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Novo código permite que médicos entreguem prontuário de paciente à Justiça

Novo código permite que médicos entreguem prontuário de paciente à Justiça

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Mesmo sem consentimento do paciente, o médico poderá entregar à Justiça registros de medicamentos usados, resultados de exames e diagnósticos de eventuais problemas de saúde.

A permissão prevista na nova versão do Código de Ética Médica, que entra em vigor no próximo dia 30, põe fim a um impasse vivido pela classe profissional há alguns anos, quando decisões judiciais começaram a determinar a obrigação do profissional de expor o histórico de atendimento, em desacordo com a vontade do cliente. "Havia um impedimento ético da entrega dos documentos. Agora isso pode ser feito, mas apenas para a Justiça e em casos específicos", conta o corregedor do Conselho Federal de Medicina, José Vinagre. O prontuário também pode ser entregue à Justiça quando o documento for essencial para a defesa do médico, ressaltou o corregedor.

O novo Código substitui o atual, que está em vigência desde 2009 Para Vinagre, as mudanças são pontuais, apenas com atualizações de regras anteriores. Temas polêmicos, como a telemedicina, o uso de mídias sociais por médicos serão tratados por resoluções específicas. Foi o caminho usado, afirmou o corregedor, para garantir a agilidade e evitar que o texto do código ficasse obsoleto num curto espaço de tempo. "Todos os tópicos que envolvem tecnologia, técnicas que rapidamente são substituídas por outras mais modernas serão tratadas por resoluções." 

Apenas alterações consolidadas serão mais tarde incorporadas em uma futura alteração do Código de Ética. O sigilo do paciente é apontado como um dos pilares do código. O prontuário deve ser legível para o paciente, conter dados clínicos que permitam fazer uma reconstituição de todo o histórico do atendimento. Caso o paciente seja voluntário em uma pesquisa, para avaliar medicamentos ou outras terapias, o prontuário poderá ser entregue. Mas, desta vez, apenas se houver o consentimento do cliente. 

O texto do código traz algumas novidades na área da pesquisa. A nova versão permite que voluntários sejam submetidos a terapias conhecidas como "placebos de mascaramento". Esse recurso é usado para testar novas drogas e para que pesquisadores não saibam qual o grupo está sendo submetido ao uso do produto a ser testado e qual grupo está usando medicamentos já conhecidos da ciência. A versão atual do código não permite o uso desses placebos. "Isso acaba se transformando num empecilho para os estudos. O que continua proibido é o uso de placebo isolado, a combinação de substâncias que sabidamente não têm efeito terapêutico", contou.

O novo texto também traz normas de proteção para voluntários de pesquisa considerados como vulneráveis, como crianças, adolescentes ou com alguma doença mental. Nesses casos, a participação de estudos somente será permitida com o consentimento do representante legal e, além disso, o assentimento do próprio voluntário, na medida da sua compreensão Também não é permitida a participação de voluntários, sejam eles direta ou indiretamente dependentes ou subordinados ao pesquisador. 

Feito a partir da análise de 1.434 propostas de alteração e de debates ao longo de 2016 e conferências em 2017 e 2018, o novo texto do código preservou pontos contidos no texto atual, como a necessidade de se respeitar a vontade do paciente e de seu representante legal e o respeito à dignidade do paciente terminal. E, nos casos de situações clínicas irreversíveis, a recomendação é de que o médico evite a realização de diagnósticos ou terapias desnecessários, que apenas prolonguem o sofrimento. A ideia é de que, nesses casos, o profissional ofereça cuidados paliativos, para reduzir a dor ou mal estar. O médico também está desobrigado a prestar serviços que contrariem sua consciência. É a chamada "objeção de consciência". 

No Brasil tal prática é usada, por exemplo, entre médicos que trabalham em serviços que realizam abortos em casos previstos em lei, como quando a gravidez é fruto de estupro ou coloca em risco a vida da mulher. "Há profissionais que são contrários à prática. Não são obrigados a fazer", conta. Nos casos em que o médico é o único profissional no serviço, Vinagre afirma que o médico tem dever de auxiliar a resolver o problema. "Não poderá apenas se recusar. Mas terá de encontrar outro serviço onde a paciente possa ser atendida", completou. 

O código também garante ao profissional exercer a profissão em condições adequadas e recusar-se a trabalhar em locais onde a situação coloque em risco a sua própria saúde, do paciente ou de demais profissionais. Nesse caso, o texto permite que ele suspenda as atividades até que as condições sejam adequadas. "Mas profissionais não podem parar em bloco. É preciso sempre haver garantia de que parte do atendimento seja mantida."

Cotidiano

Com 300 doses disponíveis, vacinação contra dengue deve acabar nesta semana

Aproximadamente 130 doses estão sendo aplicadas por dia; segundo a expectativa da pasta é que a vacinação se encerre até o final desta semana.

23/04/2024 18h15

Gerson Oliveira/

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As vacinas contra a dengue com prazo de validade até 30 de abril e que estão disponíveis pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) devem ser aplicadas até o final desta semana. A expectativa da pasta é que nenhuma dose deve ser descartada em Campo Grande. 

