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Polícia vê 'plano de marketing'
em misterioso sumiço no Acre

Polícia vê 'plano de marketing'
em misterioso sumiço no Acre

FOLHAPRESS

31/05/2017 - 18h42
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A Polícia Civil do Acre apreendeu nesta quarta-feira (31) contratos feitos entre Bruno Borges, jovem desaparecido desde o fim de março, e seus amigos prevendo a distribuição de lucros pela venda dos 14 livros que o estudante de psicologia deixou criptografados.

Os documentos foram encontrados na casa de um dos amigos, Marcelo Ferreira, 25, que chegou a ser detido, mas deve ser liberado ainda nesta quarta. Ele e Márcio Gaiote responderão a inquérito por falso testemunho segundo o delegado Alcino Júnior, responsável pelo caso.

Na casa de Gaiote, que vive atualmente na Bahia, a polícia encontrou há cerca de dez dias a cama e um móvel do quarto de Bruno. Antes de sumir, o jovem se desfez da mobília e ornamentou o quarto com inscrições e uma estátua do filósofo italiano Giordano Bruno.

Os amigos de Bruno, segundo a investigação, o auxiliaram no seu plano e não contaram tudo o que sabiam à polícia.

"Os dois estavam seguindo o plano de divulgação para a mídia dessas obras", disse Júnior à reportagem.

O contrato com Marcelo prevê que o amigo receba 15% do "faturamento bruto do Projeto Enzo e das 14 literaturas iniciais que farão parte do lançamento do projeto".

O pagamento seria feito todo dia 10 de cada mês. Para Márcio, seriam destinados 5%. O primo de Bruno, Eduardo Borges, que lhe emprestou R$ 20 mil para a empreitada, ficaria com outros 15%.

O contrato foi redigido no dia 10 de março e teve a firma reconhecida por Bruno no dia 27 daquele mês, data em que desapareceu. Um das cláusulas afirma que "o evento será inaugurado e lançado até o final do mês de abril de 2017".

"Todo o lançamento do projeto será feito pelo autor e da maneira que julgar necessária", diz ainda o documento, que proíbe rescisão.

O delegado afirma que, com a nova apreensão, ficou claro que não há crime por trás do sumiço do rapaz. "A ideia era esclarecer se tinha ou não um crime relacionado a esse desaparecimento. Hoje a gente põe uma pá de cal em cima disso. A localização dele agora é bastante secundária, até porque não é crime querer desaparecer. A gente tem interesse em achá-lo, mas não é uma prioridade."

"Esse desaparecimento tinha fortes indícios de que tinha o objetivo mesmo de um plano de marketing", completou Júnior.

O delegado afirmou ainda que a polícia não tem mais obrigação de localizar Bruno, mas vai continuar a busca para esclarecer detalhes do caso.

Na casa de Marcelo, a polícia também encontrou maconha e, por isso, o jovem ficou detido na delegacia.

FAMILIARES CONTESTAM

Nas redes sociais, familiares de Bruno rechaçaram a conclusão de que o desaparecimento foi uma jogada de marketing e afirmaram que o lançamento do primeiro livro ocorrerá em breve.

"Desde o desaparecimento soubemos do contrato, e isso nunca nos disse muita coisa a respeito. Até porque, para que os planos do Bruno deem certo, ele precisa de dinheiro. Afinal, não dá pra construir hospitais e ajudar quem precisa só com amor no coração. Então nem comecem com nhenhenhe!! Qual o problema ele fazer um contrato para ajudar amigos que o ajudaram?", escreveu Gabriela, irmã do jovem.

"Me tranquei no quarto sem comer, sem dormir e sem falar para que eu pudesse assimilar bem o conteúdo destes livros e saber onde Bruno Borges queria chegar ou o que ele queria nos passar. Então eu digo com respeito a todos que os livros não são uma jogada de marketing", afirmou a mãe dele, Denise Borges.

Greve Geral

Assembleia Geral define se professores da UFMS irão aderir à greve

Com 60% de docentes favoráveis, nesta terça-feira (21) Assembleia Geral irá decidir por meio de votação acerca da paralisação

22/04/2024 17h15

A seção convidou docentes filiados e não filiados ao sindicato, técnicos e estudantes para participar do evento que ocorre a partir das 8h, nas quatro unidades da UFMS Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Assembleia Geral convocada pelo sindicado dos professores (ADUFMS) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), definirá na manhã desta terça-feira (23), os caminhos com relação à greve dos profissionais da categoria.

A seção convidou docentes filiados e não filiados ao sindicato, técnicos e estudantes para participar do evento que ocorre a partir das 8h, nas quatro unidades da UFMS. Cada uma delas terá sua assembleia, levando em consideração pontos específicos conforme a demanda de cada campi. 

Conforme noticiado pelo Correio do Estado no dia 9 de abril, ficou definido pela manutenção do Estado de Greve, isto é, a paralisação dos profissionais da educação pode ocorrer a qualquer momento.

Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), que iniciou a paralisação no dia 15 de abril,  52 universidades, 79 institutos federais (IFs) aderiram ao movimento em todo país.

A presidente da ADUFMS,  a professora  Mariuza Aparecida Camillo Guimarães, explicou que os educadores estão pleiteando pelo reajuste salarial de 22% dividido em três parcelas (2024, 2025 e 2026). 

São cerca de 1.500 docentes na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, fora os aposentados.

"Temos uma carreira que não tem um percentual específico entre uma e outra, mas quando se trata do início de carreira do docente, ou um piso na educação superior isto representaria em torno de R$4.900,00, para um doutor em dedicação exclusiva, ou seja, não pode trabalhar em outro lugar", explicou Mariuza Aparecida.

