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Ano letivo começa sem professores e materiais

Pais contam que em 2019 turmas ficaram o ano todo sem livros

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O ano letivo nas escolas municipais de Campo Grande começou oficialmente no dia 6, mas uma semana se passou e ainda não há professores suficientes em muitas instituições e em outras o que preocupa os pais é a falta de materiais didáticos, que no ano passado não foram entregues em algumas turmas, segundo relatos.

Uma das mães com quem a reportagem conversou disse que na escola em que o filho estuda, a Geraldo Castelo, localizada no Bairro Monte Líbano, no ano passado a turma toda do período vespertino ficou sem material didático por conta da falta de livros para todos os alunos.

“Como não tinha livro para todas, a diretora avisou que faria um sorteio entre os turnos, para ver com quem ficariam os livros. Meu filho estudava à tarde e só os alunos da manhã tiveram material de apoio, as crianças da sala dele estudaram só com o conteúdo que foi passado na lousa pela professora”, relatou Yanara Campos, 33 anos.  

Em 2019, a criança estava no 3° ano do Ensino Fundamental e neste cursa o 4° ano. Segundo ela, em conversa com profissionais da escola, foi informada de que os materiais este ano só devem chegar depois do dia 16 de março, quase 40 dias após o início das aulas. “E disseram também que iriam ver como ia ficar, se ia ter material para todos de novo”.

A informação foi confirmada por outra mãe de aluno que estudou na mesma turma que o filho de Yanara. “Sem livros o ano todo e este ano ainda nada. Sem o material de apoio fica complicado”, contou Andressa Malhada dos Santos, que neste ano decidiu mudar o filho de horário, mas o manteve na instituição.  

O mesmo problema também foi apontado por outras mães com quem a reportagem conversou. Na Escola Padre José Valentim, no Jardim Jóquei Club, uma das mães relatou que no ano passado o material só foi entregue no começo de abril e que neste ano ainda não sabe quando isso ocorrerá.

Outro problema apontado em várias instituições, como na Escola Wilson Taveira Rosalino, no Bairro Aero Rancho, é a falta de professores. Conforme uma mãe que preferiu não se identificar e que tem filho matriculado nessa instituição, as turmas de alguns anos estão tendo aula “dobrada” de algumas disciplinas por conta da falta de profissionais.

Já em outras, o relato é de que turmas inteiras ainda não voltaram para a aula por conta da falta do professor regente. “Uma das turmas está até sem o professor regente, então, eles não estão tendo aula de nenhuma matéria, do 2° ano Fundamental I”, contou Yanara, de acordo com ela, isso ocorre na Escola Geraldo Castelo.

A direção da Escola Geraldo Castelo preferiu não conversar com a reportagem, mas uma das funcionárias informou que, no caso das aulas que ainda estão sem professor, docentes da própria instituição estariam se voluntariando para atender os alunos no contraturno de seus contratos. “Ninguém está sem aula, professores da tarde estão vindo de manhã, e os da manhã, à tarde”.

Já na Escola Nicolau Fragelli, que foi municipalizada este ano, o principal problema também é a falta de docentes. Porém, segundo a dona de casa Taís Barros, 37 anos, que faz parte da Associação de Pais e Mestres (APM), esse problema tem sido resolvido nos últimos dias.

“No primeiro dia, tinha apenas os professores regentes, de Português e Matemática, mas aos poucos os novos professores estão sendo apresentados e a gente espera que até sexta-feira o quadro já esteja completo. Se isso não acontecer, vamos fazer uma reunião da APM para saber o que está acontecendo e como podemos ajudar”, contou.  

O filho dela estuda no terceiro ano do Ensino Fundamental e está na escola há alguns anos. Segundo Taís, como a diretora antiga e uma das professoras permaneceram na escola mesmo após a cedência para a prefeitura, os pais confiam que até semana que vem esses problemas estejam resolvidos.

KIT E UNIFORME  

Em outras instituições, porém, a falta é de uniforme e kit escolar. Na quarta-feira, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) entregou os kits nas escolas Nazira Anache, Maestro João Corrêa, João Cândido e Nérone Maiolino.

