Cidades

CRIME ORGANIZADO

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Acusado de organizar execução de policial já atirou até em coronel da PM

'Minotauro' ajudou em ataques de 2006 e virou barão do pó em Bauru (SP)

RAFAEL RIBEIRO

24/03/2018 - 15h00
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A polícia paraguaia anunciou na quinta-feira (22) que identificou Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, o ‘Minotauro’, 32 anos, como o responsável por organizar e colocar em prática a execução do investigador da Polícia Civil Wescley Vasconcelos Dias, 37, no último dia 6, em Ponta Porã.

Segundo apuração da polícia do país vizinho, divulgada pela imprensa local, Dias captaneava uma equipe conjunta entre os países de investigações sobre as ações do Primeiro Comando da Capital (PCC) na fronteira do Brasil com Pedro Juan Caballero. Conforme o Portal Correio do Estado revelou, o investigador chegou inclusive a trabalhar infiltrado no Paraguai e virou alvo da facção após realizar o trabalho de interrogar e transportar acusados detidos no vizinho.

No dia do crime, Dias tinha ido inclusive interrogar e recolher dados de seis integrantes da facção que haviam sido detidos pelos paraguaios em um sítio próximo de Pedro Juan Caballero, usado provavelmente para estocar e distribuir drogas.

Minotauro é procurado pela Polícia Civil de São Paulo desde agosto de 2012. Sua entrada no PCC, segundo investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público paulista, ocorreu após tentar matar a tiros um coronel da Polícia Militar daquele estado, em Hortolândia, cidade na região de Campinas, nos idos de 2005. Na época o caso foi registrado como latrocínio (morte em assalto) tentado e Neto foi julgado e condenado à revelia.

Também pudera, agora filiado ao PCC e com senso empresarial, Minotauro foi usado pela cúpula da quadrilha em um posto de confiança, a divisa de São Paulo com Mato Grosso do Sul. 

Em julho de 2006, Minotauro foi preso em uma chácara alugada pela facção em Panorama, às margens do lado paulista do Rio Paraná, junto de outros oito comparsas, sendo duas mulheres. O local era usado como base de operações e foi descoberto após a interceptação de ligações onde Minotauro recebia ordens de lideranças do PCC em presídios de segurança máxima da região para executar agentes penitenciários. 

O episódio ocorreu antes de 'salve geral' ocorrido naquele ano, onde integrantes da facção mataram policiais e explodiram bases e sede das forças de segurança por todo o estado de São Paulo e presídios do País.

RECOMEÇO

Pela excelente atuação como 'soldado', como são chamados os peões da base do PCC, Minotauro foi promovido na hierarquia em 2009, após ser liberado da prisão por formação de quadrilha.

Rodou em diversas cidades do interior paulista como 'torre' (como são chamados os líderes) e o último registro do Gaeco aponta Bauru como sua base de operações, onde também foi o 'disciplina', decidindo filiações, execuções e organizando viagens para visitas e jumbo de pais e mulheres dos presos das cidades da região.

O problema é que Minotauro não era necessariamente discreto. Circulava por Bauru com carro importado, ostentava banquetes em restaurantes da cidade para até 70 pessoas, o que chamou a atenção e obrigou sua fuga, ocorrida por pura sorte. No dia da operação que desarticuliou seu esquema e prendeu comparsas, tinha sido expulso da casa após brigar com a ex-mulher por uma traição.

A polícia paulista acredita que pelo fato do PCC já estar articulando a execução de Jorge Rafaat e o controle total da rota de cocaína, Minotauro foi necesário no país vizinho. Por isso estaria por lá desde 2012, criando raízes.

A execução de Dias, segundo aponta investigação da Polícia Civil de Ponta Porã, teria sido ordenada pelo fato de Minotaurio ter sido descoberto durante a atuação à paisana do imnvestigador.

Encontro Internacional

Conservação no Pantanal vira pauta mundial durante encontro de exploradores em Nova Iorque

Presidente do IHP, Ângelo Rabelo, foi indicado junto com outros brasileiros para tratar temas nacionais nos Estados Unidos

23/04/2024 18h25

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo Divulgação IHP

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O grupo The Explorers Club, que reúne autoridades e pessoas com reconhecimento global que desempenham medidas que envolvem promoção da ciência e da conservação, discutiu em um de seus encontros a situação do Pantanal. O presidente do IHP, sediado em Corumbá (MS), Ângelo Rabelo, participou das reuniões realizadas em Nova Iorque, durante o encontro anual do clube. Ele apontou que é preciso haver atenção mundial com relação à conservação do Pantanal e da riqueza cultural do território.

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo. Os encontros ocorreram entre sexta-feira (19) e domingo (21). Foram realizados diversos encontros e reuniões entre os participantes do clube, bem como ocorreram discussões sobre temas globais a serem trabalhados para promoção da conservação do Planeta.

