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Desdobramento da Lava Jato no RS apura esquema de R$ 30 mi em obras

Desdobramento da Lava Jato no RS apura esquema de R$ 30 mi em obras

Alexandre Elmi, Folhapress

16/08/2017 - 15h20
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A Polícia Federal realizou nesta quarta (16) o primeiro desdobramento da Operação Lava Jato no Rio Grande do Sul.

Cerca de 50 policiais cumpriram mandados de busca e apreensão em Porto Alegre, Glorinha, Canoas, no Rio Grande do Sul, além de Brasília (DF) -todos expedidos pela Justiça Federal no Estado.

O alvo da operação, batizada de Étimo, é um esquema de pagamento de valores a empresas de consultoria de fachada, que teria movimentado pelo menos R$ 30 milhões no período de 2000 a 2011, quando foram realizadas as obras públicas rodoviárias envolvidas na investigação.

Segundo a PF, não houve prisões, apenas o cumprimento de mandados que autorizaram a busca e a apreensão de documentos em residências e escritórios, além do sequestro de bens e quebra de sigilo dos investigados.

A investigação foi conduzida a partir de informações compartilhadas pela Operação Lava Jato no final de 2016. A PF não informou os nomes dos envolvidos nem as obras sob suspeita. Apenas apresentou a estrutura básica das operações, que teriam como eixo a atividade de um doleiro.

Duas entidades empresariais são alvos da investigação, a Areop (Associação Riograndense de Obras Públicas) e o Sicepot-RS (Sindicato da Indústria de Construção de Estradas, Pavimentações e Obras de Terraplanagem).

O esquema detalhado pela PF envolvia o pagamento de contribuições associativas a uma das duas entidades. O aporte seria calculado a partir de um percentual do valor da obra pública federal executada pela empreiteira associada -o que gerou a suspeita dos investigadores. Uma das entidades seria a responsável pela contratação de empresas de consultoria.

"A entidade, então, firmava contratos de assessoria com empresas de fachada, as quais faziam saques de grande quantidade valores em espécie e movimentações financeiras no exterior", afirmou na coletiva o delegado Alexandre Isbarrola, responsável pela Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros e um dos delegados que concedeu a entrevista.

De acordo com o esquema descrito por Isbarrola, as três empresas de consultoria seriam de fachada e ligadas a um doleiro. Elas firmaram contratos, predominantemente, de assessoria financeira. A investigação detectou saques expressivos de dinheiro e movimentações de recursos no exterior, em empresas off-shore no Panamá e na Suíça.

Conforme a delegada Ilienara Cristina Karas, da Delegacia de Combate aos Desvio de Recursos Públicos, encarregada da investigação, o padrão de atuação dos investigados pela Étimo é o mesmo já revelado pela Lava Jato.

"São empresas de consultoria do mesmo sócio, no mesmo local, com dois ou três funcionários, estrutura diminuta, com movimentações e saques em espécie", explicou Ilienara. O próximo passo dos policiais federais gaúchos é descobrir o destino do dinheiro.

Embora o alvo esteja em duas entidades associativas, a PF ainda tem dúvidas sobre como se dava a divisão de tarefas. "Uma [entidade] arrecada, a que engloba todas estas empresas que prestam serviços aos órgãos públicos, e quem transfere os recursos é a outra", explicou Ilienara.

A PF não confirmou os nomes dos envolvidos. Em nota, informou que a investigação era um prolongamento da Operação Xepa, a 26ª etapa da Lava Jato, realizada em março de 2016, quando foi preso o doleiro Antonio Carlos Albernaz Cordeiro, conhecido como Toninho Cordeiro.

O doleiro é irmão do presidente da Aerop, Athos Roberto Albernaz Cordeiro. Conforme o site da Aerop e do Sicepot, as sedes das duas entidades têm o mesmo endereço, no centro de Porto Alegre.

Na nota em que comunicou os detalhes da investigação, a PF também explicou o nome da operação, Étimo, que exprime a ideia de origem e "serve de base para uma palavra, a partir da qual se formam outras".

Encontro Internacional

Conservação no Pantanal vira pauta mundial durante encontro de exploradores em Nova Iorque

Presidente do IHP, Ângelo Rabelo, foi indicado junto com outros brasileiros para tratar temas nacionais nos Estados Unidos

23/04/2024 18h25

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo Divulgação IHP

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O grupo The Explorers Club, que reúne autoridades e pessoas com reconhecimento global que desempenham medidas que envolvem promoção da ciência e da conservação, discutiu em um de seus encontros a situação do Pantanal. O presidente do IHP, sediado em Corumbá (MS), Ângelo Rabelo, participou das reuniões realizadas em Nova Iorque, durante o encontro anual do clube. Ele apontou que é preciso haver atenção mundial com relação à conservação do Pantanal e da riqueza cultural do território.

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo. Os encontros ocorreram entre sexta-feira (19) e domingo (21). Foram realizados diversos encontros e reuniões entre os participantes do clube, bem como ocorreram discussões sobre temas globais a serem trabalhados para promoção da conservação do Planeta.