Conforme o superintendente de Finanças da Semed, Walter Pereira, a falta de uniformes e kits é pontual, de crianças que não estavam na primeira lista enviada pelas instituições. “Já entregamos em todas as escolas, mas as crianças que se matricularam depois ainda estão sem porque elas não constavam na primeira lista que nos foi enviada. Assim que a escola entra em contato conosco, nós deslocamos uma equipe até ela para resolver essa questão”.

Já no caso das escolas que foram municipalizadas, quatro ao todo, Pereira relata que elas não constavam na lista de envio que a Semed tinha e, por isso, houve demora maior em relação a outras instituições.

Em nota, a Semed respondeu que foi feito um processo seletivo para contratação de professores temporários e que eles estão sendo chamados para assumir os postos de trabalho. “Os professores estão sendo encaminhados para as unidades escolares e assumindo as suas aulas. Ocorre que vários professores efetivos estão começando a entregar atestado médico nas unidades de 40, 50 e até 120 dias, e esses casos se caracterizam como convocação”, afirma resposta da secretaria.

“Ressaltamos que todas as escolas estão sendo atendidas e nenhum aluno está sendo dispensado. Todos estão com professores em suas unidades”, completou.

Quanto ao livro didático, a Semed informou que está sendo feito um remanejamento entre as escolas. “As que têm livro sobrando estão repassando para as que não têm. O FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) vai abrir a reserva técnica em abril de 2020, por isso o remanejamento”.

Já sobre o sorteio de livros didáticos, a secretaria afirmou que “orienta os diretores para que estes só entreguem os livros quando houver para todos”.

Guerra de facções

Dupla é presa por executar jovem de 18 anos por engano em boate de Sonora

De acordo com a polícia, a dupla teria como alvo um jovem de 13 anos, mas acabou executando por engano um jovem de 18 anos em Sonora.

18/04/2024 15h46

Divulgação/ Polícia Civil

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Em meio à guerra entre facções pelo controle do narcotráfico na região norte de Mato Grosso do Sul, dois homens de 25 anos, acusados pela morte de Sabrina Machado, de 18 anos, em uma boate na região central de Sonora, localizada a 361 quilômetros de Campo Grande, foram presos pela Polícia Civil de Rondonópolis (MT) na manhã de hoje (18). 

De acordo com informações policiais, a jovem foi morta por engano. O alvo era um adolescente de 13 anos, pertecente ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e que conseguiu fugir do local após levar um tiro na perna.  

A ação aconteceu em trabalho conjunto com a delegacia de Sonora, Garras (Delegacia Especializada na Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) e Denar (Delegacia Especializada na Repressão ao Narcotráfico), com o apoio da Polícia Civil do Mato Grosso. 

Segundo as investigações, os dois homens, que pertencem ao Comando Vermelho (CV), pretendiam executar um adolescente de 13 anos, membro do Primeiro Comando da Capital (PCC). O adolescente foi atingido na perna, enquanto Sabrina, que trabalhava na boate, foi atingida no tórax e morreu no local.

Durante as investigações, três adolescentes entre 16 e 17 anos foram apreendidos por terem auxiliado os atiradores no crime. Com base em informações sobre o grupo, a polícia chegou até uma dos adolescentes através de câmeras de segurança. Ao ser questionado, o rapaz passou a entrar em contradições em respostas desconexas.

Após negar várias vezes, o garoto finalmente relatou que o alvo era conhecido na região como 'passarinho'.

À polícia, o trio confessou o crime e relatou que recebeu uma ligação de chamada de vídeo, após serem ameaçados, e receberam instruções de como executariam o “passarinho” dentro da boate. 

No dia do crime, o trio se encontrou com os atiradores e tentaram tirar o adolescente de dentro do estabelecimento, quando Sabrina foi morta por engano. 

 

Guerra no controle do narcotráfico entre CV e PCC em Sonora 

A região de Sonora é conhecida nacionalmente como a rota do tráfico de drogas no país. Os entorpecentes, especialmente a cocaína que sai da Bolívia, precisa passar pela região norte de Mato Grosso do Sul. 

