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Entidades discutem recomposição do orçamento para ciência e tecnologia

Entidades discutem recomposição do orçamento para ciência e tecnologia

Redação

10/05/2019 - 21h00
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Mais de 50 entidades da comunidade científica se reuniram com o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, para discutir formas de recompor o orçamento da pasta, contingenciado em mais de R$ 2 bilhões. No fim do encontro, as organizações e o MCTIC indicaram ações para defender a retomada dos recursos junto ao núcleo do governo federal e ao Congresso Nacional, bem como medidas como a busca de outras fontes de verbas para o setor.

Entre os bloqueios de recursos dos ministérios anunciados pelo governo federal, o do MCTIC foi de 42%. Os representantes das associações de pesquisa colocaram ao ministro o impacto da ausência desses investimentos. Eles lembraram que a redução das verbas destinadas à área já vem de outros anos e atinge importantes estruturas, como laboratórios, e projetos de pesquisa.

A “fuga de cérebros” - a saída de pesquisadores brasileiros para realizar mestrados, doutorados ou atuar em projetos em outros países -, também foi motivo de preocupação dos pesquisadores apresentado ao ministro. Segundo o presidente da Academia Brasileira de Ciências, Luiz Davidovich, a falta de perspectivas vem desanimando estudantes, que procuram alternativas fora, o que resulta em prejuízos para a ciência brasileira.

“Antes a fuga de cérebros era considerada um temor, agora já não é. Em todos os laboratórios está ocorrendo isso, jovens pesquisadores indo para outros países. São pessoas que foram formadas no Brasil, gastou-se dinheiro com elas, e outros países vão aproveitar”, observou o presidente da ABC à Agência Brasil.

Os representantes das associações de pesquisa também colocaram ao ministro Marcos Pontes a preocupação com medidas relacionadas a outros ministérios, como o bloqueio de bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Nesta semana, o Ministério da Educação (MEC) anunciou o bloqueio de 3,5 mil bolsas ociosas, não vinculadas a nenhum aluno.

MEDIDAS

O ministro Marcos Pontes sugeriu a criação de um grupo para debater fontes alternativas de financiamento como forma de recompor os recursos para a área. O titular do MCTIC sinalizou como possíveis fontes investimentos privados, verbas advindas de fundos setoriais, aportes do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e projetos de outros ministérios.

O presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu Moreira, relatou à Agência Brasil que as entidades e o ministro tiraram uma agenda de encontros futuros para manter a interlocução sobre o tema.

“Uma das estratégias foi a ida de todos nós juntos ao Congresso [Nacional] para atuar sobre essa questão com alguns projetos de lei e junto ao governo, o Ministério da Economia em particular, para que haja uma reversão desse contingenciamento absurdo na área”, disse Moreira.

No Parlamento, as entidades vão pressionar pela aprovação de algumas propostas legislativas que podem ajudar na recomposição do orçamento para pesquisa. Um deles é o Projeto de Lei do Senado 315, de 2017, que prevê a transformação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) em fundo financeiro. Com isso, não haveria possibilidade de contingenciar os recursos do instrumento.

Outro ponto de pressão é a aprovação do Projeto de Lei 5876 de 2016, que destina 25% do Fundo Social do Pré-Sal a programas e projetos na área de ciência e tecnologia, conforme regulamentação. A SBPC também busca reverter alguns vetos a leis relacionadas a fundos patrimoniais.

Destaque internacional

Marina Silva fala sobre os seus 49 anos de luta ambiental e reconhecimento internacional na Times

A Ministra do Meio Ambiente foi considerada uma das 100 pessoas mais influentes do mundo em 2024, pela Revista Time

18/04/2024 16h49

"Tudo isso começa quando eu ainda era muito jovem, com 17 anos. Agora tendo a oportunidade de fazer política pública, desde 2003 nessa luta de proteção dos biomas brasileiros, dos povos indígenas, do desenvolvimento sustentável", diz Marina Silva. Foto: Marcelo Victor

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A notável trajetória de Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, alcança mais um marco significativo com sua inclusão na lista das 100 pessoas mais influentes de 2024, elaborada pela proeminente revista norte-americana Time. Nessa distinção, seu legado de quase cinco décadas dedicadas à defesa do meio ambiente e dos direitos socioambientais é enaltecido por Christiana Figueres, ex-secretária executiva de mudanças climáticas da ONU.

