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SÃO PAULO

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Jovem é suspeito de matar tia, cortar corpo e congelar partes

Jovem é suspeito de matar tia, cortar corpo e congelar partes

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Um jovem de 22 anos é suspeito de matar sua tia, de 44 anos, esquartejar o corpo dela, colocar os pedaços em uma mala e em sacos plásticos e ainda escondê-los dentro de uma geladeira, onde congelou as partes, na Zona Norte de São Paulo. O assassinato teria ocorrido há cerca de dois meses, mas só na noite de quarta-feira (5) o crime foi descoberto após o rapaz ser preso pela Polícia Militar (PM). A denúncia foi feita pelo pai dele.

De acordo com a assessoria de imprensa da PM e com a tenente Paula Helen Gouveia da Silva, o desempregado Guilherme Lozano Oliveira confessou ter matado a professora Kely Cristina de Oliveira, entre maio e junho, após uma discussão. O G1 não conseguiu contato com o detido ou localizou o seu advogado para comentar o caso. Também não encontrou os familiares da vítima para falar.

Segundo a PM, sobrinho e tia moravam juntos num apartamento da Rua Acapuzinho, na Vila Medeiros.

Como o pai de Guilherme, o aposentado Marco Antonio Oliveira, não conseguia contato com a irmã havia mais de um mês, passou a desconfiar do filho, achando que ele estivesse envolvido no desaparecimento da mulher. O rapaz já responde a um outro processo por assassinato, segundo a tenente.

O pai parou um carro da PM, que passava pela rua e apontou o filho como suspeito. Quando os policiais se aproximaram, o rapaz entrou em seu carro e fugiu. Na fuga, Guilherme acabou batendo o veículo em um poste.

O carro de Guilherme tem uma cruz pintada na porta e a inscrição 'Rat Cook' (cozinhar rato, numa tradução livre do inglês para o português, mas há citações de que a expressão pertença também a uma lenda literária, na qual um homem mata um príncipe e serve ao rei uma torta com pedaços do morto).

O carro da polícia, que fazia a perseguição, acabou batendo na traseira do automóvel.

O acidente ocorreu na esquina da Avenida Júlio Buono com a Rua Major Dantas Cortez, também na região Norte da capital.

"Ele saiu do carro com ferimentos leves e se rendeu. Ao ser questionado sobre a tia, se defendeu, dizendo que ela morreu acidentalmente, há cerca de dois meses", disse a tenente Paula. "Alegou que havia entrado em luta corporal com ela, que acabou morrendo. Depois confessou o esquartejamento e indicou o local onde havia guardado o corpo no apartamento onde morava com ela, dentro da geladeira".

Apesar da confissão do assassinato da tia dada aos policiais militares, Guilherme foi indiciado pela Polícia Civil pelos crimes de ocultação de cadáver, desobediência e acidente de trânsito. "Caberá a investigação dos policiais civis determinar se ele é mesmo o autor do homicídio", disse a tenente. "Não é porque o rapaz confessou que ele cometeu mesmo o crime: é preciso que a investigação produza provas contra ele. Por enquanto ele é suspeito".

O caso foi registrado no 73º Distrito Policial (DP), Jaçanã, mas deverá ser investigado pelo 39º DP, na Vila Gustavo. O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (SSP) para falar com o delegado responsável pelo inquérito, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.

Segundo policiais militares que atenderam a ocorrência, Guilherme foi com eles até o apartamento da tia. O pai do rapaz teria ido junto para reconhecer o corpo da irmã. "O jovem contou que cortou a tia, cabeça, tronco e membros e colocou as partes numa mala e em sacos que levou a geladeira e ao congelador", afirmou Paula.

De acordo com a tenente, a o pai desconfiava do envolvimento do filho no sumiço de Kely porque o rapaz sempre se negava a deixá-lo entrar no apartamento e quando atendia o telefone da residência dizia que a tia havia saído ou não queria ver Marcos.

Peritos do Instituto Médico Legal (IML) da Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC) foram ao apartamento, onde recolheram os restos mortais de Kely. A perícia irá realizar exames para determinar as causas da morte da tia.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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