Por causa dessa específica rota do narcotráfico, a região acabou virando palco para  embates entre as duas facções criminosas: O PCC (Primeiro Comando da Capital), que historicamente dominam em Mato Grosso do Sul há mais de 25 anos, após a morte do narcotraficante, conhecido como “Rei do Tráfico” Jorge Rafaat, e pelo Comando Vermelho (CV) que já possuía uma subsede no Estado. 

Sabendo do potencial na região norte do Estado, o Comando Vermelho tenta invadir e dominar a área do rival, o que gerou uma guerra entre facções criminosas que vem assustando a população de Sonora.  

No exemplar Laços de sangue: A história secreta do PCC, o autor do livro Márcio Sérgio, relata que o embate entre as facções em Mato Grosso do Sul está longe de acabar, já que a região é especificamente importante para ambas facções criminosas por questão estrutural. 


Guerra entre facções no norte de MS tem colocado as forças de segurança em alerta


A disputa de território entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) na divisa entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul tem causado pânico entre os moradores da tranquila cidade de Sonora, localizada a 387 quilômetros de Campo Grande.

Em março deste ano, a morte de José Augusto Pereira da Silva, de 28 anos, conhecido como 'Da Leste', após uma troca de tiros com agentes da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras), demonstrou que as facções criminosas estão ganhando espaço na região, o que tem gerado alerta entre as forças de segurança dos dois Estados. 

A morte de 'Da Leste' foi o estopim para uma guerra entre organizações criminosas que ocorre desde o início deste ano. Até o momento, foram registradas seis mortes relacionadas ao conflito entre o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o CV (Comando Vermelho), que têm espalhado violência pelo município, que possui uma população de 14.516 habitantes, de acordo com os dados IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no Censo de 2022. 

Conforme apurado pelo Correio do Estado, 'Da Leste' seria o pivô desse conflito de interesses, pois, segundo informações policiais, ele teria saído de uma facção criminosa e ingressado em outra. Seu posicionamento é considerado como traição dentro das facções, e como resultado, ele ameaçava outros membros e os moradores da cidade.

Ainda de acordo com a polícia, “Da Leste” era responsável pelo tráfico de drogas na região.  

 

Tiros e confronto entre facções criminosas a céu aberto 

Cientes dessa disputa territorial, equipes da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras) deslocaram-se até o município no início da semana para reforçar a segurança na região e realizar operações policiais com o objetivo de prender os integrantes das facções criminosas envolvidas no conflito. 

De acordo com informações policiais, na última segunda-feira (25), um motociclista ainda não identificado disparou contra um grupo de homens em um estabelecimento localizado nas Avenidas do Povo e Wilson Barbosa Martins, na região central de Sonora. 

Segundo testemunhas, foram ouvidos pelo menos quatro disparos.

Conforme apurado pelo Portal News, que teve acesso às câmeras de segurança, as imagens mostram o motociclista fazendo uma conversão e estacionando a motocicleta, enquanto atira contra um grupo de homens em frente ao estabelecimento. Ninguém ficou ferido no atentado.

Reprodução/ Portal News 

Morte de ‘Da Leste’ em confronto com Garras 

José Augusto Pereira da Silva, de 28 anos, conhecido como "Da Leste", foi morto em um confronto com o Garras, nesta quinta-feira (28). Segundo informações policiais, a equipe recebeu denúncias sobre uma boca de fumo e foi até o local para averiguar. 

Ao se aproximar de um terreno baldio na Rua do Engenho, no Bairro Vila Nova, a equipe policial foi surpreendida por "Da Leste", que ostentava uma arma de fogo na cintura. 

Quando percebeu a chegada dos policiais, ele correu para os fundos de um imóvel. Iniciou-se uma perseguição e, apesar das equipes policiais darem ordem de parada ao criminoso, ele não obedeceu e entrou em uma residência. Neste momento, "Da Leste" atirou contra os policiais, que revidaram os tiros.  

Encurralado, o suspeito tentou fugir novamente, mas foi atingido e caiu no chão. Ele foi socorrido até o Hospital Municipal, onde veio a óbito minutos depois.

A arma utilizada por 'Da Leste' no tiroteio foi apreendida pela polícia.

