As empresas de abastecimento de água e o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) emitiram notas de esclarecimento afirmando o que é consumido no Estado tem qualidade. As respostas têm relação com reportagem publicada pelo Portal Uol, apontando que Campo Grande está entre uma das onze cidades com coquetel de agrotóxico na água.
Com base, em dados do Ministério da Saúde, a reportagem apontou que um coquetel que mistura diferentes agrotóxicos foi encontrado na água consumida em 1 a cada 4 cidades do Brasil entre 2014 e 2017. Após esta informação, os deputados estaduais chegaram a solicitar um relatório sobre a qualidade da água em Mato Grosso do Sul.
Antes disso, as empresas de abastecimento de água e tratamento de esgoto, Sanesul e Águas Guariroba, além do Imasul já emitiram notas de esclarecimento sobre o tema.
A Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul, responsável pelo abastecimento em 68 municípios do Estado, alegou que são realizados testes diários para garantir a qualidade da água. Segundo eles, existe um laboratório central para os testes de potabilidade da água e outros regionais e, em nenhum deles, fora detectado qualquer vestígio de contaminação. Lembrando que, existe um valor máximo permitido, com base em portaria do Ministério da Saúde.
Os resultados das análises são disponibilizados no site Sisagua. E foram estes mesmos dados usados como base para a reportagem. “Mas, percebe-se claramente, de forma bastante superficial. O estudo como se sabe é amplo, complexo e exige avaliações mais aprofundadas e criteriosas por parte de todos os envolvidos e interessado”, respondeu a empresa.
Resposta semelhante foi dada pela Águas Guariroba. “O levantamento divulgado em notícias da imprensa, com base em dados do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), interpreta de forma inadequada os dados disponibilizados pelas empresas de saneamento”.
Na publicação, a empresa também ressaltou a realização de testes diários para monitoramento da qualidade da água. “Por dia, a empresa analisa em média 130 amostras”. A empresa disse ainda que vai pedir esclarecimentos sobre a reportagem.
O Imasul também se manifestou sobre o assunto e disse manter “controle rigoroso do licenciamento ambiental e fiscalização da venda, aplicação e armazenamento de produtos agrotóxicos, bem como a necessidade da tríplice lavagem e retorno das embalagens vazias”.
O Instituto reforçou ainda a responsabilidade de “monitorar a qualidade das águas superficiais por meio de 165 pontos de monitoramento, distribuídos 12 sub-bacias hidrográficas contemplando 40 parâmetros físico, químicos e biológicos”. Segundo a assessoria do Imasul “esses dados mostram que as águas dos rios monitorados apresentam boa qualidade”, finalizaram.