É bastante comum que cães e gatos acompanhem os proprietários nas pequenas viagens de final de semana ou nas férias. Colocar um pet na estrada não é tão difícil quanto se imagina, mas é preciso estar atento a alguns cuidados para preservar a saúde do animal de estimação, além de observar as leis sanitárias. A n imais, como pei xes, aves, roedores e tartarugas somente devem ser transportados em caso de mudanças ou viagens definitivas. Essas espécies se estressam muito durante o transporte em decorrência das mudanças e oscilações de temperatura e mesmo por causa do manejo e da movimentação anormal. Também não é recomendado transportar (qualquer animal) fêmeas prenhes ou idosos principalmente aqueles com diagnóstico de alguma doença cardiorrespiratória ou neurológica. Os cães e gatos estão dispensados da exigência da GTA – Guia de Trânsito Animal, documento que é emitido somente por veterinários credenciados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Hoje para viajar com um pet em território nacional, tanto por via área quanto rodoviária, basta que o proprietário leve a carteira de vacinação atualizada, com destaque para a imunização antirrábica e um atestado sanitário, emitido por um médico veterinário credenciado ao Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV), do Estado de origem do animal. “Este documento garante que o cão ou gato está livre de doenças contagiosas e que pode, portanto, circular”, diz o médico veterinário Marcelo Quinzani. “O ideal é que o proprietário programe com antecedência uma visita ao médico veterinário de sua confiança, que vai checar o estado de saúde geral do animal e emitir o documento”, continua. O atestado tem validade de 10 dias e se a viagem durar mais tempo é preciso que o proprietário vá a um médico veterinário no local da viagem para obter um novo o documento para retornar. A GTA ainda é exigida no transporte de todos os outros animais.
A maneira correta de transportar os cães e gatos depende do meio de locomoção escolhido: No ar Os cães e gatos estão liberados para viagens aéreas, mas é preciso agendar previamente o embarque com o bicho, pois cada companhia tem dias prédefinidos para decolar com animais e existe um número limite de pets por voo. Para poderem ir na cabine de passageiros, junto com seus donos, os pets devem pesar no máximo 15 quilos e estar em malas ou caixas próprias para a viagem. A partir desse peso o animal precisa ser levado no compartimento de bagagens. As companhias aéreas determinam o tamanho da caixa de transporte de acordo com o peso e tamanho do animal. Antes de embarcar são necessários cuidados como: jejum alimentar de no mínimo três horas; deixar o animal urinar e defecar antes de colocá-lo na caixa de transporte; se o animal estiver acostumado, colocar uma roupa para aquecê-lo em consequência do frio do compartimento de carga. O uso de sedativo pode ser uma exigência da companhia, e deve ser avaliado pelo médico veterinário responsável pelo animal. O animal deve portar uma coleira com identificação, assim como a identificação da caixa de transporte. Se a viagem for muito longa é preciso assegurar ainda a oferta de água ao animal durante o trajeto. Na estrada Em ônibus o transporte é bastante limitado sendo permitido somente animais de pequeno porte, desde que estejam em recipiente adequado e sempre acompanhado do proprietário, como bagagem de mão. Vale a pena checar as regras da empresa com antecedência antes da viagem. Durante as paradas aproveite para levar o animal para urinar e defecar. Se o meio de transporte escolhido for o carro, a primeira regra é nunca levar os animais soltos dentro do veículo. Eles devem estar dentro de caixas de transporte ou presos com cinto de segurança especiais para animais. Para cães muito grandes é recomendado o uso de reboques especiais. Em todos os casos os animais devem ser acondicionados com conforto e segurança. A maioria dos animais enjoa durante a viagem e por conta disso não deve ser alimentada pelo menos três horas antes da partida. A oferta de água deve ser constante, mas o volume oferecido deve ser controlado para diminuir a produção de urina e possíveis vômitos. É importante ainda tomar alguns cuidados especiais com a temperatura ambiente. Deve-se dar preferência às horas mais frescas do dia, ou viajar durante a noite, se possível o uso do arcondicionado deve ser constante em todo o trajeto. Os cães não transpiram como o homem, sendo a respiração a única forma de controlar o processo de refrigeração e manutenção da temperatura corpórea ideal. Quando submetidos a calor ambiental intenso ou situações de estresse podem não ter condições de perder calor e entrar no processo que chamamos de hipertermia ou Heat Stroke que pode levar à morte na maioria dos casos. Os cães braquicéfalos (de focinho curto) como os bulldogs, pugs, boxers, shitsu, lhasa apso, boston, entre outros, sofrem mais com isso em razão da anatômica dificuldade de respirar e perder calor.