O mês de agosto é considerado o mais crítico do ano quando o assunto é queimadas. O período é caracterizado pela baixa umidade do ar, altas temperaturas e aumento nos ventos, fatores que favorecem a ocorrência de focos de incêndio. Além das condições favoráveis, há ainda a falta de conscientização da população, já que a maior parte dos incêndios são provocados por ações humanas.
Segundo dados fornecidos pelo Corpo de Bombeiros de Campo Grande, em 2018 foram combatidos mais de 2300 casos de focos de incêndio na região da capital. Já no período de janeiro a junho deste ano, foram relatadas mais de 1600 ocorrências de queimadas urbanas e rurais na cidade.
De acordo com o tenente-coronel Waldemir Moreira Junior, responsável pelos combates a incêndios do Corpo de Bombeiros do Estado, o número de queimadas e incêndios na região podem ser maiores em agosto do que nos meses anteriores. “Temos equipes extras de prontidão para ajudar a combater incêndios, atuando desde junho. Mas a queimada é um ato cultural, é mais barato colocar fogo para limpar do que retirar o lixo. Muitos se esquecem que é crime atear fogo em terrenos”, afirmou.
Visando a conscientização da população e diminuição dos casos de incêndio, o Comitê Municipal de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais e Urbanos de Campo Grande promove a campanha ‘Agosto Alaranjado’, que se encontra em seu terceiro ano de realização.
Com o tema ‘Onde tem queimada, não tem saúde!’, a campanha enfatiza principalmente os malefícios à saúde. Os problemas respiratórios mais comuns decorrentes das queimadas são: bronquites, asmas, infecções das vias aéreas superiores. De acordo com o comitê, as áreas com maior foco de incêndios são também as que possuem maior número de atendimentos médicos decorrentes de problemas respiratórios.
As atividades da Campanha de conscientização tiveram início ainda nos meses de junho e julho, mas serão intensificadas no mês de agosto. São planejadas ações em escolas e centros de atendimento à população, informes nas contas de energia e água, cursos de combate a incêndios e iluminação alaranjada em monumentos da cidade.
Com multa de até R$5 mil, promover queimadas é considerado crime, mesmo em pequenas proporções, como colocar fogo para limpar folhagens em quintais.