Servidores técnicos-administrativos

O Ministério da Gestão e da Inovação esteve reunido com lideranças sindicais, na sexta-feira (19), e propôs o reajuste de 9% para os servidores técnicos-administrativos. Em Mato Grosso do Sul são 1.700 integrantes da categoria que estão em greve desde o dia 14 de março. 

A proposta de reajuste indicada foi de 9% para 2025 e 3,5 para 2026, deixando o ano de 2024 fora da rodada de negociações.

Algumas das demandas relacionadas ao plano de reestruturação de carreira foram acolhidas pelos representantes da pasta.

Além disso, ofereceram aumento nos benefícios que incluem:

  • Auxílio Alimentação;
  • Auxílio-creche
  • Auxílio-saúde

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sista-MS), está pleiteando o reajuste de 10,5% referente a 2024, e o mesmo valor referente aos dois anos seguintes. 

IFMS 


Além dos técnicos administrativos e professores da UFMS que representam (60%) favoráveis a adesão da greve, os profissionais do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) e os servidores técnicos da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) aderiram à greve. 

 

Os campi da IFMS paralisados pela greve dos professores e servidores técnicos são:

  • Campo Grande
  • Corumbá
  • Coxim
  • Dourados
  • Jardim
  • Naviraí
  • Nova Andradina
  • Ponta Porã
  • Três Lagoas

"Continuamos com os campus paralisados, ainda mais que o governo deu uma resposta insatisfatória na sexta. Na próxima quinta-feira nós vamos organizar a nossa assembleia. A expectativa, a grande expectativa, é que a contraproposta do governo seja rejeitada. Porque afinal de contas praticamente não atendeu em nada. Principalmente as reivindicações dos técnicos administrativos", explicou presidente do SINASEFE-MS e técnico administrativo Tiago Thomaz de Assis.

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Cidades

Prefeitura autoriza início da instalação de padrões de energia elétrica para comunidade Mandela

Moradoras do Mandela relembram transtornos causados pela falta de energia no local

22/04/2024 16h24

Divulgação: Prefeitura de Campo Grande

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A Prefeitura de Campo Grande autorizou o início da instalação dos primeiros padrões de energia elétrica para os moradores da comunidade Mandela, na área situada no Jardim Talismã. A ação, concretizada com o apoio da concessionária Energisa, proporciona acesso à eletricidade regular para os moradores e também os insere na Tarifa Social, medida que visa aliviar o ônus financeiro das famílias de baixa renda.

“Agora vou ter energia sem medo de queimar minhas coisas. Lá na comunidade os aparelhos queimavam direto devido à instabilidade. Já perdi a conta de quantas TVs dessas de tubo tive que jogar fora, e nem me animava de comprar uma nova com medo de perder também. Chuveiro quente e secador a gente não podia nem pensar em ter porque podia pegar fogo”, disse a auxiliar de serviços gerais, Marlene Salazar de Lima, de 50 anos, que não vê a hora de se mudar para o local.

“Moro sozinha, tenho problemas de saúde e quando preciso meu filho fica comigo. Ter essa casa vai me dar segurança de ter um lar para descansar, é a minha garantia. Antes daqui eu sempre morei de aluguel, sempre tentei conseguir uma casinha. Agora quero reconstruir tudo o que perdi no incêndio”, contou emocionada.

A camareira, Andréia Rolon Argilar, de 46 anos, compartilha uma experiência semelhante. Ela relatou os desafios enfrentados devido à falta de energia, uma ocorrência frequente na comunidade por conta do grande número de pessoas compartilhando da mesma conexão elétrica, o que diariamente resultava na queda de energia.

“Quando começou a me dar muito problema, eu me endividei para comprar fio e fiz uma ligação sozinha para o meu barraco. Às vezes a gente dormia sem luz e era bem ruim sem ventilador por conta dos pernilongos, mas agora com a luz regular em casa será ótimo. Prefiro pagar e ter meus direitos, quando faltar, ter para quem ligar e reclamar, é uma garantia, uma vitória para todo mundo”, disse Andréia.

Andamento das obras

Na área do Jardim Talismã, o processo de fundação já foi concluído, abrangendo escavações, posicionamento de armações de aço e nivelamento das estruturas residenciais.

Até o momento, dez unidades foram totalmente cobertas, enquanto outras 20 encontram-se em estágio avançado de alvenaria, com esquadrias e rebocos já finalizados; as restantes estão em fase de construção do baldrame e contrapiso. Além disso, as portas e janelas já instaladas estão sendo pintadas.

“Estamos muito satisfeitos em ver que as obras seguem a todo vapor, dentro do cronograma estabelecido. Nosso compromisso é garantir que as famílias sejam atendidas dignamente e que tenham a oportunidade de realizar o sonho de todo brasileiro: ter um CEP, uma casa para chamar de sua. Estamos trabalhando incansavelmente para que isso se torne realidade, assegurando que cada família tenha seus direitos reservados e desfrute de um lar seguro e confortável”, afirmou o diretor-presidente da Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (Emha), Claudio Marques.

Relembre

No dia 16 de novembro, um incêndio de grandes proporções destruiu cerca de 80 barracos na Favela do Mandela, fazendo com que 187 famílias perdessem seus lares e itens básicos nas chamas.

Poucos dias após o ocorrido, a Prefeitura garantiu que as famílias seriam realocadas para outras áreas da Capital, são elas:

  • José Tavares - 38 lotes
  • Loteamento Iguatemi I - 38 lotes
  • Loteamento Iguatemi II - 30 lotes
  • Talismã - 32 lotes

Os moradores não poderiam reconstruir as moradias no mesmo local onde é a Comunidade do Mandela por se tratar de uma Área de Proteção Ambiental (APP).

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