 

Ângelo Rabelo, que atua em ações de conservação no Pantanal há cerca de 40 anos, pontuou que há diferentes esforços em andamento para prevenir incêndios florestais e promover desenvolvimento sustentável. Na semana passada, os governos de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, junto com o governo federal, assinaram termo de cooperação visando a união de esforços na defesa, proteção e desenvolvimento sustentável do Pantanal. Além disso, um fundo foi criado para financiar ações que ajudam a proteger o bioma, porém até hoje somente o governo de MS fez aporte de recursos (R$ 40 milhões) e o setor pública busca outras linhas de subsídio para essas ações. A promoção do Pantanal para o exterior pode contribuir nesse propósito, como já ocorre com a Amazônia, por exemplo.

“A maior área úmida do mundo, o Pantanal, está no mapa sobre as grandes explorações e os relatos que indicam locais que são desafiadores no Planeta. Por esse caminho cheio de desafios temos, primeiro, os povos originários que ainda habitam o território, como é o caso dos Guatós. Depois vieram as pantaneiras e os pantaneiros, que também seguem no Pantanal sabendo lidar com a ocupação e a conservação. Depois, temos os registros de outros esforços de pessoas que também se dedicam pela conservação desse Patrimônio Natural da Humanidade”, comentou Rabelo.

O bioma Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do Planeta e apesar de ser o menor em extensão territorial no Brasil, abriga 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 espécies de mamíferos, conforme dados do Ministério do Meio Ambiente. Além disso, o Programa de Monitoramento dos Biomas Brasileiros por Satélite – PMDBBS, realizado com imagens de satélite de 2009, mostrou que o Pantanal mantêm 83,07% de sua cobertura vegetal nativa. Mais de 90% do bioma está em propriedades privadas, enquanto 4,6% estão classificadas como unidades de conservação, dos quais 2,9% correspondem a UCs de proteção integral e 1,7% a UCs de uso sustentável.

A participação de Rabelo na reunião do The Explorers Club ocorreu porque ele foi nomeado, neste ano, como uma das 50 pessoas a fazer a diferença no Planeta. A escolha foi feita por integrantes do The Explorers Club e o presidente do IHP entrou na lista do EC50 2024. Concorreu com mais de 200 pessoas indicadas. Seus apoiadores na nomeação foram Dereck Joubert e Beverly Joubert, exploradores que atuam diretamente pela conservação da vida selvagem e desenvolvimento sustentável em países africanos. O casal convidou, neste mês, o governador Eduardo Riedel (PSDB) para conhecer iniciativas que são realizadas no continente africano.

Além do presidente do IHP, os brasileiros nomeados nesse grupo chamado EC50 deste ano foram a geóloga Fernanda Avelar Santos, o ictiologista Luiz Rocha, o designer naturalista Lvcas Fiat e o paraquedista profissional Luigi Cani. Além dos brasileiros recém-nomeados, personalidades mundiais fazem parte do Clube, como a ex-astronauta e géologa Kathryn Sullivan, veterana de três missões a bordo de ônibus espacial; o geneticista e biólogo nuclear James Dewey Watson, um dos autores do modelo de dupla hélice para estrutura da mólecula de DNA; bem como o explorador que fez parte do primeiro voo solar ao redor do mundo, concluído em 2016, André Borschberg; e Dominique Gonçalves, criadora do Programa de Ecologia de Elefantes no Parque Nacional da Gorongosa, em Moçambique, entre outras pessoas.

Também em Nova Iorque, a diretora-executiva do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, localizado em Corumbá (MS), Márcia Rolon, participou dos eventos abertos do The Explorers Club para divulgar o trabalho de diminuir a vulnerabilidade social de crianças e adolescentes da região de fronteira do Brasil por meio da arte.

 

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Cotidiano

Com 300 doses disponíveis, vacinação contra dengue deve acabar nesta semana

Aproximadamente 130 doses estão sendo aplicadas por dia; segundo a expectativa da pasta é que a vacinação se encerre até o final desta semana.

23/04/2024 18h15

Gerson Oliveira/

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As vacinas contra a dengue com prazo de validade até 30 de abril e que estão disponíveis pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) devem ser aplicadas até o final desta semana. A expectativa da pasta é que nenhuma dose deve ser descartada em Campo Grande. 

De acordo com a secretária, cerca de 130 doses estão sendo aplicadas por dia nos postos de saúde da cidade. Por causa disso, a expectativa é que todas as doses que estão perto do vencimento sejam aplicadas até sexta-feira (26).

A baixa procura do imunizante em Mato Grosso do Sul levou o Ministério da Saúde a informar aos municípios para ampliar a idade de vacinação. Segundo a pasta, pediu para todas as cidades priorizar a faixa etária entre 6 e 16 anos, mas com imunização ampliada para pessoas entre 4 e 59 anos. 

A medida foi tomada para reduzir a perda de doses que estão perto do vencimento, cabendo a cada município definir a estratégia de aplicação.  As doses que estão sendo utilizadas vencem no dia 30 de abril. 
 
Segundo a Sesau, em Campo Grande tem cerca de 300 doses estão espalhadas pelos postos de saúde da Capital. 

 

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