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EDUCAÇÃO

Filtro colorido aumenta velocidade de leitura de crianças com dislexia

Filtro colorido aumenta velocidade de leitura de crianças com dislexia

Agência Brasil

12/09/2018 - 14h00
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Um estudo publicado por brasileiros e franceses mostrou que voluntários de 9 e 10 anos com dislexia que usaram filtros verdes apresentaram aumento da velocidade de leitura. O mesmo filtro não fez nenhum efeito em crianças sem o distúrbio. Esses filtros coloridos foram patenteados em 1983 e já foram indicados não só para crianças com dislexia como para portadores de autismo e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). O trabalho foi publicado pela revista científica Research in Developmental Disabilities.

Segundo a Associação Brasileira de Dislexia, ela é considerada um transtorno específico de aprendizagem de origem neurobiológica, caracterizada por dificuldade no reconhecimento preciso e ou fluente da palavra, na habilidade de decodificação e em soletração. Essas dificuldades normalmente resultam de um déficit no componente fonológico da linguagem e são inesperadas em relação à idade e outras habilidades cognitivas.

Entre os sinais apresentados pela criança no período pré-escolar estão a dispersão; o fraco desenvolvimento da atenção; atraso do desenvolvimento da fala e da linguagem; dificuldade de aprender rimas e canções; fraco desenvolvimento da coordenação motora; dificuldade com quebra-cabeças; falta de interesse por livros impressos.

Já na idade escolar, a criança pode apresentar dificuldade na aquisição e automação da leitura e da escrita; pobre conhecimento de rima e aliteração; desatenção e dispersão; dificuldade em copiar de livros e da lousa (quadro-negro); dificuldade na coordenação motora fina e ou grossa; desorganização geral, constantes atrasos na entrega de trabalho escolares e perda de seus pertences; confusão para nomear entre esquerda e direita; dificuldade em manusear mapas, dicionários, listas telefônicas etc.; vocabulário pobre, com sentenças curtas e imaturas ou longas e vagas.

Metodologia rigorosa

Segundo uma das autoras do artigo, Milena Razuk, os filtros não são muito utilizados no Brasil devido à falta de estudos, mesmo que o material seja adotado na França. “No entanto, os estudos feitos sobre sua eficácia tinham deficiências metodológicas. Pela primeira vez foi usada uma metodologia bastante rigorosa”, disse.

Para fazer a análise foram selecionadas 18 crianças com dislexia e outras 18 sem a condição, todas atendidas no Hospital Robert Debret, em Paris. Para o experimento, os cientistas escolheram os filtros amarelo e verde. As 36 crianças tiveram que ler trechos de livros infantis indicados para sua faixa etária, projetados em uma tela. Diferentes trechos eram lidos sem filtro, com o amarelo e com o verde.

Um aparelho apoiado na cabeça que mede os movimentos dos olhos e que enviam sinais infravermelhos para os olhos, detectavam onde o voluntário estava fixando o olhar e por quanto tempo. “A criança com dislexia precisa fixar mais tempo o olhar nas palavras para conseguir compreender o texto, por isso a velocidade de leitura é menor”, disse o professor do Instituto de Biociências da Unesp, em Rio Claro, e coordenador do projeto, José Angelo Barela.

O aparelho detectou que as crianças sem dislexia não apresentaram mudança na velocidade de leitura com os filtros e as com dislexia fixaram trechos de palavras ou de frases por 500 milésimos de segundo usando o filtro verde. Com o amarelo e sem filtro, o tempo era de 600 milésimos de segundo.

Causas da dislexia

Segundo Razuk, as causas da dislexia não são conhecidas, mas ter o distúrbio não quer dizer que haja deficiência intelectual. “É como se houvesse algum ruído que atrapalha a comunicação do cérebro com o resto do corpo. Para o diagnóstico de dislexia, o Q.I. tem de ser normal ou acima da média”, disse.

