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Secretário defende manutenção de programas da Agricultura

Secretário defende manutenção de programas da Agricultura

AGÊNCIA BRASIL

19/11/2018 - 22h00
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A equipe do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apresenta hoje à ministra indicada para a pasta, a deputada Tereza Cristina (DEM-MS), um conjunto de programas desenvolvidos no órgão com vistas a garantir a continuidade das iniciativas. Dois outros encontros já ocorreram entre a futura ministra e os gestores do ministério.

O foco da apresentação será a proposta sobre uma nova forma de inspeção de carnes, elaborada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), utilizando escâneres e sistemas de inteligência artificial para identificar eventuais problemas e doenças. Hoje o trabalho é feito por fiscais. Segundo o secretário-executivo do ministério, Eumar Novacki, Tereza Cristina sinalizou interesse na iniciativa.

O processo de fiscalização de qualidade foi colocado em questão durante a Operação Carne Fraca, investigação da Polícia Federal que identificou fraudes em certificados de qualidade para que carnes abaixo das exigências pudessem ser comercializadas. A operação teve fases deflagradas entre março de 2017 e maio deste ano, tendo como principal alvo a BRF.

O secretário-executivo, que fez um balanço do andamento da transição a jornalistas hoje (19) em Brasília, comentou que outros programas foram apresentados à nova ministra. Foram listadas outras medidas dentro do Plano Agro Mais Integridade para combater a corrupção na esteira da Carne Fraca. Uma delas foi o rodízio de fiscais, para evitar que um determinado servidor fique muito tempo em um mesmo frigorífico, o que aumenta a chance de fraudes.

Outra que ainda pode sair neste ano é a criação de uma regra para que auxiliares de fiscalização contratados pelas empresas sejam credenciados e indicados pelo ministério. De acordo com o gestor, o governo federal discutiu o assunto e optou por uma solução que não dependesse de aprovação de lei, com um fundo no qual a empresa paga pela hora de trabalho do profissional e o Mapa definirá quem será designado para apoio aos fiscais do próprio ministério. Este mecanismo quer evitar que profissionais de fiscalização sejam indicados pelas próprias empresas, forma que abre espaço para favorecimentos e irregularidades.

Novacki também citou um novo sistema de controle das multas aplicadas de modo a fiscalizar eventuais alterações de valores. O novo mecanismo, acrescentou o secretário-executivo, já permitiu descobrir irregularidades na modificação de infrações por servidores, o que motivou processos internos de apuração.

Desburocratização

Outro projeto do ministério cuja continuidade foi defendida foi o Plano Agro Mais, voltado a diminuir procedimentos e burocracias na atividade agropecuária a partir de problemas identificados junto a entidades representativas do produtores. Segundo cálculos da equipe do ministério, teriam sido resolvidos 1.100 problemas, com projeção de economia para as empresas de cerca de R$ 2 bilhões.

“Eu disse para a nova ministra que este plano não tem nada de extraordinário, apenas abrimos canal transparente com as entidades que representam o setor produtivo e peguntamos onde o estado atrapalha e quais as soluções que nos sugerem. Recebemos demandas e fizemos enfrentamentos”, relatou.

Estrutura

Eumar Novacki endossou a ideia de agregar ao ministério outras estruturas como as responsáveis pela Agricultura Familiar e pela Pesca e Aquicultura, hoje duas secretarias vinculadas ao Palácio do Planalto. Ele citou que há conversas sobre incorporar também o Instituto Brasileiro de Colonização e Reforma Agrária (Incra), mas disse que não recebeu informação se já há definição neste sentido.

Ele, contudo, se posicionou contrário à junção da pasta com o Ministério do Meio Ambiente. “Maior ativo que temos é o Meio Ambiente. [A junção] Poderia ser interpretada como retrocesso. Como o mercado é muito disputado, seria um risco para o país em que estamos resgatando a credibilidade do setor agropecuário”, argumentou, em referência às retaliações relativas à Operação Carne Fraca.

