Cidades

CONTROLE BIOLÓGICO

Capital terá Aedes aegypti sem vírus da dengue no meio ambiente

Medida deve reduzir gradativamente população de mosquitos infectados

TAINÁ JARA

30/03/2019 - 15h18
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Campo Grande vai ser uma das primeiras cidades de grande porte do País com Aedes aegypti bloqueado pelo vírus da dengue circulando no ar. No próximo dia 15 de abril,  o projeto será lançado na Capital por pesquisadores da Fiocruz (Instituto Oswaldo Cruz). O anúncio foi feito nesta sexta-feira pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, enquanto participava de evento na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALMS).

Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, e uma terceira cidade, ainda em fase de seleção, também devem receber o mosquito infectado pela bactéria Volbaquia, responsável por bloquear a transmissão do vírus da dengue pelo Aedes aegypti. “Isto consiste em pegar os mosquitos, que são os mosquitos da dengue, vamos dizer, do bem e soltá-los no meio ambiente. Eles vão cruzar com os mosquitos que transmitem [a dengue] e não nascerão mais mosquitinhos”, explicou o ministro. A fêmea infectada repassa a bactéria para os filhotes, que também nascem incapazes de transmitir as doenças.

A bactéria, que não oferece riscos a saúde humana, é natural em pelo menos 70% dos insetos. Entretanto, não ocorre naturalmente no mosquito da dengue. A Volbaquia é inócua, ou seja, vive dentro das células do hospedeiro. Então, quando o inseto morre, ela morre também. 

Conforme o ministro, a estratégia foi testada em moscas de pomar e tiveram sucesso no combate da praga. Com a inserção do mosquito alterado no meio ambiente, a tendência é que o número de insetos contaminados com o vírus da dengue cai gradativamente. “Desta forma, se chegarmos a 50 mil mosquitos, eu não terei mais epidemia”, explicou. .

Os primeiros resultados das alterações foram apresentados pela primeira vez em 2016. Os testes foram feitos em agosto de 2015 em dois bairro do Rio de Janeiro: Ilha do Governador e Jurujuba. Ao serem coletados cinco meses depois, 80% dos mosquitos dos locais estavam infectados. O resultado sugere que o controle se baseia na reprodução natural do inseto.

VACINA

Outra medida de controle da transmissão do vírus é a vacina contra a dengue. A imunização, com blindagem estimada de 86%, está em fase final de testes no Instituto Butantan, em São Paulo. “É uma vacina só, que pega os quatro vírus. Nós não teremos mais epidemia. Teremos apenas casos isolados”, explicou o ministro.

Mandetta ressalta que as pesquisas são parte das ações do Sistema Único de Saúde (SUS). “Sistema que muitas vezes as pessoas acham que não é utilizado para pesquisa”.

O último Boletim Epidemiológico, divulgado no dia 27 de março, pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), registrou 15.924 casos de dengue notificados no Estado, sendo o 3º estado em incidência da doença no País. Desde o início do ano foram cinco mortes: duas no município de Três Lagoas, duas em Campo Grande e uma em Dourados. 

 

Cidades

Brasil fica entre os 10 países mais violentos do mundo em ranking; veja lista

O levantamento lista as 50 nações com os níveis de violência mais severos e classifica a situação como extrema, de alta intensidade ou turbulenta

12/12/2025 21h00

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O Brasil está entre os 10 países mais violentos do mundo, de acordo com o Índice de Conflito da instituição Armed Conflict Location & Event Data (Acled), divulgado nesta quinta-feira, 11

A Acled é uma organização sem fins lucrativos e independente que monitora, avalia e mapeia dados sobre conflitos e protestos. Ela recebe apoio financeiro do Fundo de Análise de Riscos Complexos da Organização das Nações Unidas (ONU).

O ranking analisa a intensidade dos conflitos em todos os países do mundo com base em quatro indicadores: letalidade, perigo para civis, difusão geográfica e número de grupos armados.

