Cidades

CAMPO GRANDE

Testemunha indicada por Sérgio Moro responde por corrupção ativa

Grupo agia desde 2015 e prejuízo chega a R$ 45 mi

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O contador Nilton Aparecido Alves, uma das testemunhas que o ex-juiz e ministro da Justiça Sérgio Moro teria sugerido ao procurador Deltan Dallagnol para tentar incriminar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é réu por corrupção ativa, em processo que tramita na 1ª Vara Criminal de Campo Grande.

Na Capital de Mato Grosso do Sul, ele foi denunciado por cinco promotores do Grupo de Apoio Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) no dia 27 de março deste ano.

Em Curitiba, Moro então juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, conforme a Revista Veja e o The Intercept Brasil, relatou ao procurador ter recebido a informação de que uma pessoa fora instada “a lavrar escrituras de transferências de propriedade de um dos filhos do ex-­presidente (Luiz Inácio Lula da Silva)”. “Seriam dezenas de imóveis”, segundo Moro.

CORRUPÇÃO

Nilton é acusado pelo Gaeco, de pagar propina ao fiscal de renda estadual Moacir Antônio Marchini. O contador, conforme denúncia do Gaeco, é proprietário da N.A. Assessoria Contábil e da SportsEventos Assessoria Esportiva. 

“Nilton disse para Moacir que pretendia vender um tronco pré-fabricado utilizado para passagem de gado em fazendas, mas sua empresa não possuía benefício fiscal para exportar e não queria pagar 17% (dezessete por cento) de ICMS”, alega o Gaeco.

O contador teve conversas via aplicativo What’s App interceptadas pela equipe do Gaeco, e que são usadas como prova na denúncia contra ele, por corrupção ativa, e contra o servidor, por corrupção passiva. 

A organização criminosa foi denunciada pelos promotores Thalys Franklyn de Souza, Gerson Eduardo de Araujo, Marcos Roberto Dietz, Tiago Di Giulio Freire e Suzi Lucia Silvestre da Cruz D’Angelo.

Segundo eles, Nilton, Moacir, e também os outros réus Airton de Araújo (servidor), Adilton Cirico (empresário), Anderson Aparecido Costa Rodrigues (contador) e Edirson José Bezerra (contabilista), fraudaram o fisco de Mato Grosso do Sul em mais de R$ 44 milhões.

“Descobriu-se a existência de complexa organização criminosa, com flagrante divisão de tarefas, estruturada em pelo menos cinco núcleos, quais sejam, CORRETORES AGRÍCOLAS, NOTEIROS, TRANSPORTADORES, PRODUTORES RURAIS e SERVIDORES PÚBLICOS CORRUPTOS, cujo fim consistia na sonegação de tributos incidentes na comercialização e transporte de grãos produzidos em Mato Grosso do Sul, em especial do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços”, alegam os promotores.

LAVA JATO

Depois de ter recebido a sugestão de Sérgio Moro via aplicativo Telegram, Dallagnol, vinte e quatro minutos depois da mensagem, disse que tentou entrar em contato com Nilton, o técnico em contabilidade, mas a testemunha “arriou”, “disse que não tem nada a falar” e, “quando dei uma pressionada”, relata o procurador, “desligou na minha cara”.

Na mensagem publicada inicialmente pelo The Intercept Brasil, logo depois de tentar, sem sucesso, falar com Nilton, Dalla­­gnol diz a Sergio Moro que estava pensando em intimar o técnico em contabilidade, se necessário, “até com base em notícia apócrifa”. Moro concordou em formalizar a intimação, mas não fica claro se ele avalizou a ideia de forjar a origem da denúncia. 

O juiz sugere a Dalla­­gnol que procure o homem que ouviu a história do técnico em contabilidade, e, de novo, passa as coordenadas. Eles chegam a Mário César Neves, dono do Posto Platinão, na BR-163, em Campo Grande. Mário confirmou à revista Veja ter sido procurado por um representante do Ministério Público Federal em dezembro de 2015.

“O pessoal do Ministério Público me ligou, não sei mais o nome da pessoa, mas ela queria saber quem era o Nilton, que serviços ele prestava e como poderia encontrá-­lo”, disse à revista. 

TENTATIVA

O Correio do Estado tentou, nesta tarde, entrar em contato com Nilton Aparecido Alves e também com Márcio César Neves. Nenhum dos dois foram encontrados em suas respectivas empresas em Campo Grande.

No escritório de Nilton, a equipe do Correio do Estado nem sequer foi autorizada a subir no edifício onde a sala dele está localizada. 

