã - 32 lotes

Os moradores não poderiam reconstruir as moradias no mesmo local onde é a Comunidade do Mandela por se tratar de uma Área de Proteção Ambiental (APP).

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