José Augusto Pereira da Silva, mais conhecido como "Da Leste", de 29 anos. Foto- Divulgação

Mortes estão ligadas à guerra entre facções em Sonora 

A onda de violência está deixando a população de Sonora apavorada. Em janeiro deste ano, um empresário foi morto por engano quando um atirador tentou matar um funcionário de uma empresa durante uma briga entre facções criminosas.  

O atirador foi preso e confessou, durante o interrogatório, que matou o empresário por engano. Questionado, ele afirmou que foi contratado para executar o funcionário por pertencer a uma facção rival.

No mês de fevereiro deste ano, dois suspeitos de serem membros do Comando Vermelho foram baleados por policiais após serem detidos com armas e munições. 

No começo deste mês, um ataque ocorrido em um ginásio esportivo resultou em mais duas vítimas fatais. 

Segundo informações da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), João Vitor Oliveira, de 21 anos, foi morto devido ao seu envolvimento na guerra entre facções. O professor Jair Ferreira Jara, de 49 anos, que não tinha relação com o conflito, acabou sendo morto por engano. 

Segundo a polícia, duas pessoas invadiram o ginásio poliesportivo e abriram fogo. Os acusados do duplo homicídio foram identificados como João Pablo Kataguiri, de 18 anos, e Wanderson Ferreira Alves, de 26 anos, residentes nos municípios de Rio Verde e São Gabriel do Oeste, respectivamente.

As polícias Civil e Militar, juntamente com unidades especializadas como a Força Tática da PM, Garras, Bope e Choque, iniciaram a busca pelos acusados. Eles foram localizados em uma boate a aproximadamente 100 km de distância do local do crime. 

De acordo com relatos, os alvos eram um terceiro rapaz, que foi atingido mas conseguiu fugir correndo, e João Vitor Oliveira de Souza. Ao ser baleado pelo garupa da motocicleta, Oliveira correu desesperadamente para dentro do ginásio, onde foi perseguido e morto. 

 

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Dengue

Fumacê reforça a batalha contra o Aedes em três bairros: Centenário, Universitário e Vila Carvalho

O serviço de borrifação ultrabaixo volume (UBV), popularmente conhecido como Fumacê, circulará das 16h às 22h

18/04/2024 15h22

Os moradores devem abrir as portas e janelas para melhor eficácia do inseticida. Foto:Pref/CG

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Nesta quinta-feira (18), a estratégia de combate ao mosquito Aedes Aegypti, vetor de doenças como Dengue, Zika e Chikungunya, será intensificada em três bairros da capital de Mato Grosso do Sul: Universitário, Vila Carvalho e Jardim Centenário, das 16h às 22h.

O serviço de borrifação ultrabaixo volume (UBV), popularmente conhecido como Fumacê, será utilizado pela Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV) da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).

O esforço no combate a dengue precisa da colaboração dos moradores que devem abrir portas e janelas para uma melhor eficácia do inseticida. O objetivo é atingir os mosquitos adultos, especialmente as fêmeas transmissoras das doenças.

No entanto, a Sesau esclarece que condições meteorológicas desfavoráveis, como chuva, vento forte ou neblina, podem comprometer a eficiência da aplicação. Nessas circunstâncias, o serviço pode ser adiado ou cancelado.

Confira o itinerário do fumacê:

Conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), os casos de Dengue em Campo grande reduziram 70% em comparação ao mesmo período do ano passado. Mesmo assim, o moquito que também é causador de doenças como Zika e Chykungunia, precisa ser constantemente combatido para o controle de endemias e epidemias.

Cabe destacar que é dentro das residências que estão 80% dos focos de proliferação do mosquito ‘Aedes aegypti’, e por isso as autoridades alertam a população, para que contribuam nas ações de controle e extinção dos criadouros.

Por fim, o Ministério da Saúde divulgou que para combater os focos do mosquito bastam dez minutos da rotina de acordo com a realidade de moradia de cada um.

"Dez minutos é o tempo necessário para garantir que caixas d´água estejam bem fechadas, para jogar areia nos vasos de planta, garantir que os sacos de lixo estejam bem amarrados, conferir calhas, evitar pneus em locais descobertos, não acumular sucatas e entulhos e esvaziar garrafas PET, potes e vasos de maneira correto.".

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