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EM ESTADO GRAVE

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Tiro que atingiu bebê na barriga
da mãe saiu de traficantes, diz polícia

Arthur ficou paraplégico e está com coágulo na cabeça

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A Polícia Civil está investigando o caso do bebê que foi atingido por uma bala perdida dentro da barriga da mãe e diz que já tem indícios de que o tiro que atingiu a criança saiu da arma dos traficantes.

“Todos os indícios que nós temos até agora indicam que esse tiro partiu dos traficantes. Serão ouvidos os familiares, a própria vítima, para que ela nos informe o que que ela viu, se ela chegou a ver alguma coisa, e os policiais militares serão reinquiridos sobre a possibilidade de identificação dos autores dos disparos da arma de fogo”, disse a delegada da 59ª DP, Raíssa Celles.

Dois policiais militares do batalhão de Duque de Caxias foram ouvidos. Em depoimento, eles disseram que estavam saindo da Favela do Lixão quando foram atacados, e que não revidaram.

O estado de saúde de Arthur continua gravíssimo. Os médicos constataram que o tiro que atingiu o bebê o deixou paraplégico.Claudinéia dos Santos Melo, que é paraibana, estava grávida de nove meses quando foi atingida por uma bala perdida na sexta-feira (30), no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A criança nasceu após uma cesariana de emergência.

O disparo, que deixou o bebê paraplégico, também arrancou um pedaço da orelha dele e deixou um coágulo na cabeça. A principal preocupação dos médicos, agora, é com a possibilidade de infecções e hemorragias.

Claudinéia estava grávida de 39 semanas e ia ao mercado quando foi atingida na pelve na Favela do Lixão, no Centro de Duque Caxias. Ela foi socorrida para o Hospital Municipal Moacyr do Carmo. Os médicos fizeram uma cesariana de emergência e, durante a cirurgia, descobriram que o bebê também estava ferido.

O tiro atravessou o quadril da mãe e atingiu a criança - perfurou os pulmões e provocou uma lesão na coluna. O bebê passou por duas cirurgias e, depois, foi transferido para o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes.

O pai do bebê passou o fim de semana entre os dois hospitais. “Observei, alisei. Pude mexer um pouquinho com ele”, disse o pai da criança.

'Milagre de Deus'

Segundo o secretário municipal de Saúde, o ginecologista José Carlos Oliveira, o neném estar vivo é um "milagre".

"O Arthur já é um milagre de Deus. Eu estou percebendo que vai acontecer um outro milagre com esse neném. Um neném que está dentro da barriga, tomou um tiro que passou no pulmão, na medula, e esse neném não morreu, já aconteceu um milagre", afirmou ao G1 José Carlos Oliveira, neste domingo (2).

No sábado (1º) à noite, um grupo ateou fogo no contêiner que serve de base para a Polícia Militar, na comunidade do Lixão. Nas redes sociais, circulam gravações de policiais narrando o que estava acontecendo.

“Cheio de pivete aqui fechando a presidente Kennedy aqui na altura do posto Eurogás. Aí, gente, muito, muito, muitos bandidos”, diz um dos áudios.

“Elementos de fuzil aqui próximo ao conjunto aqui de prédios do PAC”, diz outro áudio.

Depois, o grupo queimou um ônibus e fechou a Linha Vermelha. A Polícia foi até o local e liberou o trânsito por volta das 20h30. Alguns motoristas pegaram esse desvio e usaram a contramão para fugir do local.

 

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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