A Time destaca a "coragem e resistência inabalável" da ministra brasileira, ressaltando sua incansável batalha na reconstrução da capacidade do Brasil em conter o desmatamento ilegal na Amazônia. Este compromisso tem sido o epicentro de sua vida política e ativista, uma missão que agora ecoa em reconhecimento internacional.

Durante sua visita a Mato Grosso do Sul, Marina Silva compartilhou sua gratidão pelo reconhecimento, realçando que essa jornada é um esforço coletivo que se iniciou em sua juventude, ao lado de figuras inspiradoras como Chico Mendes, no Acre.

"É muito bom quando a gente vê o reconhecimento de um trabalho, que a gente sabe que não é individual, é sempre coletivo. Tudo isso começa quando eu ainda era muito jovem, com 17 anos, que comecei essa luta lá com o Chico Mendes no Acre. E agora, tendo a oportunidade de fazer política pública, desde 2003 nessa luta de proteção dos biomas brasileiros, dos povos indígenas, do desenvolvimento sustentável. Eu agradeço muito a Deus, a equipe do Ministério do Meio Ambiente, ao presidente Lula que me deu essa terceira oportunidade, porque esse é um desafio da humanidade. E é claro que você sempre vai ter pessoas que são tomadas simbolicamente, mas esse é um esforço coletivo. Algumas pessoas são apenas a pontinha do iceberg, o que está por baixo disso é mais de 40 anos de luta socioambiental, e é com essa luta que eu compartilho. Com esse reconhecimento, e com a determinação do presidente Lula, de desmatamento zero, de combate à desigualdade, de enfrentamento da mudança climática", destacou em exclusividade ao Correio do Estado.

Marina, que figura entre os líderes mais influentes na lista da Time, já havia sido mencionada na edição anterior da revista como uma das 100 maiores lideranças climáticas de 2023. Seu impacto transcende fronteiras, sendo reconhecida também pelo jornal britânico Financial Times como uma das "Mulheres do ano" no mesmo período.

Seu compromisso incansável com a causa ambiental e sua liderança inspiradora continuam a ecoar globalmente, reforçando a urgência e a importância da proteção do nosso planeta para as gerações presentes e futuras.

Marina Silva firma acordo para proteção do Pantanal em MS

Um termo de cooperação para a defesa, proteção e desenvolvimento sustentável do Pantanal foi assinado pelos governadores de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), e de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), junto à ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, Marina Silva. O evento ocorreu na manhã desta terça-feira (18), no auditório do Bioparque Pantanal, em Campo Grande.

O objetivo do acordo é unificar as políticas de proteção, conservação, preservação e sustentabilidade do bioma Pantanal. Segundo Marina Silva, essa iniciativa é crucial, especialmente no contexto da elaboração do plano de prevenção e controle do desmatamento e queimadas na região. Ela ressaltou a importância da colaboração entre os governos federal e estaduais, destacando que desafios dessa magnitude não podem ser enfrentados de forma isolada por um único ente federativo.

Os estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso uniram esforços para uniformizar e compatibilizar a legislação sobre o uso dos recursos naturais do Pantanal, elaborar um plano integrado de prevenção e resposta a incêndios florestais, promover a produção sustentável e fomentar o turismo na região. O documento assinado terá validade de cinco anos e será gerido por um grupo de trabalho integrado por representantes dos dois estados, em número paritário.

Além dos governadores, também estiveram presentes na assinatura do acordo os secretários de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, e de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti, bem como os secretários de Justiça e Segurança Pública dos dois estados.