Logística

Novacki relatou que está em elaboração para ser apresentado à ministra indicada um “plano de macrologística” preparado pela Embrapa. O estudo consistiu no mapeamento das malhas hidroviária, ferroviária e rodoviária do país e na indicação de quais rotas seriam menos custosas e mais eficientes para cada atividade agropecuária visando a exportação pelos portos brasileiros.

O plano, acrescentou, traz quais novas obras seriam necessárias, onde poderiam ser realizadas por meio de parceria público-privada e quanto demandaria de investimento de governos. Também foram projetados os impactos das rotas e a quantidade de produção transportada.  A proposta será apresentada em dezembro ao governo de transição.

Reparos

Prefeitura irá notificar morador que modificou via para fugir dos buracos em bairro de Campo Grande

Secretaria Municipal, responsável por veículos que atolaram em rua "problemática" do Jardim Itatiaia, responsabiliza morador que fez a instalação de paralelepidepos por buraco onde mais de dez carros atolaram

17/04/2024 17h30

Para o morador Roberto Pinheiro que resgatou mais de dez veículos entre segunda e terça-feira a via com os parelelepípedos, na rua dos Estudantes era o único caminho transitável para que ele pudesse voltar para casa Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Após um morador cansado de esperar pelo asfalto instalar paralelepípedos para evitar buracos na rua dos Estudantes, no Jardim Itatiaia, a Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), informou que irá notificar o munícipe.

A informação foi dada durante atualização da Prefeitura, na noite de terça-feira (16) no balanço de ações emergenciais de pontos críticos que foram afetados pela chuva. 

A rua dos Estudantes tem cruzamento com a Rua Conde de São Joaquim, onde desde o início da semana, em decorrência da chuva acima da média, mais de dez veículos atolaram, incluindo o caminhão e o trator da Sisep que estiveram no local no início da tarde para jogar cascalho na via

 "Outra via que a Sisep atuou foi na Rua Conde de São Joaquim, no Bairro Tiradentes, próximo à Avenida Três Barras. No local foi executado reparo emergencial para o fechamento da vala aberta pela enxurrada. Foi constatado que o problema nessa via foi provocado também por uma obra irregular executada por morador do bairro, que sem autorização colocou paralepípedos em um trecho da rua. O morador será notificado para retirar o material e depois a Sisep realizará serviços para melhorar as condições das vias locais", informou a Prefeitura.
 

 

 

 

Outro trator foi enviado até o local para "resgatar" os veículos da Sisep e finalmente o buraco na rua Conde de São Joaquim recebeu o cascalho, conforme relatou o morador Roberto Pinheiro dos Santos, de 34 anos, que relatou ao Correio do Estado que o local passou por vistoria de um engenheiro da Águas Guariroba. 

"Veio o rapaz da Águas, Guariroba, que também é engenheiro, aí disse que o secretário da Prefeitura está culpando ele da rede de esgoto que foi passada aqui, que foi uma má compactação dele, que ocasionou a abrir essa vala na rua", disse Roberto.

Com relação aos paralelepípedos na rua dos Estudantes, Roberto apontou que era o único caminho viável para chegar até sua residência quando o buraco abriu próximo à Avenida Três Barras.

"Se não fosse aqueles paralelepípedos, era meio impossível eu entrar em casa. Ter acesso àquela rua de casa, porque ali segurou muito o barro e os buracos, né? Você viu o fluxo de água tamanho que era. Então acho que ia ser mais improvável eu chegar em casa do que se não tivesse o paralelepípedo. O cara fez um benefício e está levando culpa aí, né? Aí a prefeitura quer achar um culpado, né?"

