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Governo anuncia programa de
contraturno escolar no Rio de Janeiro

Famílias participantes receberão em dobro o valor do Bolsa Família

Agência Brasil

04/08/2017 - 12h45
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Os ministros Sandro Sá Leitão, da Cultura; Osmar Terra, do Desenvolvimento Social e Agrário; e Maurício Quintella, dos Transportes, Portos e Aviação Civil; deram mais detalhes sobre as ações planejadas para gerar emprego e renda no Rio de Janeiro, além de desenvolver programas sociais para afastar jovens da criminalidade. Osmar Terra anunciou um programa de contraturno escolar, no qual as famílias participantes receberão em dobro o valor do Bolsa Família.

“Vamos dobrar o Bolsa Família para as famílias cujos jovens estejam no contraturno conosco. Estamos falando de 50 mil jovens, cerca de 40 mil famílias. Será algo em torno de R$ 6 milhões por mês [a ser repassado]”, disse o ministro. Ele esclareceu que o aumento do benefício – um incentivo para manter os jovens no programa – não será permanente. “É um programa para resolver uma crise até ela diminuir de intensidade”.

Segundo Terra, os 50 mil jovens de 12 a 29 anos, selecionados em áreas carentes do Rio de Janeiro, participarão de atividades esportivas e de capacitação profissional em unidades militares. Serão 27 unidades disponibilizadas para campeonatos esportivos e aulas de programação de softwares. Serão jovens moradores dos Complexos da Maré, do Alemão e da Penha, além de comunidades em Nova Iguaçu, Duque de Caxias e São Gonçalo.

A ideia é que jovens façam estágios remunerados na rede turística e hoteleira do Rio de Janeiro. Além disso, o governo pretende fazer parcerias com empresas de software para que os alunos que se destacarem possam montar startups (empresas novas, ou até em fase de constituição, que tem projetos promissores, ligados à pesquisa, investigação e desenvolvimento de ideias inovadoras). “Se um se destacar, pode inspirar outros também”, disse Terra.

Governo discute criação de eventos mensais para ajudar turismo do Rio de Janeiro

Como forma de gerar emprego, renda e investimentos nos setores de turismo, cultura e esportes, o ministro da Cultura, Sandro Sá Leitão, deu alguns exemplos de eventos programados para integrar o calendário permanente de eventos do Rio de Janeiro. Serão 150 eventos ao longo de todo ano. Nesse calendário constam eventos tradicionais, como o carnaval e o réveillon. Setenta por cento dos eventos serão voltados para o público em geral, 15% serão eventos de negócios e 15% com as duas características.

Entre os eventos adiantados pelo ministro, estão a Tattoo Week (evento de tatuagem), Salão Moto Brasil (feira de motos), Rio Music Conference (evento de música eletrônica), Anima Mundi (festival de filmes de animação) e NBA Global Games (evento de basquete). O calendário completo será anunciado em outubro. Antes, em setembro, serão abertas inscrições para novos projetos. A ideia é incluir no calendário eventos que tenham o potencial de gerar renda e empregos.

Leitão explicou que a Fundação Getúlio Vargas (FGV) será parceira do governo federal no projeto e serão feitos estudos para avaliar os impactos positivos. “A FGV vai se encarregar de fazer uma avaliação desses eventos para estimar o potencial de cada um de gerar emprego e renda. E, depois, fará a avaliação do impacto efetivo, para saber quanto de fato conseguiremos de emprego, renda e investimentos”.

O ministro da Cultura disse que serão investidos R$ 200 milhões para viabilizar os eventos. Desse valor, R$ 150 milhões serão de patrocínio e os R$ 50 milhões restantes a título de promoção. O governo terá também com a participação da iniciativa privada como patrocinadora dos eventos.

De acordo com Leitão, a expectativa é que o Rio de Janeiro tenha uma receita anual de R$ 6 bilhões por ano. “A FGV fez um estudo preliminar e esse estudo apontou que um incremento de 20% no número de turistas no Rio de Janeiro representará R$ 6 bilhões na economia do estado. Estamos falando da injeção de dinheiro novo”.

Investimentos em infraestrutura

Quintella explicou que serão priorizadas a realização de obras de infraestrutura que também auxiliarão na geração de emprego e renda. Dentre essas obras, estão a reforma nos aeroportos de Angra dos Reis, com investimento de R$ 3 milhões; de Itaperuna, que também receberá R$ 3 milhões de verba; e de Rezende, com investimento de R$ 7 milhões.

Serão feitas também obras na área portuária da cidade e na BR-040, estrada na subida da serra de Petrópolis. A obra custará, segundo o ministro, cerca de R$ 1 milhão. “Temos uma grande reivindicação da população que é a retomada das obras da via BR 040. Estamos enviando a análise de custo para o TCU [Tribunal de Contas da União] e esperamos poder finalizar a obra até o final de 2018”.

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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