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Deputados estariam envolvidos em assassinato de Marielle

Deputados estariam envolvidos em assassinato de Marielle

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A Polícia Civil do Rio investiga uma possível relação dos deputados Jorge Picciani, ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Paulo Mello e Edson Albertassi, todos do MDB, na morte da vereadora Marielle Franco (PSOL).

Marielle foi morta em 14 de março deste ano e até agora, quase cinco meses depois do ocorrido, a polícia ainda não desvendou o crime. A informação de que os deputados que formavam a cúpula do MDB do Rio estariam no rol de suspeitos no caso foi passada à revista Veja pelo deputado Marcelo Freixo (PSOL), o principal padrinho político de Marielle.

Picciani, Mello e Albertassi foram presos em novembro do ano passado acusados de integrar um esquema que beneficiava empresas de ônibus que atuam no Rio em troca de propina. Os três, atualmente licenciados do mandato, negam envolvimento. 

Segundo Freixo relatou à reportagem da revista Veja, no dia 14 junho, a pedido de dois delegados de Polícia Civil, o político participou de uma reunião com integrantes do Ministério Público Federal para tratar de possível conexão de deputados do MDB com o crime.

Quase dois meses desde a reunião, nenhum dos supostos envolvidos foi chamado a prestar depoimento. Freixo diz acreditar que Marielle pode ter sido morta como forma de vingança contra as ações do parlamentar socialista contra a cúpula do MDB. Semanas antes de a operação Cadeia Velha ser deflagrada, Edson Albertassi havia sido indicado a um cargo de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado do Rio.

Freixo fez oposição e protocolou pedido na Justiça para desfazer nomeação, o que acabou ocorrendo. O cargo permitiria que processos contra Albertassi passassem a correr no Superior Tribunal de Justiça, em Brasília. Os outros envolvidos também passaram a contar com foro especial. A atuação de Freixo teria sido determinante para a prisão dos três deputados. A reportagem tentou contato com as defesas de Picciani, Mello e Albertassi, mas ainda não obteve retorno.

A reportagem tentou confirmar as informações com a Polícia Civil, mas também não obteve resposta. Com mais de 140 dias do assassinato de Marielle e do motorista Anderson Gomes, as autoridades envolvidas nas investigações têm silenciado sobre o crime.

A política da cúpula da Segurança Pública do Rio, que está sob intervenção federal desde fevereiro, é de não prestar nenhuma informação sobre a morte da vereadora. O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, que é dos poucos que quebra a lei do silêncio das autoridades sobre o caso, declarou no último dia 7 que o assassinato da vereadora envolveu agentes do estado e políticos do Rio.

Segundo ele, o caso será resolvido até o final deste ano. Os nomes de Picciani, Paulo Mello e Albertassi foram os primeiros de políticos da alçada estadual a surgirem nas investigações. Até então, os políticos suspeitos de ligação com o crime eram vereadores da capital, colegas de Marielle na Câmara dos Vereadores.

O vereador Marcello Siciliano (PHS) foi apontado por uma testemunha que procurou a polícia voluntariamente em maio como tendo participação no crime. Ele e o miliciano Orlando Curicica, que domina territórios em Jacarepaguá, zona oeste, teriam, segundo a testemunha, tramado a morte da vereadora. Os dois negam participação.

O motivo seria que Marielle estaria envolvida em projetos de regularização fundiária na zona oeste, o que contrariaria interesses da milícia local que resolveu matar a vereadora. Integrantes do Psol no Rio negaram que Marielle estivesse envolvida em projetos do tipo na região.

As suspeitas aumentaram depois que um colaborador de Siciliano, que chegou a prestar depoimento no caso Marielle, foi assassinado dias depois de falar com a polícia. Outro vereador que chegou a ter seu nome citado no curso das investigações foi o Chiquinho Brazão (MDB). Ele estaria em uma disputa política com Siciliano, que é vereador de primeiro mandato e tem aumentado sua influência em territórios da zona oeste antes dominados historicamente pela família Brazão.

O vereador nega envolvimento no caso. A suspeita seria que Marielle teria morrido como efeito colateral dessa disputa regional entre os dois grupos políticos. A vereadora teria sido morta para que Siciliano fosse incriminado pelo crime. A Polícia Civil não confirma nenhum dos dois casos, nem dá detalhes das investigações.

OPERAÇÃO DA PF

Fraude em ponto eletrônico da saúde na Prefeitura de Corumbá gera prejuízo de R$ 6 milhões

Polícia Federal deflagrou operação para combater crime e identificou servidor que ficava 5 minutos no expediente

19/04/2024 12h30

Polícia Federal deflagrou operação contra fraude do ponto em Corumbá Foto: Divulgação

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A Polícia Federal deflagrou a Operação Esculápio nesta sexta-feira (19) para combater prejuízo milionário que servidores da saúde em corumbá estavam causando no serviço público com fraudes em ponto eletrônico.