O evento ocorreu durante o Seminário sobre as Causas e Consequências do Desmatamento no Pantanal, organizado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, por intermédio do Governo Federal.

O governador Eduardo Riedel enfatizou a importância da cooperação entre os estados, destacando que a união de esforços permitirá uma resposta mais rápida e eficaz no combate a incêndios. Ele ressaltou o alinhamento de satélites, videomonitoramento e inteligência entre os dois estados para a preservação do bioma Pantanal.

*Colaborou Naiara Camargo

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OPORTUNIDADE

TRF-3 abre concurso com 269 vagas; salário chega a R$ 13,9 mil e há vagas para Mato Grosso do Sul

São 269 vagas para técnicos judiciários e formação de cadastro de reserva para analista jurídico; em MS

18/04/2024 16h29

Justiça Federal em Campo Grande; cidade será um dos locais de prova Arquivo

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O TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) anunciou nesta quinta-feira (18) um concurso para contratação de 269 técnicos judiciários e formação de cadastro de reserva para analista jurídico.

A remuneração inicial para técnico jurídico será de R$ 8.529,65, e o candidato precisa ter formação em curso superior. Já a vaga de analista jurídico receberá R$ 13.994,78 e necessita de diploma ou certificado de conclusão do curso de direito. A carga de trabalho será de 40 horas semanais.

O concurso terá 30% das vagas para pessoas que se declararem negras, 5% para deficientes e 3% para indígenas. A prova será realizada em 28 de julho, sendo de manhã para os técnicos judiciários, e à tarde para os analistas judiciários. O horário ainda não definido. O TRF-3 atende aos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Ao todo, são 63 vagas de técnico judiciário no TRF-3 (44 para ampla concorrência, 13 para negros, 4 para deficientes e 2 para indígenas), 200 vagas na seção judiciária de São Paulo (144 para ampla concorrência, 40 para negros, 10 para deficientes e 6 para indígenas) e 6 vagas na seção judiciária de Mato Grosso do Sul (4 para ampla concorrência, 1 para negro e 1 para deficiente).

A inscrição pode ser feita a partir das 10h de 29 de abril e vai até às 23h59 de 28 de maio. Ela deverá ser feita apenas no site da Fundação Carlos Chagas (http://www.concursosfcc.com.br/), organizadora da seleção.

A taxa será de R$ 80 para o técnico jurídico e R$ 130 para analista jurídico, com o pagamento podendo ser feito em qualquer banco. O candidato poderá ver, a partir de 3 de maio, se o valor foi corretamente pago no site da Fundação Carlos Chagas.

No momento da inscrição, o concorrente deve definir também o local da prova, que será realizada em seis cidades: São Paulo, Araçatuba (SP), Bauru (SP), Ribeirão Preto (SP), Campo Grande e Dourados (MS).

É possível pedir a isenção da cobrança da taxa se o candidato for inscrito no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal) ou doador de médula óssea. A solicitação tem de ser feita em um formulário no site da organizadora da prova e o candidato precisa ter documentos que comprovem uma das condições.

As duas carreiras terão uma prova de conhecimentos gerais e específicos, e outra discursiva. A primeira terá 20 questões de múltipla escolha de português, 10 de matemática e raciocínio lógico, 5 de noções sobre o direito das pessoas com deficiência e 5 de conhecimentos específicos para os dois cargos.

A prova discursiva para analista jurídico terá 2 questões de estudo de caso, enquanto os candidatos a técnico jurídico farão uma redação. A duração da prova é de 4h30, e o candidato que acertar menos de 50% das questões em uma das provas será desclassificado.

O concurso será válido por dois anos e pode ser prorrogado por mais dois anos.

Veja abaixo o cronograma

Prazo de inscrição: Entre 10h de 29 de abril e 23h59 de 28 de maio 
Data da prova: 28 de julho 
Divulgação do gabarito: 29 de julho 
Prazo para recursos: 29 de julho a 30 de julho 
Divulgação do resultado preliminar: 3 de setembro

 

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