 

Ângelo Rabelo, que atua em ações de conservação no Pantanal há cerca de 40 anos, pontuou que há diferentes esforços em andamento para prevenir incêndios florestais e promover desenvolvimento sustentável. Na semana passada, os governos de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, junto com o governo federal, assinaram termo de cooperação visando a união de esforços na defesa, proteção e desenvolvimento sustentável do Pantanal. Além disso, um fundo foi criado para financiar ações que ajudam a proteger o bioma, porém até hoje somente o governo de MS fez aporte de recursos (R$ 40 milhões) e o setor pública busca outras linhas de subsídio para essas ações. A promoção do Pantanal para o exterior pode contribuir nesse propósito, como já ocorre com a Amazônia, por exemplo.

“A maior área úmida do mundo, o Pantanal, está no mapa sobre as grandes explorações e os relatos que indicam locais que são desafiadores no Planeta. Por esse caminho cheio de desafios temos, primeiro, os povos originários que ainda habitam o território, como é o caso dos Guatós. Depois vieram as pantaneiras e os pantaneiros, que também seguem no Pantanal sabendo lidar com a ocupação e a conservação. Depois, temos os registros de outros esforços de pessoas que também se dedicam pela conservação desse Patrimônio Natural da Humanidade”, comentou Rabelo.

O bioma Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do Planeta e apesar de ser o menor em extensão territorial no Brasil, abriga 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 espécies de mamíferos, conforme dados do Ministério do Meio Ambiente. Além disso, o Programa de Monitoramento dos Biomas Brasileiros por Satélite – PMDBBS, realizado com imagens de satélite de 2009, mostrou que o Pantanal mantêm 83,07% de sua cobertura vegetal nativa. Mais de 90% do bioma está em propriedades privadas, enquanto 4,6% estão classificadas como unidades de conservação, dos quais 2,9% correspondem a UCs de proteção integral e 1,7% a UCs de uso sustentável.

A participação de Rabelo na reunião do The Explorers Club ocorreu porque ele foi nomeado, neste ano, como uma das 50 pessoas a fazer a diferença no Planeta. A escolha foi feita por integrantes do The Explorers Club e o presidente do IHP entrou na lista do EC50 2024. Concorreu com mais de 200 pessoas indicadas. Seus apoiadores na nomeação foram Dereck Joubert e Beverly Joubert, exploradores que atuam diretamente pela conservação da vida selvagem e desenvolvimento sustentável em países africanos. O casal convidou, neste mês, o governador Eduardo Riedel (PSDB) para conhecer iniciativas que são realizadas no continente africano.

Além do presidente do IHP, os brasileiros nomeados nesse grupo chamado EC50 deste ano foram a geóloga Fernanda Avelar Santos, o ictiologista Luiz Rocha, o designer naturalista Lvcas Fiat e o paraquedista profissional Luigi Cani. Além dos brasileiros recém-nomeados, personalidades mundiais fazem parte do Clube, como a ex-astronauta e géologa Kathryn Sullivan, veterana de três missões a bordo de ônibus espacial; o geneticista e biólogo nuclear James Dewey Watson, um dos autores do modelo de dupla hélice para estrutura da mólecula de DNA; bem como o explorador que fez parte do primeiro voo solar ao redor do mundo, concluído em 2016, André Borschberg; e Dominique Gonçalves, criadora do Programa de Ecologia de Elefantes no Parque Nacional da Gorongosa, em Moçambique, entre outras pessoas.

Também em Nova Iorque, a diretora-executiva do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, localizado em Corumbá (MS), Márcia Rolon, participou dos eventos abertos do The Explorers Club para divulgar o trabalho de diminuir a vulnerabilidade social de crianças e adolescentes da região de fronteira do Brasil por meio da arte.

 

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Cotidiano

Com 300 doses disponíveis, vacinação contra dengue deve acabar nesta semana

Aproximadamente 130 doses estão sendo aplicadas por dia; segundo a expectativa da pasta é que a vacinação se encerre até o final desta semana.

23/04/2024 18h15

Gerson Oliveira/

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As vacinas contra a dengue com prazo de validade até 30 de abril e que estão disponíveis pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) devem ser aplicadas até o final desta semana. A expectativa da pasta é que nenhuma dose deve ser descartada em Campo Grande. 

De acordo com a secretária, cerca de 130 doses estão sendo aplicadas por dia nos postos de saúde da cidade. Por causa disso, a expectativa é que todas as doses que estão perto do vencimento sejam aplicadas até sexta-feira (26).

A baixa procura do imunizante em Mato Grosso do Sul levou o Ministério da Saúde a informar aos municípios para ampliar a idade de vacinação. Segundo a pasta, pediu para todas as cidades priorizar a faixa etária entre 6 e 16 anos, mas com imunização ampliada para pessoas entre 4 e 59 anos. 

A medida foi tomada para reduzir a perda de doses que estão perto do vencimento, cabendo a cada município definir a estratégia de aplicação.  As doses que estão sendo utilizadas vencem no dia 30 de abril. 
 
Segundo a Sesau, em Campo Grande tem cerca de 300 doses estão espalhadas pelos postos de saúde da Capital. 

 

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