Segundo as investigações, 11 servidores públicos da área de saúde da Prefeitura de Corumbá reiteradamente fraudavam seus pontos eletrônicos, não cumprindo a carga horária contratada, mas recebendo o salário integral. 

Ao longo da investigação, a Polícia Federal em Corumbá identificou que houve casos em que a permanência do profissional na unidade de saúde do Centro Municipal de Especialidade Odontológica (CEO) foi de apenas 5 minutos. O foco da operação nesta sexta-feira foi concentrado nessa unidade especializada, que fica no bairro Universitário.

Além do prejuízo indireto causado pelo retardamento no atendimento à população local, estima-se que o prejuízo direto aos cofres seja da ordem de R$ 6.000.000,00.

Esse cálculo foi obtido a partir da apuração dos salários pagos aos profissionais de saúde em valor integral, porém sem que eles cumprissem a carga horária. A Polícia Federal não detalhou há quanto tempo essa fraude vinha sendo praticada e como houve a denúncia.

Na ação, cujos mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Corumbá, foram sequestrados bens móveis avaliados em R$ 1.500.00,00 e bens imóveis avaliados em R$ 5.000.000,00 dos servidores públicos.

Dentro do Centro Municipal de Especialidade Odontológica trabalham principalmente dentistas e os serviços prestados são de cirurgia, endodontia, prótese dentária, radiologia, periodontia e odontopediatria. Os investigados poderão responder por estelionato, peculato e peculato eletrônico.

A Prefeitura de Corumbá divulgou nota e sugeriu que não foi a responsável pela denúncia. Conforme apurado, o governo municipal não teria conhecimento oficial dessa fraude até que ocorresse a operação.

"Com relação a Operação Esculápio, realizada nesta sexta-feira, pela Polícia Federal, a Prefeitura de Corumbá esclarece que não foi alvo da ação e que até o momento não foi formalmente informada sobre o teor das investigações. A Secretaria Municipal de Saúde está à disposição da autoridade policial para auxiliar no que for necessário", divulgou.

Ainda não há confirmação se os servidores investigados pela Polícia Federal também vão passar por processo administrativo.

"GUERRA CIVIL"

Maior ameaça à democracia no mundo é a polarização, diz o ator Wagner Moura

Ator diz que filme"Guerra Civil" soa um importante alarme sobre esses riscos

19/04/2024 10h30

Wagner Moura em "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana Foto: Divulgação

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Para Wagner Moura, "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana, soa um importante alarme sobre os riscos da polarização que assombra países como Estados Unidos e Brasil nos últimos anos.

"Este é um filme que mostra que a polarização é a maior ameaça à democracia no mundo moderno", diz ele sobre o longa dirigido por Alex Garland, um blockbuster americano que acena também para a realidade política brasileira, em sua opinião.

"Guerra Civil" conta a história de um grupo de jornalistas, do qual Moura faz parte, que tenta chegar a Washington para entrevistar o presidente dos Estados Unidos, um líder do qual não sabemos muito, mas que pelas dicas do roteiro é claramente fascista, nas palavras do ator baiano.

"Mas eu acho, sinceramente, que ligar esse personagem a figuras reais é um desserviço ao filme. Não há na trama uma agenda ideológica. E você sabe que eu sou uma pessoa que não tem medo de falar as coisas", diz Moura ao ser questionado sobre a proximidade do personagem com líderes que acirraram a era de polarização em que vivemos, como Donald Trump e Jair Bolsonaro.

O filme é uma distopia política cheia de imagens do que poderia ser os Estados Unidos caso o racha entre democratas e republicanos, ou liberais e conservadores, se acentue. Na trama, forças favoráveis e contrárias ao presidente vivido por Nick Offerman se enfrentam e destroem a nação. São várias as imagens de pontos icônicos do nacionalismo americano bombardeados, como a Casa Branca.

"A gente sabe muito bem o que é a polarização. O mundo todo sabe. E para os americanos o filme gera uma dissonância cognitiva, porque eles estão acostumados a ver essas cenas em filmes sobre guerras no Oriente Médio. Agora estão vendo em Washington", diz ainda Moura.

GUERRA CIVIL

- Quando Estreia nesta quinta (18), nos cinemas
- Classificação 18 anos
- Elenco Wagner Moura, Kirsten Dunst e Cailee Spaeny
- Produção EUA, Reino Unido, 2024
- Direção Alex Garland

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