Cidades

Brasil fica entre os 10 países mais violentos do mundo em ranking; veja lista

O levantamento lista as 50 nações com os níveis de violência mais severos e classifica a situação como extrema, de alta intensidade ou turbulenta

12/12/2025 21h00

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O Brasil está entre os 10 países mais violentos do mundo, de acordo com o Índice de Conflito da instituição Armed Conflict Location & Event Data (Acled), divulgado nesta quinta-feira, 11

A Acled é uma organização sem fins lucrativos e independente que monitora, avalia e mapeia dados sobre conflitos e protestos. Ela recebe apoio financeiro do Fundo de Análise de Riscos Complexos da Organização das Nações Unidas (ONU).

O ranking analisa a intensidade dos conflitos em todos os países do mundo com base em quatro indicadores: letalidade, perigo para civis, difusão geográfica e número de grupos armados.

Veja a lista:

1 - Palestina

2 - Mianmar

3 - Síria

4 - México

5 - Nigéria

6 - Equador

7 - Brasil

8 - Haiti

9 - Sudão

10 - Paquistão

O levantamento lista as 50 nações com os níveis de violência mais severos e classifica a situação como extrema, de alta intensidade ou turbulenta. Os dados foram colhidos entre 1º de dezembro de 2024 e 28 de novembro de 2025.

O Brasil aparece na sétima posição, com um conflito classificado como extremo - atrás até da Ucrânia, que enfrenta uma guerra contra a Rússia desde 2022. Segundo o índice, nos últimos doze meses, o Brasil registrou 9.903 eventos de violência política - expressão usada pela Acled para definir o uso da força por um grupo com propósito ou motivação política, social, territorial ou ideológica, incluindo violência contra civis e força excessiva contra manifestantes, por exemplo.

Apesar do resultado negativo, o País caiu uma posição em relação ao levantamento do ano passado. A instituição aponta que a violência de gangues foi um dos fatores que alimentou os conflitos no Brasil.

O mesmo motivo se repete no Haiti, no México e, principalmente, no Equador, que subiu 36 posições em apenas um ano, com mais de 50 grupos armados envolvidos ativamente em atos de violência no período, incluindo quase 40 gangues. "Mais da metade dessas gangues estiveram envolvidas nos mais de 2,5 mil ataques contra civis", afirma a Acled.

Praticamente todas as pessoas na Palestina foram expostas à violência, o que fez do território o pior classificado na lista. "A Palestina também apresenta o conflito geograficamente mais difuso, o que significa que a Acled registra altos níveis de violência em quase 70% da [Faixa de] Gaza e da Cisjordânia", disse a organização. Em letalidade, a região só perde para a Ucrânia e o Sudão. Em segundo lugar no ranking geral está Mianmar, seguido por Síria, México e Nigéria.

No geral, os conflitos se mantiveram em níveis estáveis ??nos últimos 12 meses, com 204.605 eventos registrados no período, contra 208.219 eventos no levantamento anterior. "Esses eventos violentos resultaram - em uma estimativa conservadora - em mais de 240 mil mortes", aponta a Acled.

O ranking é feito com base em dados coletados quase em tempo real pela organização, em mais de 240 países e territórios, ao longo dos 12 meses anteriores à análise.

A Acled também listou 10 países e regiões que, segundo suas projeções, enfrentarão conflitos armados, instabilidade política e emergências humanitárias em 2026. Entre eles estão a América Latina e o Caribe, devido à crescente pressão dos Estados Unidos na região, o que pode alimentar uma maior militarização da segurança e da violência no ano que vem.
 

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POLÍCIA

Suspeito de furtar condomínios de luxo é preso em Campo Grande

Ele foi flagrado pelas câmeras de segurança escalando muros e tentando acessar áreas internas de residenciais de alto padrão

12/12/2025 18h15

Divulgação: Polícia Civil

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A Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos (DERF) prendeu, na manhã de quinta-feira (11), um indivíduo responsável por uma sequência de tentativas de furtos em condomínios residenciais de Campo Grande. A ação das autoridades interrompeu a onda de invasões que vinha assustando moradores de diferentes bairros da Capital.

O suspeito, de 20 anos, já possui extenso histórico de práticas de furtos, inclusive qualificadas e em tentativa, além de outras ocorrências criminais registradas ao longo dos últimos anos. Ele foi flagrado pelas câmeras de segurança escalando muros e tentando acessar áreas internas de residenciais de alto padrão.

As imagens, nítidas e detalhadas, captaram o momento em que o suspeito escalava a muralha do residencial, tentando vencer a cerca elétrica e chegando, inclusive, a tomar um choque ao tentar romper a barreira de proteção.

Em outro episódio, o mesmo autor foi flagrado dentro do terreno de uma residência de outro condomínio, fato igualmente tratado como furto qualificado tentado.

Com a identificação e o histórico criminal reiterado, a DERF empreendeu investigações que resultaram na prisão do suspeito nesta quinta-feira, retirando de circulação um dos autores de furtos mais contumazes da região.

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