 

 

 

 

A reportagem entrou em contato com a Águas Guariroba, que informou que realizou a ligação da rede de esgoto em 2023 e implementou a rede na parte mais alta da via, justamente para evitar os pontos de erosões que são formados em decorrência da chuva. Veja a nota na íntegra:

"Águas Guariroba informa que as obras para implantação da rede de esgoto na Rua Conde de São Joaquim foram realizadas em março de 2023, portanto, há mais de um ano. Na época, a rede foi implantada na parte mais alta da via, sentido Avenida Três Barras, lado oposto ao da erosão. Após a implantação da rede, o solo foi recomposto e compacto, conforme normas da ABNT e, até o momento, não apresentou problemas. A concessionária reforça que o ponto da via que está apresentando erosões é o oposto de onde a rede de esgoto foi instalada e pondera como possível causa para a erosão o percurso da água da chuva, já que a via não possui rede de drenagem".

A Sisep respondeu por meio de assessoria que o trabalho emergencial na via foi feito durante a tarde da terça-feira (16) e sem mencionar prazo ressaltou que a administração municipal tem previsão de pavimentar as ruas do Jardim Itatiaia. Veja a nota na íntegra:

"Assim que a chuva deu uma pequena trégua na tarde desta terça-feira (16) a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) fez o trabalho emergencial para o controle da valeta aberta pela enxurrada na Rua Conde de São Joaquim. A administração municipal tem previsão de pavimentar vias no Jardim Itatiaia e aquelas que não forem asfaltadas nesta fase receberam cascalhamento. Assim que começar o período de estiagem serão intensificados os trabalhos de manutenção das vias sem asfalto".

Chuva acima da média

Nos últimos quatro dias, Campo Grande registrou a quantidade de chuva esperada para todo o mês de abril, com 89,4 mm observados pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (CEMTEC). Desde o dia 1º, a estação meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) já notificou 130,8 mm, número 46,3% superior à média histórica.

 

** Colaborou Alanis Netto

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Cidades

Imasul convoca proprietários de imóveis no Pantanal com processos em andamento para adequação à lei

Proprietários que não fizerem os ajustes terão processo de licenciamento extinto

17/04/2024 16h30

SOS Pantanal/Divulgação

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O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) reforça a convocação de todos os proprietários de imóveis localizados na Área de Uso Restrito do Pantanal (AUR-Pantanal) e que possuam processos de licenciamento ambiental em tramitação, para procederem aos ajustes determinados pela Lei do Pantanal nos referidos Cadastros Ambientais Rurais (CAR), no prazo de 180 dias.

Esse prazo está valendo desde a publicação do Edital de Convocação no Diário Oficial do Estado (página 83), que aconteceu no dia 9 de abril.

"Se o proprietário não fizer os ajustes necessários no CAR, o processo de licenciamento é automaticamente extinto", explicou o diretor presidente do Imasul, André Borges.

Os proprietários ou seus representantes devem acessar o sistema do Imasul e carregar as informações necessárias, exigidas pela Lei do Pantanal, para só então seus processos de licenciamento terem seguimento junto ao órgão ambiental.

Essa providência é necessária porque, conforme esclareceu Borges, a Lei do Pantanal (Lei 6.160 de 18 de dezembro de 2023) descreve uma série de novos pontos sensíveis na paisagem pantaneira como os capões, cordinheiras, landis; também as salinas, as veredas e os meandros abandonados (espécies de ilhas por onde passavam rios e que, com a mudança de curso, ficaram cercadas por água).

Todas essas formações geográficas passam a ser protegidas, inclusive em seu entorno, e precisam ser identificadas no Cadastro Ambiental Rural das propriedades.

Anexo ao Edital de Notificação foi publicada a lista de 158 processos de licenciamento ambiental em andamento no Imasul, que são afetados pela medida.

Além desses nomes, os  requerentes com propriedades no Pantanal que têm processo em tramitação e não constam na listagem, devem protocolar requerimento no Imasul solicitando a abertura do sistema para proceder aos ajustes necessários nos respectivos Cadastros Ambientais Rurais.

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