Cidades

SÃO PAULO

A+ A-

Estrutura que sustenta viaduto que cedeu na Marginal Pinheiros foi 'esmagada'

Estrutura que sustenta viaduto que cedeu na Marginal Pinheiros foi 'esmagada'

Continue lendo...

O Secretário de Mobilidade e Transportes de São Paulo, João Octaviano Machado Neto, disse à GloboNews que a Prefeitura vai fazer obras de escoramento do trecho onde ouve a ruptura do viaduto que cedeu na Marginal Pinheiros na manhã desta quinta-feira (15). Ainda não há previsão de quando toda a obra de recuperação deverá ser finalizada e a pista liberada.

"A estrutura precisa ser estabilizada para depois fazer o trabalho da estrutura para fazer o alinhamento da via para dar segurança", disse o secretário. "A Marginal Pinheiros vai ficar interditada este período. Equipe da engenharia da CET quer fazer operação para retirar veículos da pista local para a Gastão Vidigal."

Os técnicos analisam a estrutura que sustenta o viaduto. Na parte que cedeu, a estrutura foi esmagada pelo bloco gigante de concreto da pista expressa da Marginal. "O melhor cenário é que a estrutura esteja íntegra para sofrer 'macaqueamento' (ser reposicionada com macaco hidráulico gigante) ao alinhamento da pista. Assim poderemos fazer testes de materiais no trecho para saber se podemos fazer a liberação", disse Octaviano.

"É uma interdição importante. Vamos trabalhar com que a interdição seja a menor possível desde que seja a mais rápida possível. Fazer as medidas de contenção e iniciar imediatamente o processo de recuperação."
A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras (SIURB) informou que vai realizar o escoramento do viaduto na marginal de Pinheiros para que possam ser feitos os ensaios para apurar as causas do acidente e dar início às obras de recuperação. Ainda não é possível prever um prazo para conclusão dos trabalhos.

O escoramento é necessário para aliviar a carga no pilar onde houve o rompimento da estrutura e garantir a segurança dos profissionais que irão trabalhar no local.

A secretaria informa, em nota, que durante as vistorias não foram constatados riscos estruturais.
Marcos Penido, secretário das subprefeituras da Prefeitura de São Paulo, disse que o escoramento é importante para garantir não só a estabilidade desse trecho como também a segurança de todos os técnicos que vão ficar embaixo dessa viga para poder refazer o ponto de sustentação do pilar.

"Já foi acionado para que iniciemos esse processo de escoramento. Hoje é um feriado, nós temos de buscar todo esse material e equipamentos, mas por se tratar de uma questão emergencial a nossa previsão é que se faça isso o mais rápido possível, nós queremos entrar com essa tubulação imediatamente e terminar a manhã para que a gente possa efetivamente entrar com o serviço de recuperação. Há uma previsão de que a gente possa começar amanhã com o trabalho de engenharia propriamente dito", afirmou.

"Vamos recompor o aparelho de apoio, como a gente fala na engenharia, a cabeça do pilar, seria usar um macaqueamento hidráulico, levantar essa viga, recompor o pilar e novamente descansar a viga sobre o pilar. Não costuma ser um processo demorado, mas só poderemos emitir qualquer laudo de prazo a partir do momento que nós tivermos a condição dos técnicos avaliarem no local todo o acontecimento, construir no projeto o que tem de ser feito. Nós precisamos de fazer um projeto para que toda a distribuição de carga da viga seja bem equilibrada."

Perguntado se há risco de o viaduto cair, Penido disse: "Houve uma estabilização, o projeto está estável, não vamos permitir que ninguém fique nesse canteiro de obras da CPTM por motivos de segurança e a operação da CPTM por não passar embaixo desse trecho não está comprometida".

Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

Continue Lendo...

A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

Continue Lendo...

A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

Assine o Correio do Estado.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).