De acordo com a secretária, cerca de 130 doses estão sendo aplicadas por dia nos postos de saúde da cidade. Por causa disso, a expectativa é que todas as doses que estão perto do vencimento sejam aplicadas até sexta-feira (26).

A baixa procura do imunizante em Mato Grosso do Sul levou o Ministério da Saúde a informar aos municípios para ampliar a idade de vacinação. Segundo a pasta, pediu para todas as cidades priorizar a faixa etária entre 6 e 16 anos, mas com imunização ampliada para pessoas entre 4 e 59 anos. 

A medida foi tomada para reduzir a perda de doses que estão perto do vencimento, cabendo a cada município definir a estratégia de aplicação.  As doses que estão sendo utilizadas vencem no dia 30 de abril. 
 
Segundo a Sesau, em Campo Grande tem cerca de 300 doses estão espalhadas pelos postos de saúde da Capital. 

 

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GOL-JUSTIÇA

Cão é levado para estado errado e morre após falha em transporte da Gol

Um cachorro de 4 anos morreu durante uma falha no transporte aéreo da Gollog, empresa da companhia aérea Gol, nesta segunda-feira (22)

23/04/2024 17h45

Em nota, a Gol informou que houve "uma falha operacional" no transporte do animal e disse lamentar o ocorrido Divulgação Rede Social

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Joca, um cão da raça Golden Retriever, deveria ser levado do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) para Sinop (MT), onde seu tutor o aguardava, mas foi parar em Fortaleza. Após a constatação do erro no destino do animal, ele retornou a Guarulhos, mas chegou morto no aeroporto em São Paulo.

Família acusa a Gol de negligência. Em vídeo divulgado nas redes sociais, Marcia Martin, mãe de João Fantazzini, tutor do animal, diz que a empresa não chamou nenhum veterinário para avaliar o cão. A família também diz que Joca teria sido deixado dentro do canil, na pista, sob o sol.

"Olha aqui, cachorro do meu filho, saiu para ir para Sinop, um irresponsável enviou ele para Fortaleza, não contente, mandaram de voltar sem nenhuma avaliação de um veterinário, o cachorro está aqui dentro, morto. Eles mataram um Golden de 4 anos", disse Marcia Martin.

Tutor desabafou e disse que cão foi assassinado. "O meu amor foi assassinado, minha melhor escolha, amor da minha vida. Você foi muito novo. Eu me lembro do dia que eu te peguei e a nossa conexão foi momentânea. Meu filho, me perdoa por ter sido egoísta de querer você ao meu lado. Você é o amor da minha vida para sempre. Minha saudade vai ser diária. Saudades de dar a sua maçã toda manhã, levar você para a piscina e de cuidar de você diariamente. Obrigado por tudo meu companheiro", escreveu João em postagem no Instagram.

"FALHA OPERACIONAL", DIZ GOL

Em nota, a Gol informou que houve "uma falha operacional" no transporte do animal e disse lamentar o ocorrido. A empresa também afirmou que o cão recebeu cuidados, mas, "infelizmente, logo após o pouso do voo em Guarulhos, vindo de Fortaleza, fomos surpreendidos pelo falecimento do animal".

Gol também disse que instaurou sindicância interna para apurar o ocorrido. "A Companhia está oferecendo todo o suporte necessário ao tutor e a apuração dos detalhes do ocorrido está sendo conduzida com prioridade total pelo nosso time. Nos solidarizamos com o sofrimento do tutor do Joca. Entendemos a sua dor e lamentamos profundamente a perda do seu animal de estimação".

VEJA A ÍNTEGRA DA NOTA DA GOL

A GOL lamenta profundamente o ocorrido com o cão Joca e se solidariza com a dor do seu tutor. A Companhia informa que o cão Joca deveria ter seguido para Sinop (OPS), no voo 1480 do dia 22/04, a partir de Guarulhos (GRU), porém, por uma falha operacional o animal foi embarcado em um voo para Fortaleza (FOR).
Assim que o tutor chegou em Sinop, foi notificado sobre o ocorrido e sua escolha foi voltar para Guarulhos (GRU) para reencontrar o Joca. 

A equipe da GOLLOG na capital cearense desembarcou o Joca e se encarregou de cuidar dele até o embarque no voo 1527 de volta para Guarulhos (GRU). Neste período, foram enviados para o tutor registros do Joca sendo acomodado de volta na aeronave. Infelizmente, logo após o pouso do voo no aeroporto de Guarulhos (GRU), vindo de Fortaleza, fomos surpreendidos pelo falecimento do animal. 

A Companhia está oferecendo todo o suporte necessário ao tutor e a apuração dos detalhes do ocorrido está sendo conduzida com prioridade total pelo nosso time. Nos solidarizamos com o sofrimento do tutor do Joca. Entendemos a sua dor e lamentamos profundamente a perda do seu animal de estimação.

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