Educação e ensino

UFGD divulga gabarito preliminar do vestibular 2026; confira

Convocação para as matrículas da primeira chamada está prevista para 14 de janeiro de 2026

17/12/2025 18h18

Divulgação/ UFGD

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A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) divulgou nesta quarta-feira (17) o resultado preliminar do Vestibular 2026, etapa do processo seletivo aguardada pelos mais de 6,8 mil candidatos que realizaram a prova em 19 de outubro. O resultado final do vestibular e a convocação para as matrículas da primeira chamada estão previstos para 14 de janeiro próximo. 

O cronograma previsto também inclui o período para recursos, que poderá ser acessado nos dias 18 e 19 de dezembro. O Boletim de Desempenho Individual, com a pontuação da redação e o total de acertos, ficará liberado ao candidato durante todo o processo.

No último dia 12 de novembro, o Centro de Seleção divulgou o gabarito definitivo e as respostas aos recursos sobre o gabarito preliminar.

As matrículas serão realizadas pela Pró-reitoria de ensino e graduação (Prograd), com editais e cronogramas próprios, seguindo a ordem de desempenho e o número de vagas disponíveis em ampla concorrência e cotas sociais.

Inicialmente, serão chamados os candidatos que escolheram o curso como 1ª opção, e aqueles que selecionaram como 2ª opção serão convocados apenas se restarem vagas. A lista de documentos pode ser consultada em edital.  

O Vestibular 2026 oferece 984 vagas em 35 cursos presenciais e gratuitos, com provas aplicadas nas cidades de Amambai, Campo Grande, Dourados, Naviraí e Nova Andradina.

Confira a lista preliminar da 1ª opção de curso aqui!

Confira a lista preliminar da 2ª opção de curso aqui!

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Cidades

Tribunal de Justiça aprova projeto com 300 cargos para assessores de confiança

Aprovado na LOA para 2026, TJMS terá orçamento avaliado em mais de R$ 1,4 bilhão, o que equivale a um aumento de 7,3% em relação ao valor atual

17/12/2025 17h30

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul Foto: Divulgação / TJMS

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul aprovou, nesta quarta-feira (17), projeto que cria novos cargos em comissão de assessoria. De acordo com o órgão público, a medida busca enfrentar o aumento da demanda processual, reduzir atrasos e garantir melhores condições de trabalho às unidades judiciais, especialmente aquelas com maior acúmulo de processos.

Ao todo, o projeto prevê a criação de 300 cargos para assessores comissionados, sendo 50 vagas para assessor de desembargador e 250 para assessoria vinculados a juizes de primeiro grau, divididos em 150 para a entrância especial, 75 para a segunda entrância e 25 para a primeira entrância, além de cargos de assessoramento jurídico-administrativo. 

Durante a discussão na sessão administrativa do Órgão Especial, foi destacado que o Judiciário estadual enfrenta dificuldades decorrentes da vacância de cargos e da elevada carga de trabalho em determinadas varas. Como alternativa, a administração propôs a ampliação do número de assessores, priorizando juízos mais sobrecarregados, de forma gradual e conforme a disponibilidade orçamentária.

A iniciativa da presidência do TJMS, sob o comando do desembargador Dorival Renato Pavan, será submetida à apreciação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e, após os trâmites necessários, poderá ser implementada conforme as possibilidades financeiras do Tribunal.

Aumento na gastança

Em meio ao cenário de corte de gastos por conta da queda na arrecadação de tributos, o Governo do Estado publicou, na terça-feira (16), no Diário Oficial, a Lei Orçamentária Anual (LOA), que prevê aumento de gastos nos Poderes.

Enquanto os orçamentos dos respectivos setores aumentaram em 7,9%, a estimativa de crescimento geral de receitas do Executivo, responsável pelos repasses a estes órgãos públicos, teve acréscimo de apenas 2,9%. 

O Tribunal de Justiça, que terá mais 300 salários de assessores para pagar caso seja implementado o projeto, simplesmente acrescentou R$ 100 milhões ao orçamento de 2026, passando dos atuais R$ 1.364.912.200,00 para R$ 1.464.780.100,00, o que equivale a um acréscimo de 7,3%.

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