Cidades

DECLARAÇÃO

Turismo tem de se internacionalizar,
diz presidente da Embratur

Turismo tem de se internacionalizar,
diz presidente da Embratur

FOLHAPRESS

15/03/2018 - 12h55
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Seguindo o modelo do agronegócio, a internacionalização é o ponto de partida para alavancar o turismo brasileiro, segundo Vinícius Lummertz, presidente da Embratur (Instituto Brasileiro do Turismo), agência que promove o país no exterior. Hoje, o setor representa apenas 3,7% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro.

Para ele, o sucesso do agronegócio foi deixar de ser importador para ser exportador. "A verdadeira revolução se deu na relação com as multinacionais produtoras de sementes e de tecnologia e com mercados compradores fora do país", afirmou, na abertura do seminário Turismo e a Internacionalização do Brasil, realizado pela Folha de S.Paulo, com apoio da Embratur e da CVC, nesta quinta-feira (15), na Pinacoteca do Estado de São Paulo.

"Se nós quisermos entrar na OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico], se quisermos competir, temos de internacionalizar", disse o presidente da Embratur.

Com a facilitação do processo, seria mais fácil comprar equipamentos para parques temáticos, por exemplo. "Pagamos três vezes mais caro para comprar e implementar uma montanha-russa aqui do que nos Estados Unidos", afirmou. "A China montou cinco parques da Disney nos últimos anos, cada um a US$ 5 milhões, e não temos nenhum aqui."

Outra comparação feita por Lummertz foram os parques naturais. Os EUA têm 19% do território coberto por reservas, enquanto o Brasil tem 66%. Mas os números do turismo são inversos: lá, são 330 milhões de visitantes, aqui, 9 milhões.

No caso das marinas não é diferente. "Nós levamos 12 anos para liberar uma marina, por causa da insegurança jurídica em todos os segmentos. Na Flórida, em 90 dias, com três folhas de papel, é possível conseguir a liberação. E 10% do lucro é direcionado para projetos na comunidade. É a lógica do ganha-ganha", afirmou.

INDUSTRIALIZAÇÃO

Outra proposta para retomar o crescimento do turismo no Brasil é a industrialização, na visão de Lummertz. Ele citou a França como um bom exemplo. "Eles têm uma indústria forte porque têm turismo, e têm turismo porque têm uma indústria forte. O turismo vende o perfume, o alimento, o vinho."

No Brasil, segundo ele, quem já coloca a ideia em prática é Gramado (RS). "A cidade vende mobiliário, alimentos, vestuários", afirmou, lembrando que o turismo movimenta 52 setores da cadeia produtiva e é responsável pela garantia de cerca de 10% dos empregos no país, entre diretos e indiretos.

"O setor de turismo e viagens pode fazer muito pela economia brasileira", afirmou, culpando a rigidez e o engessamento das regulações como culpados pelos baixos números.

A Embratur conta com uma única fonte de recursos, o Orçamento da União, que vem sofrendo uma série de cortes e contingenciamentos. Em 2016, o valor não passou de 20% do que era destinado há sete anos, num total de US$ 17 milhões.

Para efeito de comparação, a Argentina investiu no mesmo ano US$ 36 milhões, a Colômbia, cerca de US$ 48 milhões, e o México, mais de US$ 400 milhões, segundo dados da Embratur.

Cidades

Brasil fica entre os 10 países mais violentos do mundo em ranking; veja lista

O levantamento lista as 50 nações com os níveis de violência mais severos e classifica a situação como extrema, de alta intensidade ou turbulenta

12/12/2025 21h00

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O Brasil está entre os 10 países mais violentos do mundo, de acordo com o Índice de Conflito da instituição Armed Conflict Location & Event Data (Acled), divulgado nesta quinta-feira, 11

A Acled é uma organização sem fins lucrativos e independente que monitora, avalia e mapeia dados sobre conflitos e protestos. Ela recebe apoio financeiro do Fundo de Análise de Riscos Complexos da Organização das Nações Unidas (ONU).

O ranking analisa a intensidade dos conflitos em todos os países do mundo com base em quatro indicadores: letalidade, perigo para civis, difusão geográfica e número de grupos armados.