Veja a lista:

1 - Palestina

2 - Mianmar

3 - Síria

4 - México

5 - Nigéria

6 - Equador

7 - Brasil

8 - Haiti

9 - Sudão

10 - Paquistão

O levantamento lista as 50 nações com os níveis de violência mais severos e classifica a situação como extrema, de alta intensidade ou turbulenta. Os dados foram colhidos entre 1º de dezembro de 2024 e 28 de novembro de 2025.

O Brasil aparece na sétima posição, com um conflito classificado como extremo - atrás até da Ucrânia, que enfrenta uma guerra contra a Rússia desde 2022. Segundo o índice, nos últimos doze meses, o Brasil registrou 9.903 eventos de violência política - expressão usada pela Acled para definir o uso da força por um grupo com propósito ou motivação política, social, territorial ou ideológica, incluindo violência contra civis e força excessiva contra manifestantes, por exemplo.

Apesar do resultado negativo, o País caiu uma posição em relação ao levantamento do ano passado. A instituição aponta que a violência de gangues foi um dos fatores que alimentou os conflitos no Brasil.

O mesmo motivo se repete no Haiti, no México e, principalmente, no Equador, que subiu 36 posições em apenas um ano, com mais de 50 grupos armados envolvidos ativamente em atos de violência no período, incluindo quase 40 gangues. "Mais da metade dessas gangues estiveram envolvidas nos mais de 2,5 mil ataques contra civis", afirma a Acled.

Praticamente todas as pessoas na Palestina foram expostas à violência, o que fez do território o pior classificado na lista. "A Palestina também apresenta o conflito geograficamente mais difuso, o que significa que a Acled registra altos níveis de violência em quase 70% da [Faixa de] Gaza e da Cisjordânia", disse a organização. Em letalidade, a região só perde para a Ucrânia e o Sudão. Em segundo lugar no ranking geral está Mianmar, seguido por Síria, México e Nigéria.

No geral, os conflitos se mantiveram em níveis estáveis ??nos últimos 12 meses, com 204.605 eventos registrados no período, contra 208.219 eventos no levantamento anterior. "Esses eventos violentos resultaram - em uma estimativa conservadora - em mais de 240 mil mortes", aponta a Acled.

O ranking é feito com base em dados coletados quase em tempo real pela organização, em mais de 240 países e territórios, ao longo dos 12 meses anteriores à análise.

A Acled também listou 10 países e regiões que, segundo suas projeções, enfrentarão conflitos armados, instabilidade política e emergências humanitárias em 2026. Entre eles estão a América Latina e o Caribe, devido à crescente pressão dos Estados Unidos na região, o que pode alimentar uma maior militarização da segurança e da violência no ano que vem.
 

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POLÍCIA

Suspeito de furtar condomínios de luxo é preso em Campo Grande

Ele foi flagrado pelas câmeras de segurança escalando muros e tentando acessar áreas internas de residenciais de alto padrão

12/12/2025 18h15

Divulgação: Polícia Civil

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A Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos (DERF) prendeu, na manhã de quinta-feira (11), um indivíduo responsável por uma sequência de tentativas de furtos em condomínios residenciais de Campo Grande. A ação das autoridades interrompeu a onda de invasões que vinha assustando moradores de diferentes bairros da Capital.

O suspeito, de 20 anos, já possui extenso histórico de práticas de furtos, inclusive qualificadas e em tentativa, além de outras ocorrências criminais registradas ao longo dos últimos anos. Ele foi flagrado pelas câmeras de segurança escalando muros e tentando acessar áreas internas de residenciais de alto padrão.

As imagens, nítidas e detalhadas, captaram o momento em que o suspeito escalava a muralha do residencial, tentando vencer a cerca elétrica e chegando, inclusive, a tomar um choque ao tentar romper a barreira de proteção.

Em outro episódio, o mesmo autor foi flagrado dentro do terreno de uma residência de outro condomínio, fato igualmente tratado como furto qualificado tentado.

Com a identificação e o histórico criminal reiterado, a DERF empreendeu investigações que resultaram na prisão do suspeito nesta quinta-feira, retirando de circulação um dos autores de furtos mais contumazes da região.

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