Veja a lista:

1 - Palestina

2 - Mianmar

3 - Síria

4 - México

5 - Nigéria

6 - Equador

7 - Brasil

8 - Haiti

9 - Sudão

10 - Paquistão

O levantamento lista as 50 nações com os níveis de violência mais severos e classifica a situação como extrema, de alta intensidade ou turbulenta. Os dados foram colhidos entre 1º de dezembro de 2024 e 28 de novembro de 2025.

O Brasil aparece na sétima posição, com um conflito classificado como extremo - atrás até da Ucrânia, que enfrenta uma guerra contra a Rússia desde 2022. Segundo o índice, nos últimos doze meses, o Brasil registrou 9.903 eventos de violência política - expressão usada pela Acled para definir o uso da força por um grupo com propósito ou motivação política, social, territorial ou ideológica, incluindo violência contra civis e força excessiva contra manifestantes, por exemplo.

Apesar do resultado negativo, o País caiu uma posição em relação ao levantamento do ano passado. A instituição aponta que a violência de gangues foi um dos fatores que alimentou os conflitos no Brasil.

O mesmo motivo se repete no Haiti, no México e, principalmente, no Equador, que subiu 36 posições em apenas um ano, com mais de 50 grupos armados envolvidos ativamente em atos de violência no período, incluindo quase 40 gangues. "Mais da metade dessas gangues estiveram envolvidas nos mais de 2,5 mil ataques contra civis", afirma a Acled.

Praticamente todas as pessoas na Palestina foram expostas à violência, o que fez do território o pior classificado na lista. "A Palestina também apresenta o conflito geograficamente mais difuso, o que significa que a Acled registra altos níveis de violência em quase 70% da [Faixa de] Gaza e da Cisjordânia", disse a organização. Em letalidade, a região só perde para a Ucrânia e o Sudão. Em segundo lugar no ranking geral está Mianmar, seguido por Síria, México e Nigéria.

No geral, os conflitos se mantiveram em níveis estáveis ??nos últimos 12 meses, com 204.605 eventos registrados no período, contra 208.219 eventos no levantamento anterior. "Esses eventos violentos resultaram - em uma estimativa conservadora - em mais de 240 mil mortes", aponta a Acled.

O ranking é feito com base em dados coletados quase em tempo real pela organização, em mais de 240 países e territórios, ao longo dos 12 meses anteriores à análise.

A Acled também listou 10 países e regiões que, segundo suas projeções, enfrentarão conflitos armados, instabilidade política e emergências humanitárias em 2026. Entre eles estão a América Latina e o Caribe, devido à crescente pressão dos Estados Unidos na região, o que pode alimentar uma maior militarização da segurança e da violência no ano que vem.
 

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POLÍCIA

Suspeito de furtar condomínios de luxo é preso em Campo Grande

Ele foi flagrado pelas câmeras de segurança escalando muros e tentando acessar áreas internas de residenciais de alto padrão

12/12/2025 18h15

Divulgação: Polícia Civil

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A Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos (DERF) prendeu, na manhã de quinta-feira (11), um indivíduo responsável por uma sequência de tentativas de furtos em condomínios residenciais de Campo Grande. A ação das autoridades interrompeu a onda de invasões que vinha assustando moradores de diferentes bairros da Capital.

O suspeito, de 20 anos, já possui extenso histórico de práticas de furtos, inclusive qualificadas e em tentativa, além de outras ocorrências criminais registradas ao longo dos últimos anos. Ele foi flagrado pelas câmeras de segurança escalando muros e tentando acessar áreas internas de residenciais de alto padrão.

As imagens, nítidas e detalhadas, captaram o momento em que o suspeito escalava a muralha do residencial, tentando vencer a cerca elétrica e chegando, inclusive, a tomar um choque ao tentar romper a barreira de proteção.

Em outro episódio, o mesmo autor foi flagrado dentro do terreno de uma residência de outro condomínio, fato igualmente tratado como furto qualificado tentado.

Com a identificação e o histórico criminal reiterado, a DERF empreendeu investigações que resultaram na prisão do suspeito nesta quinta-feira, retirando de circulação um dos autores de furtos mais contumazes da região.

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